Por Jônatas Campos, no jornal Brasil de Fato:
O debate eleitoral na Venezuela ganhou um novo personagem nesta segunda-feira (03). Trata-se de David de Lima, ex-governador do Estado de Anzoátegui e que há pouco tempo era aliado do candidato da oposição, Henrique Capriles. No entanto, De Lima rompeu com a MUD (Mesa da Unidade Democrática) após, segundo ele, ter acesso a um documento que previa a interrupção dos programas sociais de Hugo Chávez, chamados de "missões", em caso de vitória de Capriles. O candidato da oposição sempre disse que manteria os projetos.
Denominado "Primeiras ideias e ações econômicas a serem tomadas pelo Governo da Unidade Nacional" fala sobre desregulamentação bancária, suspensão de investimentos em programas sociais, transferência de programas alimentares para a iniciativa privada e aumento de tarifas públicas. “Eles querem suspender as políticas sociais alegando que elas têm um custo alto ao Estado", denunciou De Lima em entrevista coletiva nesta segunda-feira. “A MUD deseja implantar uma política econômica igual a espanhola, com o congelamento das aposentadorias e investimentos sociais”.
De Lima já havia falado na semana passada ao canal privado Televen, mas somente na sexta-feira (31), quando Chávez citou suas declarações em uma atividade de campanha com sindicatos de trabalhadores, De Lima ganhou espaço na mídia venezuelana.
"Estou em desacordo com o governo atual, mas caso Chávez perca as eleições, não podemos passar para esse extremo. Por exemplo, desmontar as missões. O documento fala para eliminar o subsídio às casas populares, substituir o Estado na distribuição de alimentos, quer dizer, acabar com os Mercales e Pdvales, que são programas importantes de alimentação para as pessoas mais humildes da sociedade".
O documento critica duramente a obrigatoriedade de destinação de crédito a setores da economia. O governo venezuelano exige que bancos públicos e privados destinem 25% de empréstimos para agricultura, 15% para moradias, 3% para o microcrédito, 10% para a manufatura e 2,5% para o turismo. Segundo as supostas orientações, "um impacto na rentabilidade dos bancos".
De Lima garante que o documento é verídico. "Conversei com muita gente da MUD e todos me disseram que essas são suas ideias". Segundo ele, a MUD não divulga essas diretrizes com medo de perder as eleições. “Então, há dois discursos, dois pensamentos: o pensamento para a busca de votos e o verdadeiro, que é devolver a economia venezuelana para as mãos de dois ou três setores que está sempre controlaram o país”, resumiu.
Capriles
O comando de campanha de Capriles ainda não se pronunciou sobre o assunto. Ontem, o candidato da oposição fez a apresentação do seu Plano de Infraestrutura e pediu aos presentes para que não perdessem tempo com “grosserias e desqualificações”.
Em contradição com o que diz o suposto documento, Capriles prometeu mais de 22 mil "obras sociais" nos primeiros 100 dias de governo, ao mesmo tempo em que exortou a importância de otimizar os serviços públicos. "De que serve ter o trem mais rápido do mundo se nosso povo não tem água potável nem luz de maneira regular?", questionou. Capriles também assumiu o compromisso de construir mil novas escolas de ensino fundamental e 82 hospitais em todo o país, além de realizar a recuperação de importantes autoestradas no país.
"Nosso compromisso é o de levantar 150 mil casas por ano, com a ajuda dos setores público e privado, mas, além disso, iniciar a entrega de 70 mil créditos para compra de materiais de construção para que as famílias possam reparar suas casas", disse.
“Temos uma política social, temos nossa visão social. Quem não tem recursos, ali deve estar o Estado para apoiá-lo”, disse o candidato e ex-governador do Estado Miranda, que prometeu dar prioridade às pessoas que hoje estão vivendo em refúgios porque perderam suas casas em desastres naturais. “Vocês serão prioridade para nosso governo”, afirmou.
