Por Altamiro Borges
Roger Pinto é um “delinquente comum”, garante o presidente Evo Morales, que anunciou que enviará a Brasília farta documentação do judiciário que comprova sua acusação. O senador responde a 21 processos, inclusive por assassinato e corrupção. Em 2008, o direitista comandou o massacre de camponeses no Estado de Pando. Até denúncias por danos ambientais pesam contra o rico latifundiário.
Na semana passada, o governo Dilma decidiu conceder asilo político
ao senador boliviano Roger Pinto Molina. A mídia colonizada, que fez tanto escarcéu
contra o abrigo concedido ao italiano Cesare Battisti, agora faz o papel de
advogado de defesa do direitista do país vizinho. Apresenta-o como “vitima de
feroz perseguição política” e nada fala sobre a sua biografia sinistra.
Roger Pinto é um “delinquente comum”, garante o presidente Evo Morales, que anunciou que enviará a Brasília farta documentação do judiciário que comprova sua acusação. O senador responde a 21 processos, inclusive por assassinato e corrupção. Em 2008, o direitista comandou o massacre de camponeses no Estado de Pando. Até denúncias por danos ambientais pesam contra o rico latifundiário.
Acusado por crimes comuns
A Bolívia criticou a decisão do governo brasileiro. O vice-presidente
Álvaro García Linera, que ocupa interinamente a presidência, foi enfático. “Considero
desatinada a decisão do Brasil de dar asilo a uma pessoa que, aqui na Bolívia,
não é acusada por suas ideias, e sim por crimes comuns”. Para ele, o senador
Roger Pinto é um “assassino” e “corrupto” e foi processado por graves “prejuízos
econômicos ao Estado”.
Roger Pinto está alojado na embaixada do Brasil em La Paz,
capital boliviana, desde 28 de maio. Diante do fato consumado, o Itamaraty decidiu
conceder asilo “à luz das normas e da prática do direito internacional
latino-americano”, segundo nota oficial. O senador ainda depende de “salvo-conduto”
para deixar a Bolívia. Se depender da mídia colonizada, o “delinquente” será
recebido como herói no Brasil.
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