Por Altamiro Borges
Péssima qualidade dos serviços
Nos próximos dias, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidirá
sobre o grave erro na cobrança das contas de luz efetuado pelas 63 companhias
de energia do país. Se vingar o interesse público e não o das poderosas empresas,
elas serão obrigadas a devolver aos clientes os valores cobrados indevidamente
durante sete anos. Segundo cálculos do próprio TCU, o furto totaliza R$ 7
bilhões!
Esse caso escandaloso já poderia ter sido resolvido em 2010,
quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconheceu o erro no
cálculo das tarifas. Num contrassenso, porém, ela mesma negou aos consumidores
o direito ao ressarcimento do valor roubado. Desde então, órgãos de defesa do consumidor, associações de profissionais liberais e entidades patronais questionam a atitude da
Aneel.
Cresce a pressão da sociedade
Na semana passada, um tuitaço exigiu coerência do TCU e os
protestos ganharam força. Talvez por isso, o tribunal decidiu reabrir a questão.
Um parecer técnico do próprio órgão confirma que houve “ilegalidade” na
cobrança, “que gerou prejuízos ao usuário de pelo menos R$ 1 bilhão por ano”.
Na Câmara Federal, deputados de vários partidos reivindicam a devolução do
dinheiro.
As poderosas empresas, porém, resistem e já anunciaram que
recorrerão da decisão do TCU caso seja desfavorável. Elas alegam que a restituição
ou compensação colocará em risco os seus negócios. Pura balela. Estas
corporações continuam obtendo lucros recordes no setor. Com a complacência da
Aneel, elas praticam os piores abusos contra os consumidores.
Recente estudo confirma que a AES Eletropaulo, concessionária
que atende 6,5 milhões de consumidores em São Paulo, ficou na 23ª posição na
qualidade do serviço prestado, de acordo com ranking das grandes distribuidoras da Aneel
– que inclui 33 empresas. Neste setor estratégico, que foi privatizado no
reinado de FHC, impera apenas a lógica do lucro - inclusive na base do roubo. Os consumidores que se danem!
Quero a minha lâmpada de volta.
ResponderExcluirHummm, sete anos. Que Governo autorizou isso? Aquele que no ano passado os planos de saúde pediam 6,5% de aumento nas mensalidades e o governo liberou 7,5%. Como não amar um governo tão popular como esse, né ?
ResponderExcluirEmpresas que lucram horrores nos roubando e não investem NADA, aqui em SP tudo está sucateado, sempre falta energia, é a privataria amigos!
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