Do sítio da revista CartaCapital:
Currículo: tenente-coronel, 48 anos, 30 de casa, duas passagens pelo mesmo batalhão, 73 mortos a tiracolo numa só ação, a rebelião de 1992 no Complexo do Carandiru. Com a ficha de serviços prestados ao Estado, Salvador Modesto Madia foi apresentado na terça-feira 22 como o novo comandante do 1º Batalhão de Polícia de Choque – a Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), espécie de Tropa de Elite da Polícia Militar de São Paulo e que conta com 820 PMs.
Será sua terceira passagem pelo batalhão, a primeira como comandante. Na última, entre 1991 a 1993, destacou-se como tenente da operação que deixou, ao todo, 111 presos mortos no pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru. Ele estava no grupo que subiu ao segundo andar do pavilhão e atirou, para matar, em 78 dos 111 detidos. Até hoje Madia não foi julgado.
Em sua volta à Rota, agora como comandante nomeado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele prometeu dar seu “toque pessoal” na doutrina da corporação, responsável sobretudo por incursões pela periferia. Até junho deste ano, o batalhão foi responsável por 40 mortes em operações, 20% de tudo o que matou a PM paulista – no mesmo período do ano anterior, houve quatro mortes a menos. O tenente-coronel promete manter o trabalho ostensivo do batalhão e avisou: “Nunca tive a postura de ficar atrás de uma cadeira”.
O tenente-coronel assumiu o cargo após a aposentadoria, na semana passada, do coronel Paulo Adriano Telhada, para quem “bandido bom é bandido morto”. Em sua gestão, de acordo com o jornal Agora, os casos de “resistência seguida de morte” com PMs da Rota aumentaram 63,16% durante a gestão de Telhada.
O comando da PM diz que o aumento das mortes ocorreu porque a Rota passou a atuar mais, o número de prisões cresceu 150% e, consequentemente, os casos de resistência e morte também.
Em dezembro deste ano, a Rota passará por reformas em seu complexo, e comemorará 120 anos – enquanto os 116 acusados do massacre no Carandiru, como Madia (que chama o incidente de “dever cumprido”), poderão celebrar os quase 20 anos do episódio sem terem cumprido um dia sequer de prisão.
Até hoje, apenas um dos 116 acusados, o coronel Ubiratan Guimarães, foi julgado e condenado (a mais de 600 anos de prisão). Em 2006, um recurso absolveu o acusado, que não ficou um dia preso – no mesmo ano, ele seria morto num crime até hoje não esclarecido.
Currículo: tenente-coronel, 48 anos, 30 de casa, duas passagens pelo mesmo batalhão, 73 mortos a tiracolo numa só ação, a rebelião de 1992 no Complexo do Carandiru. Com a ficha de serviços prestados ao Estado, Salvador Modesto Madia foi apresentado na terça-feira 22 como o novo comandante do 1º Batalhão de Polícia de Choque – a Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), espécie de Tropa de Elite da Polícia Militar de São Paulo e que conta com 820 PMs.
Será sua terceira passagem pelo batalhão, a primeira como comandante. Na última, entre 1991 a 1993, destacou-se como tenente da operação que deixou, ao todo, 111 presos mortos no pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru. Ele estava no grupo que subiu ao segundo andar do pavilhão e atirou, para matar, em 78 dos 111 detidos. Até hoje Madia não foi julgado.
Em sua volta à Rota, agora como comandante nomeado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele prometeu dar seu “toque pessoal” na doutrina da corporação, responsável sobretudo por incursões pela periferia. Até junho deste ano, o batalhão foi responsável por 40 mortes em operações, 20% de tudo o que matou a PM paulista – no mesmo período do ano anterior, houve quatro mortes a menos. O tenente-coronel promete manter o trabalho ostensivo do batalhão e avisou: “Nunca tive a postura de ficar atrás de uma cadeira”.
O tenente-coronel assumiu o cargo após a aposentadoria, na semana passada, do coronel Paulo Adriano Telhada, para quem “bandido bom é bandido morto”. Em sua gestão, de acordo com o jornal Agora, os casos de “resistência seguida de morte” com PMs da Rota aumentaram 63,16% durante a gestão de Telhada.
O comando da PM diz que o aumento das mortes ocorreu porque a Rota passou a atuar mais, o número de prisões cresceu 150% e, consequentemente, os casos de resistência e morte também.
Em dezembro deste ano, a Rota passará por reformas em seu complexo, e comemorará 120 anos – enquanto os 116 acusados do massacre no Carandiru, como Madia (que chama o incidente de “dever cumprido”), poderão celebrar os quase 20 anos do episódio sem terem cumprido um dia sequer de prisão.
Até hoje, apenas um dos 116 acusados, o coronel Ubiratan Guimarães, foi julgado e condenado (a mais de 600 anos de prisão). Em 2006, um recurso absolveu o acusado, que não ficou um dia preso – no mesmo ano, ele seria morto num crime até hoje não esclarecido.
Parabéns aos bravos heróis da "ROTA". são verdadeiros anjos, que nos protegem.
ResponderExcluirPois é... Aí dá para entender porque São Paulo, apesar de rico e "desenvolvido", continua sendo um Estado medieval... Arrecadação e repressão. Disto o tucanato entende bem.
ResponderExcluirBandido bom é bandido morto..
ResponderExcluirQue o numero de criminosos mortos aumente 1000% neste ano.
ROTA neles..