Editorial do sítio Vermelho:
Na semana pasada, o general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos desde 2009, compareceu a uma sessão do Congresso norte-americano, onde intempestivamente desferiu ataques aos países da Alba, em particular a Venezuela.
Segundo ele, há “crescentes níveis de violência e persistente instabilidade econômica”, e, no caso específico da Venezuela, de Cuba, da Bolívia e do Haiti, “persiste a turbulência geopolítica”, cenários estes que “terão um impacto sobre cidadãos e militares estadunidenses na região”. O general também criticou a relação da Venezuela com o Irã e, voltando a levantar uma tese surrada que tem sido pretexto para invocar o militarismo e agrupar as forças de direita, criticou a falta de uma maior atividade na luta contra o narcotráfico.
Não é a primeira vez que os militaristas estadunidenses atacam a Venezuela, sua política externa, suas alianças internacionais e sua política de segurança em relação ao combate ao tráfico de drogas.
Outrossim, os chefes do Comando Sul em outras ocasiões vincularam o governo revolucionário de Hugo Chávez às guerrilhas colombianas, carimbando-o como aliado do “narcoterrorismo”, forma depreciativa e eivada de intenções golpistas e intervencionistas de se referir aos movimentos insurgentes do país vizinho. Agora, a Venezuela ingressa em mais uma campanha eleitoral, na qual está em disputa a Presidência da República, hoje o vértice de um proceso revolucionário democrático-popular e anti-imperialista, liderado por Hugo Chávez, candidato à reeleição.
Fica inequívoca a intenção política de introduzir no debate temas que se convertam em bandeiras da esquálida oposição, cada vez mais isolada e vazia de ideias para o país bolivariano. O general vai da caserna à casa legislativa estadunidense para levantar uma bandeira, a ser usada pelos políticos democratas e republicanos, assim como pelos veículos da mídia pró-imperialista neste período de campanha eleitoral.
O tema não é estranho às forças progressistas brasileiras solidárias com a Revolução bolivariana. Também no Congresso Nacional sediado em Brasília, intermitentemente ouvem-se vozes deblaterando contra a “corrida armamentista” promovida por Chávez na América do Sul, o que constituiría uma ameaça ao Brasil. Os conservadores no Senado brasileiro chegaram a usar o argumento para justificar manobras protelatórias da aprovação do ingresso da Venezuela no Mercosul.
Os argumentos do general Fraser não são inteiramente novos. Já na altura em que foi criada a Quarta Frota da Marinha de Guerra dos Estados Unidos, em 2008, os militaristas do Pentágono batiam na tecla surrada da instabilidade, do combate ao narcotráfico e ao terrorismo para justificar ter engendrado o monstrengo. A novidade agora é o ataque direto à Alba e a menção ao Haiti, país que recentemente manifestou a intenção de ingressar no organismo de integração solidária.
Isto só encontra explicação no papel crescente que a Alba vem desempenhando na região e no mundo, não apenas como protótipo de integração econômica, política e social solidária, longe da influência nefasta dos latifundiários, das multinacionais e do capital financeiro. A Alba afiança-se cada vez mais como um polo de irradiação de ideias progressistas, solidárias, internacionalistas, anti-imperialistas na região da América Latina e Caribe.
Suas reuniões de chefes de Estado e governo são tribunas de donde as lideranças emergentes de uma nova América, a “nossa América” prefigurada por José Martí, falam como a voz dos oprimidos e espoliados, dando agora o grito da segunda e definitiva independência. São significativos os seus pronunciamentos e resoluções não apenas sobre temas econômicos, comerciais, diplomáticos e políticos regionais, mas também de interesse mundial, onde se expressa de maneira inequívoca a defesa da paz, de uma nova ordem política e econômica internacional, a luta contra as agressões dos Estados Unidos e da Otan e contra as ameaças de ataque à Síria e ao Irã.
As declarações do general Fraser devem soar para as forças progressistas da América Latina e Caribe como um sinal de alarme quanto às intenções intervencionistas do Pentágono na região, que vai muito bem, obrigado, em termos de estabilidade política e defesa da paz e de sua segurança.
Por isso, é importante desvendar e denunciar o que significa este departamento do grande complexo militarista estadunidense. O Comando Sul é um dos nove comandos que operam fora do território estadunidense, comparável aos que essa potência imperialista mantém no Golfo Pérsico e no Mediterrâneo, entre outras regiões. Este Comando cobre uma área de 24 mil quilômetros quadrados e conta com mais de 20 mil efetivos militares. É nessa estrutura que se encaixa a famigerada Quarta Frota, desativada depois da 2ª Guerra Mundial e recriada no apagar das luzes do mandato do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em 2008.
O imperialismo estadunidense sempre considerou a América Latina e o Caribe como o seu “quintal” e as águas dos Oceanos Pacífico, Atlântico e Mar das Caraíbas que banham os países da região como o “mare nostrum” norte-americano. Seus planos neocolonialistas seguem mais vigentes do que nunca. A Revolução bolivariana e os governos democráticos e patrióticos da região são, na visão dos estrategistas do Pentágono, obstáculos a remover. É mais atual do que nunca a luta anti-imperialista e contra os planos militaristas dos EUA.
