Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Composta por jornalista de todo o Brasil, a rede ComunicaSul – Comunicação Colaborativa se constituiu a partir da mobilização de vários setores sociais para viabilizar a ida de uma equipe de profissionais de imprensa à Venezuela.
Formada pelos jornalistas Caio Oliveira, Daniel Cassol, Leonardo Wexell Severo, Marcio Schenatto, Renata Mielli, Terezinha Vicente e Vanessa Silva (veja currículos abaixo), a equipe vai buscar notícias direto da fonte, sem intermediação de agências internacionais e grandes conglomerados de comunicação sobre a disputa eleitoral na Venezuela.
A proposta da rede ComunicaSul é coletar informações sobre a Venezuela, mostrando o sentimento do povo, a compreensão de intelectuais, autoridades e entidades populares sobre os rumos políticos, econômicos e sociais do país vizinho.
O outro lado da notícia
Não é só no Brasil que a grande mídia – que domina o noticiário na TV, rádio e nos principais jornais e revistas – tem adotado uma postura conservadora e de defesa de interesses econômicos privados.
Na avaliação da jornalista Renata Mielli, secretária geral do Centro de Estudoss Barão de Itararé, “o avanço de governos de centro-esquerda na América Latina, aliado à eclosão de uma grave crise econômica internacional – que abalou as estruturas do sistema capitalista e pôs abaixo modelos econômicos centrados na redução do papel do Estado – aprofundou o caráter conservador dos meios de comunicação comerciais, que têm sido um importante – senão o mais importante – lastro dos interesses privados”.
São vários os exemplos de cobertura da grande mídia em que ficam explícitos o alinhamento político dos veículos com os setores mais conservadores da sociedade brasileira. Mas, a proliferação de meios alternativos de comunicação – portais, blogs, pequenos jornais e revistas – tem sido um importante contraponto ao que é divulgado pela mídia hegemônica. Isso tem permitido um ambiente de discussão e de mais pluralidade, a partir de fontes diversas de informação.
Mas no que diz respeito à cobertura internacional, mesmo estes veículos alternativos ficam reféns do que é veiculado por agências internacionais de notícias e pela grande mídia. Falta o contraponto realizado a partir de fontes primárias de informação.
Venezuela e Chávez – ditadura ou democracia?
Se levados em consideração apenas a cobertura que a mídia comercial faz dos acontecimentos na Venezuela e sobre o seu presidente, Hugo Chávez, o retrato que teremos do país vizinho é de uma ditadura sem tréguas. “Se fizermos uma análise rápida das notícias sobre Chávez, veremos que o adjetivo preferido da mídia brasileira para o presidente venezuelano é ditador”, ressalta Renata Mielli.
Contudo, um país que elege pelo voto direto seu presidente e seus representantes não se encaixa bem neste adjetivo. Hugo Chávez foi eleito pelo voto, em pleitos acompanhados por observadores internacionais de diversos países, inclusive norte-americanos como o ex-presidente Jimmy Carter, que declarou recentemente que a Venezuela tem o melhor processo eleitoral do mundo.
“Infelizmente, a cobertura da mídia brasileira sobre o que acontece na Venezuela e em outros países latino-americanos tem muito de opinião e pouco de informação. Preocupados com o avanço de governos de centro-esquerda, publicam apenas o que lhes interessa e a partir de seus interesses. Com isso, a sociedade brasileira fica privada do que está acontecendo de novo em políticas educacionais, de saúde, de moradia e da importância do Mercosul e do Unasul para o desenvolvimento do continente”, avalia Renata.
Cobertura colaborativa
Para contribuir efetivamente com a construção de um ambiente mais plural e diverso de informações e opiniões sobre os acontecimentos nacionais e internacionais é preciso criar instrumentos para produção própria de conteúdo, e este é o objetivo do ComunicaSul, que publicará no blog comunicasul.blogspot.com todas as notícias coletas da Venezuela para serem reproduzidas por sites, blogs, jornais e revistas que tenham interesse no tema.
