Fonte: www.aoka.com.br |
No dia 28 de maio de 2012 o nosso amigo Binho, brilhante batalhador pela cultura e pelas causas sociais pode ter realizado seu último Sarau. Ao menos foi isso que nos foi dito no bar, que encerra suas atividades por conta de uma multa de R$ 8.000,00 imposta pelo PSIU, lei da Prefeitura de São Paulo para limitar o horário de atividades dos bares da capital.
Os moradores do entorno do estabelecimento têm, sim o direito de dormir para acordar cedo e ir ao trabalho, não discutimos isto. Mas o povo deve ter o direito de ter um espaço para se manifestar e apresentar suas criações artísticas, discutir questões de suma importância para toda a sociedade como foi feito várias vezes no Sarau, e que não precise do crivo das instituições governamentais, que seja espontâneo, feito onde o desejo coletivo criar.
Devemos respeitar os direitos de outrem, mas não podemos alijar todo um grupo de trabalhadores que fazem do espaço seu ponto de encontro para comungar a arte, em forma de cinema, teatro, poesia, dança, pintura e tantas outras que por lá passaram.No espaço, muitas pessoas até então invisíveis no meio da multidão dessa megalópole, se descobriram, seja para suas realizações artísticas, seja para o exercício de sua cidadania, portanto entendemos que não pode assim, simplesmente acabar um projeto tão importante para o desenvolvimento da nossa cultura.
O Sarau do Binho já não nos pertence mais, é de toda a nação, uma vez que muitos projetos culturais tomaram-no como inspiração, em lugares remotos da cidade; do Estado, haja visto a participação no Circuito SESC, onde percorreu várias cidades do interior de São Paulo e foi visto por milhares de pessoas; e do país, onde compatriotas de diversos estados enviam mensagens de agradecimento ao ter passado por nossa cidade e podido participar deste encontro tradicional de segunda feira.
É preciso muito mais que talento para continuar fazendo arte em um país onde apenas o produto cultural interessa aos patrocinadores da cultura, onde a grande mídia vira as costas para as tradições que não se enquadrem nos seus modelos, vide o Carnaval que surgiu de uma necessidade tão legítima e se tornou um grande negócio para as grandes marcas, os grandes meio de comunicação e para os dirigentes das escolas, que vendem a paixão de tantas comunidades. Mas, valentes que sempre fomos, não só no discurso como na prática, afinal quantas ações já partiram desse coletivo visando buscar o direito à cidadania, como no apoio à diversas organizações que lutam pelo seu direito, à moradia, à educação, à alimentação e à cultura, não podemos nos render e vamos assoprar esta brasa até que a chama volte a aquecer nossos anseios de um país mais justos e sem classes.
Não podemos deixar morrer o Sarau do Binho. É hora de mostrar a força dos coletivos culturais e sociais de São Paulo e do Brasil. Contamos com o apoio de todos.
O Sarau do Binho já não nos pertence mais, é de toda a nação, uma vez que muitos projetos culturais tomaram-no como inspiração, em lugares remotos da cidade; do Estado, haja visto a participação no Circuito SESC, onde percorreu várias cidades do interior de São Paulo e foi visto por milhares de pessoas; e do país, onde compatriotas de diversos estados enviam mensagens de agradecimento ao ter passado por nossa cidade e podido participar deste encontro tradicional de segunda feira.
É preciso muito mais que talento para continuar fazendo arte em um país onde apenas o produto cultural interessa aos patrocinadores da cultura, onde a grande mídia vira as costas para as tradições que não se enquadrem nos seus modelos, vide o Carnaval que surgiu de uma necessidade tão legítima e se tornou um grande negócio para as grandes marcas, os grandes meio de comunicação e para os dirigentes das escolas, que vendem a paixão de tantas comunidades. Mas, valentes que sempre fomos, não só no discurso como na prática, afinal quantas ações já partiram desse coletivo visando buscar o direito à cidadania, como no apoio à diversas organizações que lutam pelo seu direito, à moradia, à educação, à alimentação e à cultura, não podemos nos render e vamos assoprar esta brasa até que a chama volte a aquecer nossos anseios de um país mais justos e sem classes.
Não podemos deixar morrer o Sarau do Binho. É hora de mostrar a força dos coletivos culturais e sociais de São Paulo e do Brasil. Contamos com o apoio de todos.
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