Por Altamiro Borges
Iniciada na quinta-feira passada (17), a greve dos professores
das instituições federais de ensino confirma o descontentamento da categoria.
Até ontem (21), segundo balanço do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino
Superior (Andes), 38 das 59 universidades tinham aderido à paralisação. Novas assembleias
serão realizadas nesta semana, reforçando a mobilização nacional.
A principal reivindicação dos grevistas é a reestruturação do
plano de carreira. O atual castra o desenvolvimento profissional dos docentes. “Precisamos
mudar isso. Temos reunião marcada com os ministérios do Planejamento e da
Educação para o dia 28. Esse período será de mobilização. Pelo menos até esta
data estaremos em greve”, explica Aluísio Finazzi, dirigente do Andes.
A desvalorização profissional dos docentes
Segundo Ebnezer Nogueira, presidente da Associação dos
Docentes da Universidade de Brasília, desde 1987 os professores lutam por
mudanças no plano de carreira. “Somos a única categoria que não teve a
reestruturação do plano de carreira. Este momento é muito importante para
fortalecer o nosso movimento, precisamos estar firmes contra a desvalorização
profissional”.
Diante da greve, o Ministério da Educação (MEC) divulgou
nota informando que o plano de carreira de professores e funcionários deve ser
aplicado somente em 2013. Também garantiu que prosseguem as negociações
salariais com o setor. Em agosto passado, o governo concedeu um reajuste de 4%
à categoria. O Andes critica a intransigência do governo.
Essa greve dava para o governo ter evitado, mas não sei qual foi o problema que não fez quase nada para minimizar as divergências com o PROIFES e o ANDES. O ANDES, atualmente é dominado por setores ligados ao PSOL. Logo, são sempre desfavoráveis às ações desenvolvidas pelo Governo Federal. Tem-se o PROIFES que é uma federação mais afeita às ações do Governo, tem estado mais ao lado do governo em suas ações. Mas o governo fedral vem conseguindo desagradar gregos e troianos. Dai essa greve. Governo com pouco jogo de sintura dá nisso. Muito tecnocrátismo e pouco fazer política. Tomora que caia a ficha logo. Pois greve sabe-se quando começa mas não sabe-se quando termína. E no frigir dos ovos, todos saem prejudicados.
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