Por Altamiro Borges
Enquanto a reforma agrária segue empacada no governo Dilma Rousseff, cresce a violência no campo. Nos últimos dias, três dirigentes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) foram mortos na região do Triângulo Mineiro e um líder do MST foi assassinado no Agreste de Pernambuco. Numa pequena nota, a Folha registrou o último caso:
Dois tiros numa emboscada
“O líder do MST Antônio Tiningo foi assassinado com dois tiros no município de Jataúba (223 km de Recife). A Polícia Civil disse que ele foi morto em uma emboscada, na última sexta-feira, numa estrada que liga dois assentamentos. Ainda de acordo com a polícia, dois homens alvejaram o sem-terra. O MST afirmou que um empresário conhecido como Brecha Maia é o mandante do crime”.
Tiningo era um dos coordenadores do acampamento da fazenda Ramada, ocupada há mais de três anos. No final de 2011, apesar de ocupada pelos sem terra, a fazenda foi comprada pelo empresário do ramo de confecção e especulação imobiliária Brecha Maia. “Logo que comprou a área, o fazendeiro – que possui outras fazendas na região – expulsou ilegalmente as famílias, sem nenhuma ordem judicial ou presença policial”, relata uma nota oficial do MST.
Violência e impunidade do latifúndio
As famílias reocuparam a área em fevereiro passado e, desde então, o fazendeiro ameaça retirá-las à força, “intimidando pessoalmente algumas lideranças da região, dentre elas, Antonio Tiningo. Na semana passada, Brecha Maia havia declarado que faria o despejo das famílias por bem ou por mal, e que não passaria de sexta-feira, dia em que Tiningo foi assassinado”.
A nota do MST destaca que “o assassinato de Antonio Tiningo é mais uma consequência da omissão do Estado em relação à violência e impunidade do latifúndio na região do agreste de Pernambuco. Por ser uma região em que os poderes públicos locais possuem uma relação estreita com os proprietários de terra, o MST está exigindo que seja indicado um delegado especial para apurar o caso”.
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Leia também:
- A lentidão da reforma agrária
- Governo abandona a reforma agrária
- Alckmin quer regularizar a grilagem
Enquanto a reforma agrária segue empacada no governo Dilma Rousseff, cresce a violência no campo. Nos últimos dias, três dirigentes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) foram mortos na região do Triângulo Mineiro e um líder do MST foi assassinado no Agreste de Pernambuco. Numa pequena nota, a Folha registrou o último caso:
Dois tiros numa emboscada
“O líder do MST Antônio Tiningo foi assassinado com dois tiros no município de Jataúba (223 km de Recife). A Polícia Civil disse que ele foi morto em uma emboscada, na última sexta-feira, numa estrada que liga dois assentamentos. Ainda de acordo com a polícia, dois homens alvejaram o sem-terra. O MST afirmou que um empresário conhecido como Brecha Maia é o mandante do crime”.
Tiningo era um dos coordenadores do acampamento da fazenda Ramada, ocupada há mais de três anos. No final de 2011, apesar de ocupada pelos sem terra, a fazenda foi comprada pelo empresário do ramo de confecção e especulação imobiliária Brecha Maia. “Logo que comprou a área, o fazendeiro – que possui outras fazendas na região – expulsou ilegalmente as famílias, sem nenhuma ordem judicial ou presença policial”, relata uma nota oficial do MST.
Violência e impunidade do latifúndio
As famílias reocuparam a área em fevereiro passado e, desde então, o fazendeiro ameaça retirá-las à força, “intimidando pessoalmente algumas lideranças da região, dentre elas, Antonio Tiningo. Na semana passada, Brecha Maia havia declarado que faria o despejo das famílias por bem ou por mal, e que não passaria de sexta-feira, dia em que Tiningo foi assassinado”.
A nota do MST destaca que “o assassinato de Antonio Tiningo é mais uma consequência da omissão do Estado em relação à violência e impunidade do latifúndio na região do agreste de Pernambuco. Por ser uma região em que os poderes públicos locais possuem uma relação estreita com os proprietários de terra, o MST está exigindo que seja indicado um delegado especial para apurar o caso”.
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A ausência de reforma agrária e diálogo do governo Dilma deu uma nova confiança para que os latifundiários voltem a usar o terrorismo contra os militantes camponeses. Tudo com a cumplicidade das autoridades locais e da mídia.
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