segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PM agride estudante na USP

2 comentários:

  1. A política interna assassina de Alckmin.

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  2. A hipocrisia étnica no Brasil

    Lembro-me que há pouco tempo (há algumas décadas) o povo norte-americano era o retrato do racismo. Nessas poucas décadas eles evoluíram mais do que o Brasil em 500 anos!! … Basta ver o cinema norte americano para ver o papel do negro nessa oitava arte, uma das principais fontes de renda dos Estados Unidos no mundo e a hegemonia de anos-luz na frente do restante do cinema no planeta. É notável também a participação do negro afro-americano no esporte: uma participação maciça por competência. Nas universidades é também muito intensa a participação do negro norte-americano como intelectuais importantes na história cultural dos Estados Unidos de hoje. Isso é sinal de inteligência do povo norte-americano, brancos e negros, e de capacidade de resolver os seus próprios problemas internos. Como exemplo de evolução cultural, os americanos hoje têm um presidente negro como representante do País. Estou destacando isso não é por que sou defensor dos Estados Unidos, acho até que eles são um povo muito sacana politicamente, mas devemos reconhecer que é um povo inteligente e muito mais avançado culturalmente que o povo brasileiro.

    Aqui no Brasil a Rede Globo não consegue nem “copiar” o padrão dos Estados Unidos de tão obtusos que são os produtores intelectuais da programação da emissora, principalmente porque se deixam doutrinar por uma mentalidade tão retrógrada de discriminação de atores. Essa emissora só faz vitrine propagandista do mercado de modas e produtos dirigidos quase que exclusivamente para a classe de maior poder aquisitivo, que tem por força do racismo o favorecimento esmagador de pessoas brancas, selecionadas por sistema perverso para as melhores oportunidades de trabalho, estudos, condições de moradia e favorecimento em todos os sentidos. Será que o Brasil real é mesmo este que está representado nas telenovelas da TV Globo?
    O problema maior é que a discussão sobre temas que colocam na berlinda o racismo no Brasil é discutido com muita má vontade por pessoas que se consideram não negras, e também por políticos que não querem envolver com uma questão tão espinhosa como essa que não gera votos. A cota para negros ingressarem nas universidades é recebida pela população brasileira com muita desconfiança, isto porque exacerba e expõe mais às claras o racismo velado que existe no Brasil. Quando se faz alguma ação pública para diminuir a desigualdade cada vez mais crescente de oportunidades entre brancos e negros no Brasil, dizem políticos importantes que se torna perigoso a “racialização”. Creio que o problema é “explicitação” do racismo já existente e incutido na mentalidade o brasileiro. O racismo brasileiro é questão de querer se autoafirmar como País de terceiro mundo e ai permanecer.

    Para haver avanço nas discussões sobre racismo no Brasil tem que debater sim. Tem que denunciar sim. E tem que rever os direitos sim. O problema só se resolve, ao menos em parte, se houver disposição para discutir o problema e dialogar de modo construtivo. Essa é uma realidade social, pois mexe profundamente com classes sociais estagnadas pela discriminação ativa e eficaz. É preciso desarmar o sistema operativo que promove as diferenças sociais de modo discriminador, através de leis que progridam no sentido de esclarecer e garantir que o ato preconceituoso não cabe mais na sociedade brasileira, e que o exercício de democratização legítima é um direito constitucional que não deve ser mascarado por interpretações capciosas, intolerantes e hipócritas.

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