Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Na noite da última quarta-feira, em um dos dois auditórios do Sindicato dos Bancários de São Paulo lotados por centenas de pessoas que se espremiam sob um calor digno de qualquer sauna, assisti ao lançamento de A Privataria Tucana, Best-seller do jornalista Amaury Ribeiro. O evento contou com as exposições do autor do livro, do jornalista Paulo Henrique Amorim e do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB–SP).
Conhecer o Amaury – primeiro de longe e depois conversando consigo – foi uma experiência marcante. É um homem simples, com um sotaque caracteristicamente mineiro, bonachão e empenhadamente atencioso com cada uma das centenas de pessoas que o assediavam e que formavam um cordão de isolamento em torno de si.
Paulo Henrique Amorim enlevou o público com seu bom humor e citações perfurantes, o deputado Queiroz tratou de fazer considerações sobre sua atuação para criar a CPI das Privatizações – em relação à qual o PT assumiu sua responsabilidade, assinando-a em bloco –, mas coube a Amaury, com seu linguajar simples e marcantemente diferente de seu texto bem construído e didático, desmontar facilmente cada crítica que a sua obra vem recebendo.
Uma das principais revelações de Amaury foi a de que os grandes meios de comunicação que vêm silenciando ou atacando sua obra sofrerão questionamentos seriíssimos pela atuação que tiveram no nebuloso processo que entregou a preço vil ao setor privado empresas que ao fim dos anos 1990 eram o que havia de mais valioso no patrimônio público brasileiro.
Soube-se, também, que o autor de Privataria guarda muito mais material, o qual deverá dar origem a novas denúncias marcadamente relativas aos meios de comunicação, mas que também devem pôr em xeque as instituições da República devido ao imenso acordo que se fez neste país para encobrir revelações que lambem reputações dos atores mais diversificados.
O evento ocorreu sob o mote do eloqüente silêncio da grande imprensa. Ao fim dessa noite de tantas revelações deprimentes, porém, uma conclusão alentadora: toda a roubalheira só foi possível porque jornalistas que tinham todos os recursos do mundo para investigar e denunciar, omitiram-se ou até compactuaram com os crimes. Todavia, o mesmo jornalismo está denunciando seus erros.
Assim como só a boa política pode combater a má, só o bom jornalismo – criterioso, baseado em fatos e provas e não em suposições – pode combater o mau, o que prova que em todos os campos há os bem e os mal-intencionados, os que põem o respeito próprio acima de tudo e aqueles para os quais tudo se resume a ganhar dinheiro e poder. Esta, pois, é a reflexão que devemos fazer quando nos sentirmos desanimar.
Na noite da última quarta-feira, em um dos dois auditórios do Sindicato dos Bancários de São Paulo lotados por centenas de pessoas que se espremiam sob um calor digno de qualquer sauna, assisti ao lançamento de A Privataria Tucana, Best-seller do jornalista Amaury Ribeiro. O evento contou com as exposições do autor do livro, do jornalista Paulo Henrique Amorim e do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB–SP).
Conhecer o Amaury – primeiro de longe e depois conversando consigo – foi uma experiência marcante. É um homem simples, com um sotaque caracteristicamente mineiro, bonachão e empenhadamente atencioso com cada uma das centenas de pessoas que o assediavam e que formavam um cordão de isolamento em torno de si.
Paulo Henrique Amorim enlevou o público com seu bom humor e citações perfurantes, o deputado Queiroz tratou de fazer considerações sobre sua atuação para criar a CPI das Privatizações – em relação à qual o PT assumiu sua responsabilidade, assinando-a em bloco –, mas coube a Amaury, com seu linguajar simples e marcantemente diferente de seu texto bem construído e didático, desmontar facilmente cada crítica que a sua obra vem recebendo.
Uma das principais revelações de Amaury foi a de que os grandes meios de comunicação que vêm silenciando ou atacando sua obra sofrerão questionamentos seriíssimos pela atuação que tiveram no nebuloso processo que entregou a preço vil ao setor privado empresas que ao fim dos anos 1990 eram o que havia de mais valioso no patrimônio público brasileiro.
Soube-se, também, que o autor de Privataria guarda muito mais material, o qual deverá dar origem a novas denúncias marcadamente relativas aos meios de comunicação, mas que também devem pôr em xeque as instituições da República devido ao imenso acordo que se fez neste país para encobrir revelações que lambem reputações dos atores mais diversificados.
O evento ocorreu sob o mote do eloqüente silêncio da grande imprensa. Ao fim dessa noite de tantas revelações deprimentes, porém, uma conclusão alentadora: toda a roubalheira só foi possível porque jornalistas que tinham todos os recursos do mundo para investigar e denunciar, omitiram-se ou até compactuaram com os crimes. Todavia, o mesmo jornalismo está denunciando seus erros.
Assim como só a boa política pode combater a má, só o bom jornalismo – criterioso, baseado em fatos e provas e não em suposições – pode combater o mau, o que prova que em todos os campos há os bem e os mal-intencionados, os que põem o respeito próprio acima de tudo e aqueles para os quais tudo se resume a ganhar dinheiro e poder. Esta, pois, é a reflexão que devemos fazer quando nos sentirmos desanimar.
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