sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Demos já preparam o enterro

Por Altamiro Borges

Saiu hoje na coluna de Ilimar Franco, no sítio do jornal O Globo:

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O naufrágio do DEM

As conversas sobre a fusão do DEM ao PMDB serão retomadas. O DEM vai sair do pleito bastante enfraquecido. Sua direção já vinha sendo pressionada por deputados estaduais e federais, que precisam de bases fortes para enfrentar a reeleição. Seu presidente, o senador José Agripino (RN), interditou o debate no início do ano. Naquela época, o partido sonhava vencer em quatro capitais.

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No início da campanha eleitoral deste ano, os demos até que ficaram animadinhos com algumas pesquisas e, principalmente, com o incentivo da mídia “privada”. Teve gente que garantiu que o DEM sairia ressuscitado do pleito municipal. Alguns “calunistas” já davam como certa a vitória de ACM Neto, em Salvador, e de Moroni Torgan, em Fortaleza. Mas a vida é dura e o eleitorado não é bobo. As sondagens na reta final da campanha serviram como ducha de água fria nas aspirações dos oligarcas conservadores do DEM.

Diante do possível desastre, os demos voltam a debater a extinção da legenda. Logo após as eleições de 2010, com a derrota de vários coronéis da sigla (como Marco Maciel, Heráclito Fortes, César Maia, entre outros), o DEM entrou em crise. De mais de 100 deputados eleitos no reinado de FHC, a sigla despencou para 45 deputados. Para piorar, em meados do ano passado, alguns demos resolveram abandonar o barco a deriva e fundar o PSD, sob o comando do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab.

Mas como desgraça pouca é bobagem, no início deste ano pintou o escândalo de corrupção envolvendo um dos principais chefões do partido, Demóstenes Torres, o “mosqueteiro da ética” da Veja. O senador, já lançado pela sigla como presidenciável para 2014, foi cassado por suas ligações com a máfia de Carlinhos Cachoeira. O discurso da ética, utilizado por uma legenda mais suja do que pau de galinheiro, caiu em total descrédito. A última chance de sobrevida era a eleição municipal. Mas, pelo jeito, também não deu certo. 

2 comentários:

  1. A direita tem que ser representada por partidos melhores e assumidamente direitistas. Não por esse bando de DEMocratas falso-moralistas que, antes da extirpação do DEM, trataram de extirpar o "liberal" do próprio nome do partido.

    Um partido de direita assumida ou liberal assumido já bastaria.

    Enquanto esse partido não surge, os direitistas não assumidos se espalham em todo o espectro partidário. Inclusive em partidos lulo-dilmistas e em partidos ditos de esquerda, "socialistas", "sociais" e até "comunistas".

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  2. Antonio Kleber Mathias Netto30 de setembro de 2012 às 12:19

    Lula é extraordinário. Lembram-se de sua antevisão a respeito da extinção deste partido incoerente da direita?

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