Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:
Surpreendente o artigo da jornalista Sylvia Colombo, correspondente da Folha em Buenos Aires, publicado nesta terça-feira (06) - "Cristina e a vergonha de ser jornalista". Ela relata a “perseguição” (aspas minhas) que os jornalistas estão sofrendo pela presidenta Cristina Kirchner e pelos argentinos. Segundo ela, os jornalistas se tornaram personas non gratas em Buenos Aires. Ela conta alguns causos nos quais colegas foram constrangidos a mentir a profissão para não serem alvo de preconceito. Disse que foi questionada se, no Brasil, os jornalistas também são mentirosos. Será que ela respondeu a verdade?
Para Sylvia, essa situação de caça aos jornalistas foi estimulada pelas ações políticas da presidente, cujo principal emblema é a Ley de Medios. Ela acusa a presidente de incentivar o “jornalismo militante” (aspas dela) e de atacar a imprensa independente. Segundo Sylvia, os expoentes da imprensa independente são os jornais Clarín e La Nácion.
Independentes de quem?
Mais uma vez o jogo de palavras tenta conduzir o leitor no sentido de reforçar a ideia de que regulação da mídia é uma medida autoritária, realizada por governos ditatoriais como o de Hugo Chávez.
Desde quando o grupo Clarín pode ser alçado à categoria de jornalismo independente???? Só se for independente de compromissos com o desenvolvimento econômico da Argentina, com políticas sociais de cunho democratizante. Seria o mesmo que dizer que Estadão e Folha são jornais independentes. Era só o que faltava.
A colunista ainda usa sua “autoridade” (aspas minhas), para alertar a presidenta Cristina que ela deve se afastar da influência de Chávez e se aproximar do exemplo da colega brasileira Dilma Rousseff e, para isso, a presidenta da Argentina deveria “baixar o tom contra a imprensa independente”.
Se a moda pega por aqui, corremos o risco de os monopólios de comunicação reivindicarem o direito de serem beneficiados com as políticas de incentivo à produção independente. Já pensou?
Surpreendente o artigo da jornalista Sylvia Colombo, correspondente da Folha em Buenos Aires, publicado nesta terça-feira (06) - "Cristina e a vergonha de ser jornalista". Ela relata a “perseguição” (aspas minhas) que os jornalistas estão sofrendo pela presidenta Cristina Kirchner e pelos argentinos. Segundo ela, os jornalistas se tornaram personas non gratas em Buenos Aires. Ela conta alguns causos nos quais colegas foram constrangidos a mentir a profissão para não serem alvo de preconceito. Disse que foi questionada se, no Brasil, os jornalistas também são mentirosos. Será que ela respondeu a verdade?
Para Sylvia, essa situação de caça aos jornalistas foi estimulada pelas ações políticas da presidente, cujo principal emblema é a Ley de Medios. Ela acusa a presidente de incentivar o “jornalismo militante” (aspas dela) e de atacar a imprensa independente. Segundo Sylvia, os expoentes da imprensa independente são os jornais Clarín e La Nácion.
Independentes de quem?
Mais uma vez o jogo de palavras tenta conduzir o leitor no sentido de reforçar a ideia de que regulação da mídia é uma medida autoritária, realizada por governos ditatoriais como o de Hugo Chávez.
Desde quando o grupo Clarín pode ser alçado à categoria de jornalismo independente???? Só se for independente de compromissos com o desenvolvimento econômico da Argentina, com políticas sociais de cunho democratizante. Seria o mesmo que dizer que Estadão e Folha são jornais independentes. Era só o que faltava.
A colunista ainda usa sua “autoridade” (aspas minhas), para alertar a presidenta Cristina que ela deve se afastar da influência de Chávez e se aproximar do exemplo da colega brasileira Dilma Rousseff e, para isso, a presidenta da Argentina deveria “baixar o tom contra a imprensa independente”.
Se a moda pega por aqui, corremos o risco de os monopólios de comunicação reivindicarem o direito de serem beneficiados com as políticas de incentivo à produção independente. Já pensou?
É a midia argentina que persegue Cristina Kirchner atrás de notícia. Kircher tá se lixando para o PiG argentino. Simplesmente não fala com eles, não dá entrevista e não frequenta os estudios deles pra fazer debate golpista como a Globo fez pra eleger Collor.
ResponderExcluirhttp://diego1dias.blogspot.com/2011/12/direita-e-esquerda.html
ResponderExcluirMiro:
ResponderExcluirO problema não está apenas na formação acadêmica de certos profissionais nas escolas neoliberais, para atuarem em defesa dos valores capitalistas de seus patrões, incondicionalmente. Para esconderem essa relação subalterna, esses profissionais da Mídia tornam-se hipócritas, uns verdadeiros artistas na arte de disfarçar, de enganar, e de até distorcer os fatos, se necessário. Mas, o problema não está apenas nisso, que já é uma grave questão, mas, uma questão de caráter de certos profissionais da Mídia.
Para nós, leitores, indefesos, é necessária a busca de fontes alternativas de informação e de muito discernimento, também, para perceber as armadilhas.
É dever do Estado Democrático de Direitos defender os valores republicanos e regular todas as ações, venham de onde vierem, que possam atacar e ferir os direitos de todos os cidadãos, no Interesse Público, que deve prevalecer sobre o Interesse Privado, segundo a nossa Constituição Federal.