terça-feira, 5 de junho de 2012

A patética realeza britânica

Por Altamiro Borges

Em plena crise econômica, que desemprega, arrocha e retira direitos de milhões de trabalhadores, a realeza britânica festeja nesta semana os 60 anos de trono da rainha Elizabeth 2ª. A mídia colonizada dá destaque ao glamour das comemorações – deixando de mostrar as filas dos desempregados e os pedintes nas ruas de Londres. No ano passado, quando da explosão de revolta na Inglaterra, a mídia chamou os manifestantes de “vândalos e bárbaros”. Agora, ela bajula a nobreza! Questão de classe!


Elizabeth 2ª, a rainha, nunca foi eleita para nada, mas expressa bem o poder das classes dominantes no país e no mundo. É chefe de Estado do Reino Unido – que inclui Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – e também Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Ela ainda é "comandante-em-chefe" das Forças Armadas, as mesmas que ocupam vários países e assassinam milhares de pessoas.

A falsa democracia britânica

Os britânicos, vítimas desta opressão, continuam apoiando seus opressores. Segundo pesquisas, 80% dos ingleses aprovam o suntuoso reinado de Elizabeth. Talvez a crise econômica, que se agrava agudamente na Europa, ajude a superar este atraso – que representa altos custos para os cofres públicos e não rende absolutamente nada para os súditos da Rainha.

Neste sentido, a jornalista Cris Rodrigues, do blog “Somos Andando”, tem razão. “Ninguém me convence a chamar o Reino Unido de democracia enquanto formalmente a sua chefe for uma pessoa não eleita pelo voto popular (isso sem falar nas limitações de um sistema político baseado no bipartidarismo e na eleição indireta do primeiro-ministro)”. 

3 comentários:

  1. Concordo que já é anacrônico essa coisa de rei e rainha, príncipes e etc. No caso da Inglaterra, acho que é o único País que esse tipo de tradição é fonte de renda pela visitação turística. Como o Vaticano, Taj qualquer coisa lá na Índia, nosso carnaval e por aí vai.

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  2. José Augusto Azeredo5 de junho de 2012 às 18:31

    Prezado Miro, dizia um camarada nosso lá do ES ,já falecido, Clementino Dalmácio algo que se aplica inteiramente ao que você destaca com razão: "são coisas do regime capitalista..."

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  3. Os britânicos aprovam talvez por uma questão histórica e cultural. Mas é no mínimo contraditório os gastos com a realeza britânica enquanto a população sofre...

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