Por Altamiro Borges
A bancada ruralista, que se jactava da sua força no Congresso Nacional, foi a grande derrotada nesta terça-feira (22) na votação da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001 contra o trabalho escravo. Foram 360 votos a favor da PEC, 29 contrários e 25 abstenções. A proposta prevê o confisco das propriedades que exploram o trabalho escravo, destinando-se as terras à reforma agrária e ao uso social urbano. Ao final da votação, emocionados, os deputados cantaram o Hino Nacional no plenário da Câmara Federal.
Desde 1995, quando teve início a fiscalização das propriedades denunciadas pelo uso de trabalho análogo à escravidão, mais de 42 mil pessoas foram "resgatados" pelas equipes do Ministério do Trabalho. A maior incidência deste crime abjeto se deu no campo. Mas também foram denunciados vários casos em cidades, inclusive entre empresas de grife de utilizam firmas terceirizadas - como a famosa multinacional Zara.
A bancada ruralista, liderada pela senadora Kátia Abreu e pelo deputado Ronaldo Caiado, fez de tudo para evitar a aprovação da PEC. Ela conseguiu adiar a votação, mas não conseguiu impedir a fragorosa derrota. Agora a PEC será novamente debatida e votada no Senado.
E é por causa de pessoas desse nível, que o Brasil não evolui. Trabalho escravo em pleno século XX, absurdo.
ResponderExcluirNão, Miro, não só os ruralistas foram derrotados, também a industria textil que contrata bolivianos como trabalhadores escravos, estes também foram derrotados.
ResponderExcluirEssa PEC vai mudar o Brasil para sempre. Brava dona Jandira Fegali, bravissima mulher que por longos 10 anos não arredou o pé dessa luta. O Rio de Janeiro está cada dia mais lindo com essas mulheres duronas e outros estados também.