Por Beto Almeida, no jornal Brasil de Fato:
A decisão do Mercosul de expressar solidariedade à Argentina proibindo a atracação de navios com bandeira das Ilhas Falkland (Malvinas) nos portos de Brasil, Uruguai e, obviamente, Argentina, remete a uma discussão estratégica mais ampla que bem deveria ser encarada pelos movimentos progressistas, já que confirma uma prioridade na política externa brasileira, uma nova realidade política e, também, um passo a mais na caminhada da integração da América do Sul.
Quando estourou a Guerra das Malvinas, em 1982, o Brasil, formalmente, declarou-se neutro. Mas uma neutralidade imperfeita, que favoreceu concretamente à Argentina. O Brasil forneceu ao vizinho ajuda material, até mesmo militar, com reposição de material bélico e aviões. Diante da opção dos EUA em não cumprir o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca e aliar-se à OTAN contra a Argentina, esfumaram-se ilusões ainda existentes em círculos militares e, mais que isto, surgiu uma nova hipótese de guerra na ESG. Ou seja, “um conflito envolvendo o Brasil e um país do Hemisfério Norte Ocidental, muito mais poderoso econômica e militarmente, devendo o Brasil contar com os seus próprios recursos”, menciona-se em seus textos.
Na época, tudo ficou ainda mais claro diante da revelação de que os EUA pretendiam instalar uma base militar nas Ilhas Malvinas para fechar a chave do Atlântico e controlar a rota do petróleo que vem do Oriente Médio. A decisão de Cuba em oferecer tropas à Argentina para lutar contra o imperialismo em defesa das Malvinas, acrescentou novo elemento na geopolítica já que o Brasil, desde 1975, estava em aliança tácita com a URSS e Cuba, sob protesto dos EUA, no apoio à independência de Angola, dirigida por Agostinho Neto.
À decisão recente do Mercosul deve-se acrescentar a existência de um Conselho Sul-Americano de Defesa no âmbito da Unasul, bem como o nascimento da Celac, sem presença ou interferência dos EUA. A crescente tensão mundial aconselha aos países que desejam uma real independência política organizar, igualmente, uma independência industrial e tecnológica, inclusive no campo bélico, ao contrário, da orientação imposta pela privataria tucana, quase levando o Brasil a um desarmamento unilateral. Gravíssimo, sob todas as circunstâncias, especialmente para países emergentes e com riqueza petroleira como o Brasil, Argentina ou a Venezuela. As ameaças ao Irã são duramente pedagógicas.
A decisão do Mercosul de expressar solidariedade à Argentina proibindo a atracação de navios com bandeira das Ilhas Falkland (Malvinas) nos portos de Brasil, Uruguai e, obviamente, Argentina, remete a uma discussão estratégica mais ampla que bem deveria ser encarada pelos movimentos progressistas, já que confirma uma prioridade na política externa brasileira, uma nova realidade política e, também, um passo a mais na caminhada da integração da América do Sul.
Quando estourou a Guerra das Malvinas, em 1982, o Brasil, formalmente, declarou-se neutro. Mas uma neutralidade imperfeita, que favoreceu concretamente à Argentina. O Brasil forneceu ao vizinho ajuda material, até mesmo militar, com reposição de material bélico e aviões. Diante da opção dos EUA em não cumprir o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca e aliar-se à OTAN contra a Argentina, esfumaram-se ilusões ainda existentes em círculos militares e, mais que isto, surgiu uma nova hipótese de guerra na ESG. Ou seja, “um conflito envolvendo o Brasil e um país do Hemisfério Norte Ocidental, muito mais poderoso econômica e militarmente, devendo o Brasil contar com os seus próprios recursos”, menciona-se em seus textos.
Na época, tudo ficou ainda mais claro diante da revelação de que os EUA pretendiam instalar uma base militar nas Ilhas Malvinas para fechar a chave do Atlântico e controlar a rota do petróleo que vem do Oriente Médio. A decisão de Cuba em oferecer tropas à Argentina para lutar contra o imperialismo em defesa das Malvinas, acrescentou novo elemento na geopolítica já que o Brasil, desde 1975, estava em aliança tácita com a URSS e Cuba, sob protesto dos EUA, no apoio à independência de Angola, dirigida por Agostinho Neto.
À decisão recente do Mercosul deve-se acrescentar a existência de um Conselho Sul-Americano de Defesa no âmbito da Unasul, bem como o nascimento da Celac, sem presença ou interferência dos EUA. A crescente tensão mundial aconselha aos países que desejam uma real independência política organizar, igualmente, uma independência industrial e tecnológica, inclusive no campo bélico, ao contrário, da orientação imposta pela privataria tucana, quase levando o Brasil a um desarmamento unilateral. Gravíssimo, sob todas as circunstâncias, especialmente para países emergentes e com riqueza petroleira como o Brasil, Argentina ou a Venezuela. As ameaças ao Irã são duramente pedagógicas.
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