Editorial do sítio Vermelho:
O Brasil respondeu à altura ao representante de Comércio Exterior do governo dos EUA, Ron Kirk, que enviou ao Itamarati uma carta impertinente e mal educada criticando as medidas tomadas pelo governo para proteger a economia nacional.
Na carta, os norte-americanos pedem ao Brasil que volte atrás nessa decisão, considerada por eles como "protecionista". Ron Kirk argumentou que as medidas "vão contra os esforços mútuos" de liberalizar o comércio no âmbito mundial, "erodem" as negociações comerciais multilaterais e prejudicariam "significativamente" as exportações dos EUA em áreas "cruciais" da sua pauta de exportações. "Os aumentos de tarifa significativamente restringem o comércio a partir dos níveis atuais e claramente representam medidas protecionistas", escreveu.
Além da crítica às medidas tomadas por um governo cioso da soberania nacional, a carta trouxe algumas ameaças muito claras, falando em “responder na mesma moeda”, e manifestando, “em termos fortes e claros”, a preocupação dos Estados Unidos em relação às medidas tomadas pelo Brasil (e também pelo Mercosul!).
A resposta brasileira foi uma clara e direta reafirmação da soberania brasileira e de repúdio contra a arrogância. Segundo o Itamaraty, a carta é "injustificável" e "inaceitável". "Não gostamos nem do conteúdo nem da forma. Consideramos injustificadas as críticas, não têm fundamento", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Trata-se, enfatizou, de uma forma de comunicação que “não é aceitável, não ajuda e não reflete” o “bom relacionamento" entre os dois países.
No passado, os governos brasileiros foram, quase sempre, submissos às pressões vindas de Washington, principalmente durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso.
Isso mudou, como a resposta do Itamaraty confirma e o Brasil não aceita mais a bisbilhotice estrangeira nos negócios nacionais. A tomada de decisões em defesa da economia brasileira não ultrapassou os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC), uma vez que a nova alíquota média para taxar as importações, que passou dos 12% para 25% para produtos industrializados estrangeiros, está muito abaixo do limite de 35% estabelecido por aquela entidade.
O Brasil respondeu à altura ao representante de Comércio Exterior do governo dos EUA, Ron Kirk, que enviou ao Itamarati uma carta impertinente e mal educada criticando as medidas tomadas pelo governo para proteger a economia nacional.
Na carta, os norte-americanos pedem ao Brasil que volte atrás nessa decisão, considerada por eles como "protecionista". Ron Kirk argumentou que as medidas "vão contra os esforços mútuos" de liberalizar o comércio no âmbito mundial, "erodem" as negociações comerciais multilaterais e prejudicariam "significativamente" as exportações dos EUA em áreas "cruciais" da sua pauta de exportações. "Os aumentos de tarifa significativamente restringem o comércio a partir dos níveis atuais e claramente representam medidas protecionistas", escreveu.
Além da crítica às medidas tomadas por um governo cioso da soberania nacional, a carta trouxe algumas ameaças muito claras, falando em “responder na mesma moeda”, e manifestando, “em termos fortes e claros”, a preocupação dos Estados Unidos em relação às medidas tomadas pelo Brasil (e também pelo Mercosul!).
A resposta brasileira foi uma clara e direta reafirmação da soberania brasileira e de repúdio contra a arrogância. Segundo o Itamaraty, a carta é "injustificável" e "inaceitável". "Não gostamos nem do conteúdo nem da forma. Consideramos injustificadas as críticas, não têm fundamento", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Trata-se, enfatizou, de uma forma de comunicação que “não é aceitável, não ajuda e não reflete” o “bom relacionamento" entre os dois países.
No passado, os governos brasileiros foram, quase sempre, submissos às pressões vindas de Washington, principalmente durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso.
Isso mudou, como a resposta do Itamaraty confirma e o Brasil não aceita mais a bisbilhotice estrangeira nos negócios nacionais. A tomada de decisões em defesa da economia brasileira não ultrapassou os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC), uma vez que a nova alíquota média para taxar as importações, que passou dos 12% para 25% para produtos industrializados estrangeiros, está muito abaixo do limite de 35% estabelecido por aquela entidade.
As novas alíquotas representam medidas de defesa contra medidas predatórias dos países ricos e dos EUA que, elas sim, ameaçam o desenvolvimento brasileiro. São medidas necessárias e soberanas, e o julgamento sobre sua conveniência cabe apenas às autoridades brasileiras. A reação dos EUA contra elas, considerada “absurda” pelo ministro da Economia Guido Mantega, revela uma pretensão de mando e submissão superada, que o Brasil não aceita, nem pode aceitar.
Altamiro, como o assunto não foi tratado aqui, em seu blog, vou tecer comentário acerca da greve da PF, que alcança a marca dos sessenta dias sem luz no fim do túnel.
ResponderExcluirNa sexta-feira (21/09), o STJ, em decisão monocrática do ministro Herman Benjamin, decidiu pela legalidade da greve, impondo, no entanto, condições relativas ao percentual mínimo por atividade desenvolvida pela PF. Assim, portos e aeroportos deveráo serão alocados 100% dos policiais que ali trabalham em condições de normalidade, e atividades de polícia judiciária, que lida com inquéritos policiais, traduzido em atividades cartorárias e investigativas, deverão manter 70% do pessoal. Vide arquivo anexo, contendo a decisão em sede de liminar.
A greve vai continuar forte, apesar da decisão do STJ que atendeu quase integralmente o pedido do governo. Mas o problema não é a greve em si, que um dia acaba. O que causa preocupação no governo é o restará da PF no pós-greve, pois, se o ambiente de trabalho já não era dos melhores antes da greve, com ela e pelo desfecho que se avizinha, com o não atendimento dos pleitos dos agentes, escrivães e papiloscopistas, no sentido da reestruturação de cargos e salários, a situação interna será insustentável, pois delegados que em tese comandam o órgão não consseguirão fazer prevalecer o princípio da hierarquia, historicamente constestada pelos policiais, com o qual se valem para administrar o importante órgão, lembrando que sem os "não-delegados" a Polícia Federal nada produz, nada investiga, como está evidenciado nessa greve, que deu causa ao quase zeramento no número de apreensões e prisões das atividades criminosas ligadas ao narcotráfico.
Dilma está sendo mal assessorada nessa questão da greve na PF por seu ministro da Justiça. Está muito claro que os grevistas estão cientes de que em 2013 não terão aumento devido o envio do projeto de lei orçamentária e da recusa do aumento parcelado de 15,8%.
Para o encerramento da greve na PF, bastará que o ministro José Eduardo Cardozo chame os sindicalistas e celebre um termo de compromisso em torno de um projeto de lei em que conste a reestruturação de cargos e salários, que já conta com a chancela favorável do MPOG-Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, após série de oficinas com a participação de técnicos e sindicalistas, lembrando que os grevistas já aceitam o parcelamento dos efeitos financeiros da reestruturação pleiteada.