Por Altamiro Borges
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) divulgou hoje dura nova de repúdio às normas anunciadas pela Federação Mineira de Futebol para a cobertura dos jogos no estado. Conforme aponta, elas beneficiam uma única empresa, a Rede Globo, e prejudicam o trabalho dos jornalistas.
Abaixo, a íntegra do documento:
*****
Direito à informação
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) considera as normas anunciadas pela Federação Mineira de Futebol (FMF) para a cobertura nas arenas esportivas do Estado um abuso de poder e o cerceamento do direito ao trabalho dos profissionais de imprensa que não pertencem à emissora detentora dos direitos de transmissão dos campeonatos Mineiro e Brasileiro, a Rede Globo.
A organização limita o trabalho dos demais jornalistas à Tribuna de Imprensa, impede o acesso livre ao gramado, proíbe o contato com os jogadores nos vestiários e dá plenos poderes à Assessoria de Imprensa da Federação e à emissora detentora dos direitos de transmissão para escolher quem entrevistar, quando e como, o que vai provocar total prejuízo às edições esportivas de jornais e às coberturas das rádios e outras TVs. Tal despropósito vilipendia leitores, ouvintes e telespectadores dos demais veículos de comunicação.
As regras, que contêm todo o tipo de infâmia, obrigam emissoras de rádio a informar a frequência de seus microfones, para não macular a cobertura ao vivo da rede televisiva. Essas normas são um desrespeito à natureza plural das transmissões e das reportagens esportivas, pois se destinam a beneficiar apenas um veículo de comunicação em detrimento da qualidade do jornalismo.
O SJPMG, que sempre se posicionou quando houve tentativa de cercear o trabalho dos jornalistas, sai, mais uma vez, em defesa do direito ao trabalho e da diversidade da informação. O Sindicato vai tomar as medidas cabíveis para garantir a todos os profissionais da imprensa o direito de trabalhar livremente nas arenas esportivas de Minas Gerais. A entidade vai organizar e mobilizar os profissionais que estão sendo prejudicados com a execração e o confinamento, além de acionar todas instâncias envolvidas na questão. Agindo assim, sai em defesa da pluralidade no jornalismo esportivo, garantindo tratamento igual ao trabalhador jornalista, independentemente de seu veículo de atuação. O SJPMG não compactua com esse desrespeito à informação de qualidade e levanta preocupação quanto ao que poderá vir durante a realização da Copa do Mundo em Belo Horizonte.
Não é admissível que apenas uma emissora, embora tenha investido na competição, fique com o monopólio de um espaço público como as arenas esportivas de Minas Gerais, reconstruídas ou reformadas com verbas municipais, estaduais ou federais e nas quais historicamente foram respeitados os espaços dos mais afortunados e dos menos aquinhoados veículos de comunicação.
Por tudo isso, a FMF mostrou-se autoritária, ditatorial, e seu ato fere de morte o direito ao trabalho e à informação. A decisão da entidade beira à censura e, ao mesmo tempo, submete ao abuso do poder econômico jornalistas esportivos dos demais veículos de comunicação do Estado.
E, por assim entender, o SJPMG vem a público manifestar seu repúdio a esse rol de absurdos e declarar seu integral apoio aos profissionais das coberturas esportivas no estado.
Leia mais.
Belo Horizonte, 1º de fevereiro de 2012
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) divulgou hoje dura nova de repúdio às normas anunciadas pela Federação Mineira de Futebol para a cobertura dos jogos no estado. Conforme aponta, elas beneficiam uma única empresa, a Rede Globo, e prejudicam o trabalho dos jornalistas.
Abaixo, a íntegra do documento:
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Direito à informação
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) considera as normas anunciadas pela Federação Mineira de Futebol (FMF) para a cobertura nas arenas esportivas do Estado um abuso de poder e o cerceamento do direito ao trabalho dos profissionais de imprensa que não pertencem à emissora detentora dos direitos de transmissão dos campeonatos Mineiro e Brasileiro, a Rede Globo.
A organização limita o trabalho dos demais jornalistas à Tribuna de Imprensa, impede o acesso livre ao gramado, proíbe o contato com os jogadores nos vestiários e dá plenos poderes à Assessoria de Imprensa da Federação e à emissora detentora dos direitos de transmissão para escolher quem entrevistar, quando e como, o que vai provocar total prejuízo às edições esportivas de jornais e às coberturas das rádios e outras TVs. Tal despropósito vilipendia leitores, ouvintes e telespectadores dos demais veículos de comunicação.
As regras, que contêm todo o tipo de infâmia, obrigam emissoras de rádio a informar a frequência de seus microfones, para não macular a cobertura ao vivo da rede televisiva. Essas normas são um desrespeito à natureza plural das transmissões e das reportagens esportivas, pois se destinam a beneficiar apenas um veículo de comunicação em detrimento da qualidade do jornalismo.
O SJPMG, que sempre se posicionou quando houve tentativa de cercear o trabalho dos jornalistas, sai, mais uma vez, em defesa do direito ao trabalho e da diversidade da informação. O Sindicato vai tomar as medidas cabíveis para garantir a todos os profissionais da imprensa o direito de trabalhar livremente nas arenas esportivas de Minas Gerais. A entidade vai organizar e mobilizar os profissionais que estão sendo prejudicados com a execração e o confinamento, além de acionar todas instâncias envolvidas na questão. Agindo assim, sai em defesa da pluralidade no jornalismo esportivo, garantindo tratamento igual ao trabalhador jornalista, independentemente de seu veículo de atuação. O SJPMG não compactua com esse desrespeito à informação de qualidade e levanta preocupação quanto ao que poderá vir durante a realização da Copa do Mundo em Belo Horizonte.
Não é admissível que apenas uma emissora, embora tenha investido na competição, fique com o monopólio de um espaço público como as arenas esportivas de Minas Gerais, reconstruídas ou reformadas com verbas municipais, estaduais ou federais e nas quais historicamente foram respeitados os espaços dos mais afortunados e dos menos aquinhoados veículos de comunicação.
Por tudo isso, a FMF mostrou-se autoritária, ditatorial, e seu ato fere de morte o direito ao trabalho e à informação. A decisão da entidade beira à censura e, ao mesmo tempo, submete ao abuso do poder econômico jornalistas esportivos dos demais veículos de comunicação do Estado.
E, por assim entender, o SJPMG vem a público manifestar seu repúdio a esse rol de absurdos e declarar seu integral apoio aos profissionais das coberturas esportivas no estado.
Leia mais.
Belo Horizonte, 1º de fevereiro de 2012
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
"Na primeira noite eles vêm e arrancam uma flor de nosso jardim..." Pena que esse sindicato nunca reclamou da rédea do ex governador Aecio Neves e sua irmã Andrea. Fica caladinho inclusive na hora que jornalistas são demitidos a mando do senador.
ResponderExcluirPois é... essa hegemonia global no produto jornalístico, na propriedade e controle da indústria da comunicação já devia ter sido denunciada há muito tempo. (E nada de Marco Regulatório da Mídia...) Mas, louvo a contestação do SJPMG. Imagine! a Globo criou "estamentos" na classe dos jornalistas: os que a ela servem tudo é permitido. Ao "resto" só as migalhas, e olhe lá! Isso é que é hegemonia (ditadura) no e sobre o Brasil! O governo de MG é PSDB, certo? Então, constestar é preciso!
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