Por Altamiro Borges
O criador do Wikileaks, Julian Assange, fugiu de sua prisão
domiciliar na Inglaterra e se alojou na embaixada do Equador em Londres, segundo informou
nesta terça-feira (19) o chanceler equatoriano Ricardo Patiño. Conforme o seu relato,
o jornalista, que teve a sua ordem de extradição para a Suécia confirmada em
última instância pela Justiça britânica, já solicitou asilo político ao governo de
Rafael Correa.
Assange é vítima de brutal perseguição política,
principalmente por parte do governo imperial dos EUA. Numa campanha orquestrada, ele é acusado por crimes sexuais,
mas o objetivo das investidas é o de silenciar o Wikileaks. O sítio
tornou-se famoso ao romper com o segredo de negociações diplomáticas,
publicando mais de 1,2 milhão de documentos sigilosos – em especial, da “diplomacia”
ianque.
Prisão em Guantánamo?
Em recente entrevista à jornalista Natalia Viana, da agência
Pública, o porta-voz do Wikileaks demonstrou preocupação diante da decisão da
corte suprema do Reino Unido favorável à extradição de Assange para a Suécia. Kristinn
Hrafnsson, que em outubro do ano passado participou do I Encontro Mundial de
Blogueiros em Foz do Iguaçu (PR), afirmou que a decisão poderia ter graves efeitos.
“Temos fortes indícios de que os Estados Unidos podem pedir sua
extradição da Suécia. Não há nenhum pedido formal ainda, mas sabemos, com base
nos emails vazados da empresa de inteligência Stratfor, que existe uma acusação
secreta contra Julian. Essa acusação teria sido expedida por um júri secreto
que se reuniu durante meses em Alexandria, na Virgínia”, alertou Kristinn.
O temor é que Assange seja extraditado para a Suécia e, na
sequência, enviado aos EUA – possivelmente para o macabro presídio de Guantánamo. Diante
deste risco, o fundador do Wikileaks, que recentemente entrevistou o presidente
Rafael Correa, solicitou o asilo no Equador. Na ocasião, Correa até brincou: “Seja
bem-vindo ao clube dos perseguidos” pelo império.
Que ele tenha boa sorte!!
ResponderExcluir"se falar a verdade machuca... imagine divulgá-la."
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