Para Renata Mielli o grande desafio do ComunicaSul é “buscar informação direto da fonte que mostre o que está ocorrendo na Venezuela, ouvir as pessoas do povo e conhecer políticas públicas que podem, porque não, serem exemplo de avanços sociais e democráticos”. Ela salienta que isso só será possível pela visão empreendedora da várias organizações do movimento social brasileiro que se reuniram para viabilizar a ida destes jornalistas para a Venezuela.
Todos os conteúdos disponibilizados pelo comunicasul.blogspot.com serão de livre reprodução, desde que citada a fonte e conferidos os créditos. Desde já, a ComunicaSul conta com a parceria de veículos de comunicação no Brasil para reproduzir o conteúdo que será gerado a partir de Caracas, entre os dias 1 e 10 de outubro.
Saiba mais sobre a equipe ComunicaSul:
- Caio Oliveira – jornalista, atua na TV Comunitária de Florianópolis.
- Daniel Cassol – jornalista, graduado pela UFRGS e mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos. Foi correspondente do Brasil de Fato em Assunção e Paraguai. Atua como jornalista independente.
- Leonardo Wexell Severo – redator-especial do jornal Hora do Povo, assessor de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil) e membro do Coletivo de Comunicação da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul. É autor dos livros Bolívia nas ruas e urnas contra o imperialismo (2008) e Latifúndio Midiota: crimes, crises e trapaças (2012).
- Marcio Schenatto – 35 anos, é repórter do Jornal de Caxias e apresentador do programa de entrevistas Movimento em Pauta, na TV Caxias Canal 14. Fotógrafo e diretor de documentários e curtas de ficção.
- Renata Mielli – 40 anos, é editora da Revista Presença da Mulher e jornalista da Federação Nacional dos Farmacêuticos. É Secretária Geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e coordenadora de comunicação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Organizadora do livro Comunicação Pública no Brasil, uma exigência democrática (2009)
- Terezinha Vicente – jornalista, atua na Ciranda da Informação Independente.
- Vanessa Silva – 26 anos, é editora de América Latina no Portal Vermelho e colaboradora do Diálogos do Sul.
Composta por jornalista de todo o Brasil, a rede ComunicaSul – Comunicação Colaborativa se constituiu a partir da mobilização de vários setores sociais para viabilizar a ida de uma equipe de profissionais de imprensa à Venezuela.
Formada pelos jornalistas Caio Oliveira, Daniel Cassol, Leonardo Wexell Severo, Marcio Schenatto, Renata Mielli, Terezinha Vicente e Vanessa Silva (veja currículos abaixo), a equipe vai buscar notícias direto da fonte, sem intermediação de agências internacionais e grandes conglomerados de comunicação sobre a disputa eleitoral na Venezuela.
A proposta da rede ComunicaSul é coletar informações sobre a Venezuela, mostrando o sentimento do povo, a compreensão de intelectuais, autoridades e entidades populares sobre os rumos políticos, econômicos e sociais do país vizinho.
O outro lado da notícia
Não é só no Brasil que a grande mídia – que domina o noticiário na TV, rádio e nos principais jornais e revistas – tem adotado uma postura conservadora e de defesa de interesses econômicos privados.
Na avaliação da jornalista Renata Mielli, secretária geral do Centro de Estudoss Barão de Itararé, “o avanço de governos de centro-esquerda na América Latina, aliado à eclosão de uma grave crise econômica internacional – que abalou as estruturas do sistema capitalista e pôs abaixo modelos econômicos centrados na redução do papel do Estado – aprofundou o caráter conservador dos meios de comunicação comerciais, que têm sido um importante – senão o mais importante – lastro dos interesses privados”.
São vários os exemplos de cobertura da grande mídia em que ficam explícitos o alinhamento político dos veículos com os setores mais conservadores da sociedade brasileira. Mas, a proliferação de meios alternativos de comunicação – portais, blogs, pequenos jornais e revistas – tem sido um importante contraponto ao que é divulgado pela mídia hegemônica. Isso tem permitido um ambiente de discussão e de mais pluralidade, a partir de fontes diversas de informação.
Mas no que diz respeito à cobertura internacional, mesmo estes veículos alternativos ficam reféns do que é veiculado por agências internacionais de notícias e pela grande mídia. Falta o contraponto realizado a partir de fontes primárias de informação.
