Por Altamiro Borges
Hoje, na Folha, ele voltou a avisar “aos tucanos que dirá à
comissão que seus atos à frente da empresa eram de conhecimento do
ex-governador e hoje candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB).
Paulo Preto, como é conhecido, foi convocado pela CPI para esclarecer suspeitas
de superfaturamento na obra de ampliação da marginal Tietê. A ampliação era
responsabilidade de consórcio liderado pela construtora Delta - empresa da qual
o empresário [sic] Carlinhos Cachoeira é sócio oculto, de acordo com a Polícia
Federal”.
Em seu sítio, o controvertido jornalista Cláudio Humberto
divulgou nesta semana uma notinha que explica o desespero do PSDB com o
depoimento do famoso Paulo Preto na CPI do Cachoeira, já agendado para 29 de
agosto. Segundo revela, o ex-diretor da Dersa e um dos principais “arrecadadores”
da campanha tucana em 2010, comentou: “Minha ética é a ética do Serra...
Afinal de contas, nós somos como irmãos siameses”. A mensagem foi encarada por
muitos com uma ameaça, uma coisa típica dos mafiosos em perigo.
Dividir as responsabilidades com Serra
Ainda segundo o jornal tucano, “o engenheiro antecipou a
interlocutores a disposição de afirmar que Serra era sua ‘bússola’ no Dersa e
que, para comprovar, dispõe de documentos assinados por ele. Paulo Preto
estaria também disposto a admitir que se valeu do trânsito entre empresários
para ajudar a arrecadar, de forma legal, recursos para a campanha de Serra à
Presidência, em 2010. Além de se defender das acusações de que é alvo, o
engenheiro decidiu dividir a responsabilidade de suas ações com o tucano”.
O depoimento de Paulo Preto – um “líder ferido” que foi
largado na estrada, segundo ele mesmo lamentou em 2010 – é visto como um
grave risco pelos tucanos paulistas. O curioso é que a sua convocação teve o
apoio do líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, “sob a orientação do
senador Aécio Neves, desafeto de José Serra”, segundo intriga da mesma Folha. Paulo
Preto falará à CPI um dia depois de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit,
outra testemunha que pode complicar a vida do tucano em São Paulo.
Paulo Vieira de Souza é de Taubaté, ficou milionário nos governos tucanos de São Paulo, e esnobava tal condição perante amigos em sua cidade. O que o machucou foi a revelação de que sua mãe virou dona de empresa de aluguel de máquinas para a Dersa aos 79 anos de idade. A família é honesta e bem-quista em Taubaté e não merece este envolvimento por causa do Paulo.
ResponderExcluirSua bronca é contra Serra e outros que se locupletaram às custas de suas ações. Não é inocente, mas vai abrir o jogo até pela cobrança que lhe faz sua própria família.