Por Luis Nassif, em seu blog:
A revelação das relações entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira reabre as feridas da Operação Satiagraha e do grampo falso plantado pela revista Veja para reavivar a CPI do Grampo e matar as investigações.
Dado 1: ligações Veja-Cachoeira
Na série "O Caso de Veja", que escrevi em 2008, um dos capítulos tem por título "O araponga e o repórter".
Nele, se mostram as relações incestuosas entre Carlinhos Cachoeira e a sucursal brasiliense da revista. Coube a Carlinhos indicar o araponga que, contratado pelo chefe de uma das gangues que dominava os Correios, em aliança com o repórter da revista, deflagrou o escândalo da propina dos R$ 3 mil. O escândalo derrubou o esquema comandado pelo deputado Roberto Jefferson, permitindo a retomada do controle das negociatas pelos parceiros de Carlinhos. Tempos depois, a Policia Federal deflagrou a operação que desarticulou a quadrilha e a revista não deu uma linha sobre o ocorrido.
A cumplicidade era total. O araponga grampeava, o jornalista analisava se o grampo estava bom ou não. Depois, dava um tempo para que, de posse do grampo, o sujeito que contratou o araponga pudesse agir.
Tem-se, portanto, a ligação entre os grampos da revista e Carlinhos Cachoeira.
Dado 2: ligações Demóstenes-Veja
Tem-se, também, Demóstenes Torres se prestando ao grampo armado, naquela conversa com o presidente do STF, Gilmar Mendes. O arquivo de som jamais apareceu para não revelar as fontes. A atuação de Demóstenes no grampo parece com a de uma senhora que, sabendo de antemão que será filmada, trata de vestir sua melhor roupa. A conversa é estudada e consagradora para Demóstenes, que se apresenta como um senador defensor dos bons costumes. É o primeiro caso de grampo a favor da vítima.
Dado 3: ligações Demóstenes- Cachoeira
Agora, aparecem as relações entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira.
É mais um capítulo sobre as relações terríveis entre crime organizado, jogo político e mídia.
No caso do grampo, houve a tentativa (bem sucedida) de envolver a mais alta instância do Poder Judiciário.
A revelação das relações entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira reabre as feridas da Operação Satiagraha e do grampo falso plantado pela revista Veja para reavivar a CPI do Grampo e matar as investigações.
Dado 1: ligações Veja-Cachoeira
Na série "O Caso de Veja", que escrevi em 2008, um dos capítulos tem por título "O araponga e o repórter".
Nele, se mostram as relações incestuosas entre Carlinhos Cachoeira e a sucursal brasiliense da revista. Coube a Carlinhos indicar o araponga que, contratado pelo chefe de uma das gangues que dominava os Correios, em aliança com o repórter da revista, deflagrou o escândalo da propina dos R$ 3 mil. O escândalo derrubou o esquema comandado pelo deputado Roberto Jefferson, permitindo a retomada do controle das negociatas pelos parceiros de Carlinhos. Tempos depois, a Policia Federal deflagrou a operação que desarticulou a quadrilha e a revista não deu uma linha sobre o ocorrido.
A cumplicidade era total. O araponga grampeava, o jornalista analisava se o grampo estava bom ou não. Depois, dava um tempo para que, de posse do grampo, o sujeito que contratou o araponga pudesse agir.
Tem-se, portanto, a ligação entre os grampos da revista e Carlinhos Cachoeira.
Dado 2: ligações Demóstenes-Veja
Tem-se, também, Demóstenes Torres se prestando ao grampo armado, naquela conversa com o presidente do STF, Gilmar Mendes. O arquivo de som jamais apareceu para não revelar as fontes. A atuação de Demóstenes no grampo parece com a de uma senhora que, sabendo de antemão que será filmada, trata de vestir sua melhor roupa. A conversa é estudada e consagradora para Demóstenes, que se apresenta como um senador defensor dos bons costumes. É o primeiro caso de grampo a favor da vítima.
Dado 3: ligações Demóstenes- Cachoeira
Agora, aparecem as relações entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira.
É mais um capítulo sobre as relações terríveis entre crime organizado, jogo político e mídia.
No caso do grampo, houve a tentativa (bem sucedida) de envolver a mais alta instância do Poder Judiciário.
Folha e Globo escondem relação de importantes políticos com um dos maiores criminosos do Brasil
ResponderExcluirPor Redação, 05.03.2012 (Blog Fazendo Média)
A prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que administrava uma série de cassinos ilegais em Goiás e nas cercanias de Brasília, cada um com faturamento mensal na casa de R$ 3 milhões, tem provocado um verdadeiro tsunami político em Goiás, estado administrado por Marconi Perillo, que vinha sendo apontado como um possível presidenciável do PSDB. Até agora já se sabe que:
1) o mafioso Cachoeira nomeava delegados e pagava mesada a policiais de Goiás
2) o mafioso Cachoeira distribuía presentes ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO)
3) o mafioso Cachoeira indicava parentes até para a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás
Agora, mais uma revelação estarrecedora. Ele foi preso na sua residência, em Goiânia. Uma casa que, até 2010, pertencia a quem? Ao governador Marconi Perillo.
FOLHA DE S. PAULO
Pé de uma página par, sem fotos, e sem referência aos nomes dos políticos no título e no olho. Assim, a Folha de S. Paulo noticiou o que apurou sobre as relações entre o mafioso Carlinhos Cachoeira e dois personagens centrais da política goiana: o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM.
Intitulada “Preso pela PF tinha contato com políticos de GO”, a matéria está bem escondida.
ORGANIZAÇÕES GLOBO
É incrível silêncio das Organizações Globo, maior grupo de comunicação do País, sobre a Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Bom, de fato, há uma matéria no G1, portal de notícias da Globo. Mas é preciso ter lupa para encontrá-la. O texto remete para uma reportagem de Época, com título anódino: “As ligações de Carlinhos Cachoeira com políticos”. Políticos, como se vê, é uma expressão como outra qualquer. Poderia ser, por exemplo, baleias.
Na reportagem de Época, Demóstenes Torres é quase uma vítima do bicheiro, que o iludiu. “Pensei que ele havia abandonado a contravenção”, disse ele.
Aguardemos as próximas aparições de Patrícia Poeta.
(*) Matéria reproduzida do site Pragmatismo Político.
Leia integra: http://www.fazendomedia.com/