Venezuela e Chávez – ditadura ou democracia?
Se levados em consideração apenas a cobertura que a mídia comercial faz dos acontecimentos na Venezuela e sobre o seu presidente, Hugo Chávez, o retrato que teremos do país vizinho é de uma ditadura sem tréguas. “Se fizermos uma análise rápida das notícias sobre Chávez, veremos que o adjetivo preferido da mídia brasileira para o presidente venezuelano é ditador”, ressalta Renata Mielli.
Contudo, um país que elege pelo voto direto seu presidente e seus representantes não se encaixa bem neste adjetivo. Hugo Chávez foi eleito pelo voto, em pleitos acompanhados por observadores internacionais de diversos países, inclusive norte-americanos como o ex-presidente Jimmy Carter, que declarou recentemente que a Venezuela tem o melhor processo eleitoral do mundo.
“Infelizmente, a cobertura da mídia brasileira sobre o que acontece na Venezuela e em outros países latino-americanos tem muito de opinião e pouco de informação. Preocupados com o avanço de governos de centro-esquerda, publicam apenas o que lhes interessa e a partir de seus interesses. Com isso, a sociedade brasileira fica privada do que está acontecendo de novo em políticas educacionais, de saúde, de moradia e da importância do Mercosul e do Unasul para o desenvolvimento do continente”, avalia Renata.
Cobertura colaborativa
Para contribuir efetivamente com a construção de um ambiente mais plural e diverso de informações e opiniões sobre os acontecimentos nacionais e internacionais é preciso criar instrumentos para produção própria de conteúdo, e este é o objetivo do ComunicaSul, que publicará no blog comunicasul.blogspot.com todas as notícias coletas da Venezuela para serem reproduzidas por sites, blogs, jornais e revistas que tenham interesse no tema.
Para Renata Mielli o grande desafio do ComunicaSul é “buscar informação direto da fonte que mostre o que está ocorrendo na Venezuela, ouvir as pessoas do povo e conhecer políticas públicas que podem, porque não, serem exemplo de avanços sociais e democráticos”. Ela salienta que isso só será possível pela visão empreendedora da várias organizações do movimento social brasileiro que se reuniram para viabilizar a ida destes jornalistas para a Venezuela.
Todos os conteúdos disponibilizados pelo comunicasul.blogspot.com serão de livre reprodução, desde que citada a fonte e conferidos os créditos. Desde já, a ComunicaSul conta com a parceria de veículos de comunicação no Brasil para reproduzir o conteúdo que será gerado a partir de Caracas, entre os dias 1 e 10 de outubro.
Saiba mais sobre a equipe ComunicaSul:
- Caio Oliveira – jornalista, atua na TV Comunitária de Florianópolis.
- Daniel Cassol – jornalista, graduado pela UFRGS e mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos. Foi correspondente do Brasil de Fato em Assunção e Paraguai. Atua como jornalista independente.
- Leonardo Wexell Severo – redator-especial do jornal Hora do Povo, assessor de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil) e membro do Coletivo de Comunicação da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul. É autor dos livros Bolívia nas ruas e urnas contra o imperialismo (2008) e Latifúndio Midiota: crimes, crises e trapaças (2012).
- Marcio Schenatto – 35 anos, é repórter do Jornal de Caxias e apresentador do programa de entrevistas Movimento em Pauta, na TV Caxias Canal 14. Fotógrafo e diretor de documentários e curtas de ficção.
- Renata Mielli – 40 anos, é editora da Revista Presença da Mulher e jornalista da Federação Nacional dos Farmacêuticos. É Secretária Geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e coordenadora de comunicação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Organizadora do livro Comunicação Pública no Brasil, uma exigência democrática (2009)
- Terezinha Vicente – jornalista, atua na Ciranda da Informação Independente.
- Vanessa Silva – 26 anos, é editora de América Latina no Portal Vermelho e colaboradora do Diálogos do Sul.
Camaradas o jornalista Jadson Oliveira (Que não é este Jadson Soaers Oliveira, que aqui comenta) está na Venezuela de forma independente blogando sobre as eleições deste país.
ResponderExcluirBlog http://blogdejadson.blogspot.com.br/