Por Igor Carvalho, no sítio SpressoSP:
No orçamento da prefeitura de São Paulo para 2012 está previsto um aumento de 30% na arrecadação com multas, em relação a 2011, quando já se arrecadou R$ 638 milhões. Ou seja, a previsão é de R$ 832 milhões. No ano de 2006, primeiro da gestão de Gilberto Kassab (PSD), São Paulo aplicou R$ 391 milhões em multa, em relação a 2012 isso representa um aumento de 113%.
Entre janeiro e dezembro de 2011, foram aplicadas, em São Paulo, 9.513.648 multas, de acordo com a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET). A arrecadação na capital, com multas, já supera o orçamento de muitas cidades do interior. Presidente Prudente tem a previsão de arrecadar R$ 392 milhões. Mauá prevê a entrada de R$ 686 milhões nos cofres da cidade, em 2012.
O caráter educativo das multas pode ser contestado a partir do levantamento de pessoas que perderam a vida em decorrência de acidentes de trânsito, feito pela CET, na capital. Em 2010 (os dados de 2011 ainda não foram compilados) foram 1.357 óbitos, enquanto que em 2006 o número chegou a 1.487. Para Flamínio Fichmann, consultor de engenharia e tráfego, o olhar pode estar apontando para o lado errado.
“O que eu questiono é o tipo de multa que é aplicada, elas deveriam respeitar o quesito “segurança”: Ultrapassar sinal vermelho, dirigir alcoolizado e excesso de velocidade”, afirmou, para contestar em seguida o que se tornou a prioridade. “O problema é que o arsenal da prefeitura está focado em multas administrativas, como preenchimento de zona azul ou rodízio.”
Fichmann acredita que os critérios de limitação de velocidade são questionáveis. “Uma rodovia como a Padre Manuel da Nórega, ter um limite de60 km/h, não é razoável. Quando eu trabalhava na CET e um projetista me dizia “tal via terá limite de 20 Km/h”, eu o colocava em um carro e o fazia andar a 20 km/h em uma via”. O consultor encerra explicando o que, para ele, é o problema central da fiscalização em São Paulo. “O agente da fiscalização está muito com a caneta na mão e pouco com o apito na boca.”
No último dia 19, começaram a ser usados os novos radares-pistola da CET, para vigilância de motos que circulem acima da velocidade permitida. Na primeira semana, foram dois mil motociclistas flagrados, porém ficou determinado que o período fosse experimental e as multas só passaram a valer após o dia 25. A partir do dia 26, 1.701 motociclistas foram flagrados excedendo o limite de velocidade permitido nas vias onde a fiscalização está sendo realizada. Em média, os equipamentos registraram 340 flagrantes por dia, segundo dados da CET.
No orçamento da prefeitura de São Paulo para 2012 está previsto um aumento de 30% na arrecadação com multas, em relação a 2011, quando já se arrecadou R$ 638 milhões. Ou seja, a previsão é de R$ 832 milhões. No ano de 2006, primeiro da gestão de Gilberto Kassab (PSD), São Paulo aplicou R$ 391 milhões em multa, em relação a 2012 isso representa um aumento de 113%.
Entre janeiro e dezembro de 2011, foram aplicadas, em São Paulo, 9.513.648 multas, de acordo com a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET). A arrecadação na capital, com multas, já supera o orçamento de muitas cidades do interior. Presidente Prudente tem a previsão de arrecadar R$ 392 milhões. Mauá prevê a entrada de R$ 686 milhões nos cofres da cidade, em 2012.
O caráter educativo das multas pode ser contestado a partir do levantamento de pessoas que perderam a vida em decorrência de acidentes de trânsito, feito pela CET, na capital. Em 2010 (os dados de 2011 ainda não foram compilados) foram 1.357 óbitos, enquanto que em 2006 o número chegou a 1.487. Para Flamínio Fichmann, consultor de engenharia e tráfego, o olhar pode estar apontando para o lado errado.
“O que eu questiono é o tipo de multa que é aplicada, elas deveriam respeitar o quesito “segurança”: Ultrapassar sinal vermelho, dirigir alcoolizado e excesso de velocidade”, afirmou, para contestar em seguida o que se tornou a prioridade. “O problema é que o arsenal da prefeitura está focado em multas administrativas, como preenchimento de zona azul ou rodízio.”
Fichmann acredita que os critérios de limitação de velocidade são questionáveis. “Uma rodovia como a Padre Manuel da Nórega, ter um limite de60 km/h, não é razoável. Quando eu trabalhava na CET e um projetista me dizia “tal via terá limite de 20 Km/h”, eu o colocava em um carro e o fazia andar a 20 km/h em uma via”. O consultor encerra explicando o que, para ele, é o problema central da fiscalização em São Paulo. “O agente da fiscalização está muito com a caneta na mão e pouco com o apito na boca.”
No último dia 19, começaram a ser usados os novos radares-pistola da CET, para vigilância de motos que circulem acima da velocidade permitida. Na primeira semana, foram dois mil motociclistas flagrados, porém ficou determinado que o período fosse experimental e as multas só passaram a valer após o dia 25. A partir do dia 26, 1.701 motociclistas foram flagrados excedendo o limite de velocidade permitido nas vias onde a fiscalização está sendo realizada. Em média, os equipamentos registraram 340 flagrantes por dia, segundo dados da CET.
Paz e bem!
ResponderExcluir1 Se tem uma coisa que não defendo
é infrator de trânsito !!
1.1 Há os assassinos, ou quase,
que dirigem bêbados,
que dirigem em alta velocidade
que desrespeitam faixas de segurança
etcetera.
1.2 Há os "donos da rua"
que estacinam no passeio público,
estacionam bloqueando acesso de cadeirantes
etcetera.
2 Mau maior desejo é:
2.1 Que em todoas as sinaleiras
hovesse um caetano.
2.2 Que houvesse
muito mais pardais
(e sem aviso).
3 Se meu desejo fosse atendido
mesmo que um Bill Gates da vida
pudesse pagar todas as multas
ou comprar pessoas para assumirem
a responsabilidade pelas mesmas;
ainda assim não conseguira correr tanto,
pois o motorista da frente
não poderia pagar as multas como ele.
E se multassem e ninguém pagasse ???
ResponderExcluirReclamo do que (não) é feito com o dinheiro do pagamento das multas, do que não é fiscalizado, mas as multas não são abusivas. Ao contrário disso, acho que a fiscalização existente é pouca. Assim como as ações de educação para adultos, que é raríssima.
ResponderExcluirSe você quiser, podemos caminhar por 2 ou 3 quarteirões e vamos presenciar pelo menos meia dúzia de infrações, algumas colocando a segurança das pessoas em risco, sem que haja fiscalização.
Seja quem for o prefeito, é preciso ter, sempre, educação E fiscalização. As duas são importantes, cada uma tem seu papel e uma não substitui a outra.