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José Serra chegou a São Paulo pelo alto. Não explicou se foi de avião ou de helicóptero.
“Sempre que eu chego em São Paulo e vejo a cidade do alto, sinceramente, eu me emociono”, disse o tucano.
Mais tarde, não ficou claro se ele venceu ou perdeu duas eleições presidenciais — um telespectador desavisado poderia acreditar que ele é presidente de alguns estados: “Fui candidato a presidente da República duas vezes, perdi em alguns estados, ganhei em outros”.
Pontos altos do programa: a lista do que Serra já teria feito por São Paulo e o jingle que, por associação, rejuvenesce o candidato.
Se o jingle pegar entre as crianças, acaba pegando entre os pais.
O candidato do PT, Fernando Haddad, encarnou um verdadeiro andarilho.
Andou pela cidade toda.
Foi tanto movimento, do candidato e da câmera, que se continuar assim o “novo” será símbolo, apenas, de capacidade aeróbica.
O mote da campanha, de que as coisas dentro de casa foram resolvidas mas falta resolvê-las da porta para fora, está em sintonia com a ideia que muitos paulistanos têm de São Paulo: a casa como refúgio do caos urbano.
Ficou, do programa, a certeza de que Lula apoia Haddad, assim como apoiou Dilma quando ela era uma desconhecida.
Fernando Henrique Cardoso, incensado no site do PSDB pela liderança em uma enquete sobre o presidente que mais fez pelo Brasil, não apareceu no programa do candidato do partido a prefeito de São Paulo.
Do ponto-de-vista das imagens, o programa de Celso Russomano nos pareceu eficaz: beijos e abraços transmitiram imagem de proximidade entre candidato e eleitores.
Diante de adversários que estrearam com superproduções (Serra e Haddad), Russomano pode vir a tirar proveito da ideia do “time pequeno” num confronto desigual com gigantes.
Porém, estranhamente, um bom pedaço do tempo do programa foi ocupado pelo vice Luiz Flávio D’Urso, a contar uma parábola.
foi notório o Russomaninho quase não falar...só imagem...não aproveitando o seu escasso tempo de tv; ele deixou o D'Urso enrolar parábolas pra boi dormir...sabe porque? ...quanto menos ele abrir a boca e se expor poderá conservará os 30% de votos que as pesquisas lhe dão...e ficando mais calado só tende a subir num universo de eleitores alienados...foi assim com o outra cria midiático da direita : o Collor, lembram?!
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