O debate eleitoral na Venezuela ganhou um novo personagem nesta segunda-feira (03). Trata-se de David de Lima, ex-governador do Estado de Anzoátegui e que há pouco tempo era aliado do candidato da oposição, Henrique Capriles. No entanto, De Lima rompeu com a MUD (Mesa da Unidade Democrática) após, segundo ele, ter acesso a um documento que previa a interrupção dos programas sociais de Hugo Chávez, chamados de "missões", em caso de vitória de Capriles. O candidato da oposição sempre disse que manteria os projetos.
Denominado "Primeiras ideias e ações econômicas a serem tomadas pelo Governo da Unidade Nacional" fala sobre desregulamentação bancária, suspensão de investimentos em programas sociais, transferência de programas alimentares para a iniciativa privada e aumento de tarifas públicas. “Eles querem suspender as políticas sociais alegando que elas têm um custo alto ao Estado", denunciou De Lima em entrevista coletiva nesta segunda-feira. “A MUD deseja implantar uma política econômica igual a espanhola, com o congelamento das aposentadorias e investimentos sociais”.
De Lima já havia falado na semana passada ao canal privado Televen, mas somente na sexta-feira (31), quando Chávez citou suas declarações em uma atividade de campanha com sindicatos de trabalhadores, De Lima ganhou espaço na mídia venezuelana.
"Estou em desacordo com o governo atual, mas caso Chávez perca as eleições, não podemos passar para esse extremo. Por exemplo, desmontar as missões. O documento fala para eliminar o subsídio às casas populares, substituir o Estado na distribuição de alimentos, quer dizer, acabar com os Mercales e Pdvales, que são programas importantes de alimentação para as pessoas mais humildes da sociedade".
O documento critica duramente a obrigatoriedade de destinação de crédito a setores da economia. O governo venezuelano exige que bancos públicos e privados destinem 25% de empréstimos para agricultura, 15% para moradias, 3% para o microcrédito, 10% para a manufatura e 2,5% para o turismo. Segundo as supostas orientações, "um impacto na rentabilidade dos bancos".
De Lima garante que o documento é verídico. "Conversei com muita gente da MUD e todos me disseram que essas são suas ideias". Segundo ele, a MUD não divulga essas diretrizes com medo de perder as eleições. “Então, há dois discursos, dois pensamentos: o pensamento para a busca de votos e o verdadeiro, que é devolver a economia venezuelana para as mãos de dois ou três setores que está sempre controlaram o país”, resumiu.
Capriles
O comando de campanha de Capriles ainda não se pronunciou sobre o assunto. Ontem, o candidato da oposição fez a apresentação do seu Plano de Infraestrutura e pediu aos presentes para que não perdessem tempo com “grosserias e desqualificações”.
Em contradição com o que diz o suposto documento, Capriles prometeu mais de 22 mil "obras sociais" nos primeiros 100 dias de governo, ao mesmo tempo em que exortou a importância de otimizar os serviços públicos. "De que serve ter o trem mais rápido do mundo se nosso povo não tem água potável nem luz de maneira regular?", questionou. Capriles também assumiu o compromisso de construir mil novas escolas de ensino fundamental e 82 hospitais em todo o país, além de realizar a recuperação de importantes autoestradas no país.
"Nosso compromisso é o de levantar 150 mil casas por ano, com a ajuda dos setores público e privado, mas, além disso, iniciar a entrega de 70 mil créditos para compra de materiais de construção para que as famílias possam reparar suas casas", disse.
“Temos uma política social, temos nossa visão social. Quem não tem recursos, ali deve estar o Estado para apoiá-lo”, disse o candidato e ex-governador do Estado Miranda, que prometeu dar prioridade às pessoas que hoje estão vivendo em refúgios porque perderam suas casas em desastres naturais. “Vocês serão prioridade para nosso governo”, afirmou.
Típico. Os neoliberais no mundo todo fazem parte de algum clube que viza ferrar com todos que está nas castas mais embaixo e forrar as burras dos mais aquinhoados. Troca-se as cabeças, mas os piolhos continuam os mesmos
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