Editorial do sítio Vermelho:
A Argentina foi pioneira, em 1922, na criação de uma empresa estatal do petróleo. Foi naquele ano que nasceu a Yacimientos Petrolíferos Fiscales; depois vieram, informa o ex-diretor geral da ANP, Haroldo Lima, em artigo publicado neste portal, a Pemex, no México (1938), a Petrobrás, no Brasil (1953) e, mais tarde, estatais do petróleo na Inglaterra, Itália, França, Canadá, Japão, Noruega, etc.
É dentro desta tradição de pioneirismo que o governo da presidente Cristina Kirchner dá um novo passo no sentido de romper com o neoliberalismo em seu país e restaurar a soberania nacional num setor profundamente estratégico, como é o petrolífero.
A medida foi uma reação contra a inoperância e inércia da empresa privada Repsol que – embora acumulando altos lucros desde 1999, quando assumiu o controle da YPF – descumpriu suas obrigações contratuais deixando de investir na exploração de petróleo, fragilizando o país e sendo um obstáculo à retomada do crescimento econômico nos níveis pretendidos pelo atual governo.
O professor espanhol Jorge Fonseca (da Universidad Complutense de Madri) calcula que a Repsol teve um lucro acumulado de 27 bilhões de euros (sem contar os ganhos com outras empresas que comprou com recursos da YPF), o que significa um enriquecimento líquido (descontado o investimento inicial) de 15,5 bilhões de euros.
A renacionalização da YPF foi mais um golpe desferido pelo governo argentino contra o neoliberalismo. No ano passado, o governo passou a controlar o câmbio, recuperando a soberania sobre sua moeda; antes, em 2008, havia estatizado os fundos de pensão, que deixaram de ser geridos por empresas privadas e passaram ao controle do governo.
A nova medida, anunciada na segunda-feira por Cristina Kirchner, é um passo a mais no sentido da criação de condições mais favoráveis para a retomada do desenvolvimento, fortalecendo a capacidade de intervenção do Estado nacional como instrumento para fomentar o crescimento econômico.
Os sabichões do neoliberalismo na mídia conservadora brasileira acusaram o golpe e, como não poderia deixar de ser, assumiram claramente a defesa dos interesses do grande capital e da espanhola Repsol, contra a soberania argentina. O paulistano O Estado de S. Paulo deu o tom da reação entreguista em editorial publicado hoje (18), sob o significativo título de “O surto populista de Cristina”, no qual abundam expressões depreciativas contra a decisão soberana e legítima do governo argentino: “regressivo espetáculo de exaltação nacionalista”, “mofado figurino”, “demagógica celebração da reconquista da soberania argentina”, “violência jurídica”, e por aí vai.
São expressões que demonstram, mais uma vez, que a grande mídia patronal brasileira tem lado: o lado do imperialismo, dos que exploram a riqueza nacional, dos que constroem obstáculos ao desenvolvimento.
Usando a linguagem do Estadão, seu argumentos são mofados, são sobreviventes de uma época em que os países da América do Sul (entre eles o Brasil) eram postos de joelhos pelas elites aliadas da dominação externa e do imperialismo. Esse tempo já passou, mas essa elite antinacional não percebeu e continua presa a dogmas superados do passado.
Hoje, o tempo é de desenvolvimento e de soberania nacional – como mostrou Cristina Kirchner em sua ousada decisão da última segunda-feira.
A Argentina foi pioneira, em 1922, na criação de uma empresa estatal do petróleo. Foi naquele ano que nasceu a Yacimientos Petrolíferos Fiscales; depois vieram, informa o ex-diretor geral da ANP, Haroldo Lima, em artigo publicado neste portal, a Pemex, no México (1938), a Petrobrás, no Brasil (1953) e, mais tarde, estatais do petróleo na Inglaterra, Itália, França, Canadá, Japão, Noruega, etc.
