Por Gianni Carta, na CartaCapital:
Não foi nada surpreendente a demissão na quinta-feira 29 de James Murdoch, presidente executivo da News International, filial da News Corporation. O objetivo de James, filho de 39 anos do magnata Rupert Murdoch, é límpido: fugir do inquérito Leveson, a investigar a cultura, práticas e ética da imprensa britânica.
Os jornais até agora sob o comando de James, o herdeiro do império Murdoch, são no mínimo pouco éticos.
Dona do tabloide The Sun, do diário The Times, do The Times on Sunday e do recém-lançado The Sun on Sunday (26 de fevereiro), a News International já esteve envolvida num escândalo de escutas telefônicas ilegais. Editores, jornalistas e um detetive do News of the World (NOTW) foram presos. O tabloide de 168 anos, que pertencia à News International, foi fechado em julho.
Dezenas de vítimas das escutas ilegais realizadas pelo NOTW têm processado a News Corp. Na segunda, um acordo de 600 mil libras foi assinado com a cantora Charlotte Church.
A imagem do filho do magnata, é compreensível, não é das melhores no Reino Unido. Ano passado ele foi interrogado duas vezes por um comitê parlamentar por conta das escutas ilícitas. Para se ter uma ideia do baixo nível das “reportagens” do NOTW, seus repórteres interceptaram mensagens do celular de Milly Dowler, uma estudante britânica encontrada morta.
Portanto, parece oportuno a mudança de James Murdoch de Londres para Nova York. Lá exercerá a função de vice-diretor da News Corp., cargo para o qual foi nomeado faz menos de um ano. “Espero expandir meu compromisso como os negócios da televisão internacional da News Corporation e outras iniciativas chave da empresa”, disse James.
O octogenário Rupert Murdoch insiste que as práticas de seus tabloides melhoraram, mas o atual inquérito Levenson sobre o Sun revela o contrário. Segundo Sue Akers, vice-comissária assistente do inquérito, existe uma “cultura de pagamentos” no tabloide sensacionalista.
Um jornalista teria recebido 150 mil libras para pagar suas “fontes”, entre elas policiais, militares, um funcionário do ministério da Defesa. Jornalistas do diário foram presos.
Apesar do caos em que sua News Corp. está mergulhada, o australiano naturalizado americano Rupert Murdoch tenta manter o sangue frio e o otimismo. E, claro, não poupa elogios ao filho.
Disse Murdoch pai: “Estamos todos agradecidos pela liderança de James no News International e pela Europa e Ásia, onde ele fez contribuições duradouras para a estratégia do grupo sobre conteúdo pago, e por seus esforços para melhorar e aumentar programas de governança”.
Não foi nada surpreendente a demissão na quinta-feira 29 de James Murdoch, presidente executivo da News International, filial da News Corporation. O objetivo de James, filho de 39 anos do magnata Rupert Murdoch, é límpido: fugir do inquérito Leveson, a investigar a cultura, práticas e ética da imprensa britânica.
Os jornais até agora sob o comando de James, o herdeiro do império Murdoch, são no mínimo pouco éticos.
Dona do tabloide The Sun, do diário The Times, do The Times on Sunday e do recém-lançado The Sun on Sunday (26 de fevereiro), a News International já esteve envolvida num escândalo de escutas telefônicas ilegais. Editores, jornalistas e um detetive do News of the World (NOTW) foram presos. O tabloide de 168 anos, que pertencia à News International, foi fechado em julho.
Dezenas de vítimas das escutas ilegais realizadas pelo NOTW têm processado a News Corp. Na segunda, um acordo de 600 mil libras foi assinado com a cantora Charlotte Church.
A imagem do filho do magnata, é compreensível, não é das melhores no Reino Unido. Ano passado ele foi interrogado duas vezes por um comitê parlamentar por conta das escutas ilícitas. Para se ter uma ideia do baixo nível das “reportagens” do NOTW, seus repórteres interceptaram mensagens do celular de Milly Dowler, uma estudante britânica encontrada morta.
Portanto, parece oportuno a mudança de James Murdoch de Londres para Nova York. Lá exercerá a função de vice-diretor da News Corp., cargo para o qual foi nomeado faz menos de um ano. “Espero expandir meu compromisso como os negócios da televisão internacional da News Corporation e outras iniciativas chave da empresa”, disse James.
O octogenário Rupert Murdoch insiste que as práticas de seus tabloides melhoraram, mas o atual inquérito Levenson sobre o Sun revela o contrário. Segundo Sue Akers, vice-comissária assistente do inquérito, existe uma “cultura de pagamentos” no tabloide sensacionalista.
Um jornalista teria recebido 150 mil libras para pagar suas “fontes”, entre elas policiais, militares, um funcionário do ministério da Defesa. Jornalistas do diário foram presos.
Apesar do caos em que sua News Corp. está mergulhada, o australiano naturalizado americano Rupert Murdoch tenta manter o sangue frio e o otimismo. E, claro, não poupa elogios ao filho.
Disse Murdoch pai: “Estamos todos agradecidos pela liderança de James no News International e pela Europa e Ásia, onde ele fez contribuições duradouras para a estratégia do grupo sobre conteúdo pago, e por seus esforços para melhorar e aumentar programas de governança”.
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