Na semana pasada, o general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos desde 2009, compareceu a uma sessão do Congresso norte-americano, onde intempestivamente desferiu ataques aos países da Alba, em particular a Venezuela.
Segundo ele, há “crescentes níveis de violência e persistente instabilidade econômica”, e, no caso específico da Venezuela, de Cuba, da Bolívia e do Haiti, “persiste a turbulência geopolítica”, cenários estes que “terão um impacto sobre cidadãos e militares estadunidenses na região”. O general também criticou a relação da Venezuela com o Irã e, voltando a levantar uma tese surrada que tem sido pretexto para invocar o militarismo e agrupar as forças de direita, criticou a falta de uma maior atividade na luta contra o narcotráfico.
Não é a primeira vez que os militaristas estadunidenses atacam a Venezuela, sua política externa, suas alianças internacionais e sua política de segurança em relação ao combate ao tráfico de drogas.
Outrossim, os chefes do Comando Sul em outras ocasiões vincularam o governo revolucionário de Hugo Chávez às guerrilhas colombianas, carimbando-o como aliado do “narcoterrorismo”, forma depreciativa e eivada de intenções golpistas e intervencionistas de se referir aos movimentos insurgentes do país vizinho. Agora, a Venezuela ingressa em mais uma campanha eleitoral, na qual está em disputa a Presidência da República, hoje o vértice de um proceso revolucionário democrático-popular e anti-imperialista, liderado por Hugo Chávez, candidato à reeleição.
Fica inequívoca a intenção política de introduzir no debate temas que se convertam em bandeiras da esquálida oposição, cada vez mais isolada e vazia de ideias para o país bolivariano. O general vai da caserna à casa legislativa estadunidense para levantar uma bandeira, a ser usada pelos políticos democratas e republicanos, assim como pelos veículos da mídia pró-imperialista neste período de campanha eleitoral.
O tema não é estranho às forças progressistas brasileiras solidárias com a Revolução bolivariana. Também no Congresso Nacional sediado em Brasília, intermitentemente ouvem-se vozes deblaterando contra a “corrida armamentista” promovida por Chávez na América do Sul, o que constituiría uma ameaça ao Brasil. Os conservadores no Senado brasileiro chegaram a usar o argumento para justificar manobras protelatórias da aprovação do ingresso da Venezuela no Mercosul.
Os argumentos do general Fraser não são inteiramente novos. Já na altura em que foi criada a Quarta Frota da Marinha de Guerra dos Estados Unidos, em 2008, os militaristas do Pentágono batiam na tecla surrada da instabilidade, do combate ao narcotráfico e ao terrorismo para justificar ter engendrado o monstrengo. A novidade agora é o ataque direto à Alba e a menção ao Haiti, país que recentemente manifestou a intenção de ingressar no organismo de integração solidária.
Isto só encontra explicação no papel crescente que a Alba vem desempenhando na região e no mundo, não apenas como protótipo de integração econômica, política e social solidária, longe da influência nefasta dos latifundiários, das multinacionais e do capital financeiro. A Alba afiança-se cada vez mais como um polo de irradiação de ideias progressistas, solidárias, internacionalistas, anti-imperialistas na região da América Latina e Caribe.
Suas reuniões de chefes de Estado e governo são tribunas de donde as lideranças emergentes de uma nova América, a “nossa América” prefigurada por José Martí, falam como a voz dos oprimidos e espoliados, dando agora o grito da segunda e definitiva independência. São significativos os seus pronunciamentos e resoluções não apenas sobre temas econômicos, comerciais, diplomáticos e políticos regionais, mas também de interesse mundial, onde se expressa de maneira inequívoca a defesa da paz, de uma nova ordem política e econômica internacional, a luta contra as agressões dos Estados Unidos e da Otan e contra as ameaças de ataque à Síria e ao Irã.
As declarações do general Fraser devem soar para as forças progressistas da América Latina e Caribe como um sinal de alarme quanto às intenções intervencionistas do Pentágono na região, que vai muito bem, obrigado, em termos de estabilidade política e defesa da paz e de sua segurança.
Por isso, é importante desvendar e denunciar o que significa este departamento do grande complexo militarista estadunidense. O Comando Sul é um dos nove comandos que operam fora do território estadunidense, comparável aos que essa potência imperialista mantém no Golfo Pérsico e no Mediterrâneo, entre outras regiões. Este Comando cobre uma área de 24 mil quilômetros quadrados e conta com mais de 20 mil efetivos militares. É nessa estrutura que se encaixa a famigerada Quarta Frota, desativada depois da 2ª Guerra Mundial e recriada no apagar das luzes do mandato do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em 2008.
O imperialismo estadunidense sempre considerou a América Latina e o Caribe como o seu “quintal” e as águas dos Oceanos Pacífico, Atlântico e Mar das Caraíbas que banham os países da região como o “mare nostrum” norte-americano. Seus planos neocolonialistas seguem mais vigentes do que nunca. A Revolução bolivariana e os governos democráticos e patrióticos da região são, na visão dos estrategistas do Pentágono, obstáculos a remover. É mais atual do que nunca a luta anti-imperialista e contra os planos militaristas dos EUA.
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