É dentro desta tradição de pioneirismo que o governo da presidente Cristina Kirchner dá um novo passo no sentido de romper com o neoliberalismo em seu país e restaurar a soberania nacional num setor profundamente estratégico, como é o petrolífero.
A medida foi uma reação contra a inoperância e inércia da empresa privada Repsol que – embora acumulando altos lucros desde 1999, quando assumiu o controle da YPF – descumpriu suas obrigações contratuais deixando de investir na exploração de petróleo, fragilizando o país e sendo um obstáculo à retomada do crescimento econômico nos níveis pretendidos pelo atual governo.
O professor espanhol Jorge Fonseca (da Universidad Complutense de Madri) calcula que a Repsol teve um lucro acumulado de 27 bilhões de euros (sem contar os ganhos com outras empresas que comprou com recursos da YPF), o que significa um enriquecimento líquido (descontado o investimento inicial) de 15,5 bilhões de euros.
A renacionalização da YPF foi mais um golpe desferido pelo governo argentino contra o neoliberalismo. No ano passado, o governo passou a controlar o câmbio, recuperando a soberania sobre sua moeda; antes, em 2008, havia estatizado os fundos de pensão, que deixaram de ser geridos por empresas privadas e passaram ao controle do governo.
A nova medida, anunciada na segunda-feira por Cristina Kirchner, é um passo a mais no sentido da criação de condições mais favoráveis para a retomada do desenvolvimento, fortalecendo a capacidade de intervenção do Estado nacional como instrumento para fomentar o crescimento econômico.
Os sabichões do neoliberalismo na mídia conservadora brasileira acusaram o golpe e, como não poderia deixar de ser, assumiram claramente a defesa dos interesses do grande capital e da espanhola Repsol, contra a soberania argentina. O paulistano O Estado de S. Paulo deu o tom da reação entreguista em editorial publicado hoje (18), sob o significativo título de “O surto populista de Cristina”, no qual abundam expressões depreciativas contra a decisão soberana e legítima do governo argentino: “regressivo espetáculo de exaltação nacionalista”, “mofado figurino”, “demagógica celebração da reconquista da soberania argentina”, “violência jurídica”, e por aí vai.
São expressões que demonstram, mais uma vez, que a grande mídia patronal brasileira tem lado: o lado do imperialismo, dos que exploram a riqueza nacional, dos que constroem obstáculos ao desenvolvimento.
Usando a linguagem do Estadão, seu argumentos são mofados, são sobreviventes de uma época em que os países da América do Sul (entre eles o Brasil) eram postos de joelhos pelas elites aliadas da dominação externa e do imperialismo. Esse tempo já passou, mas essa elite antinacional não percebeu e continua presa a dogmas superados do passado.
Hoje, o tempo é de desenvolvimento e de soberania nacional – como mostrou Cristina Kirchner em sua ousada decisão da última segunda-feira.
Esse professor espanhol deveria fazer uma análise do comportamento da Telefonica aqui no Brasil. Quem sabe a Dilma não se animaria a tomar uma atitude tão corajosa como a de sua colega Cristina.
ResponderExcluirÉ preciso que esse exemplo dado pela Argentina, seja aplicado no Brasil. Segundo li, o Banco Santander vai ser vendido e há dois interessados...o Bradesco e Banco do Brasil, espero que seja o estatal,o vencedor, pois é mais seguro. Este será um bom começo. Outras empresas que deveriam ser novamente estatizadas, são as concessionárias de telefonia fixa, e o setor elétrico, desde a geração à distribuição, com a devolução de empregos, para acabar com essa enganação de tercerização de serviços e salários baixos para profissionais qualificados. Em seguida o governo poderia pensar na vale que não cumpriu também seu papel, deixando de industrializar, só para explorar nossas jazidas e também pelas dívidas acumuladas de tributos, para com a união. Este deve ser o caminho.
ResponderExcluirDilma nao tem a coragem de Cristina ! Os argentinos têm uma coisa a mais q faltam a nós , brasileiros !
ResponderExcluir" nao chores por nós Argentina "