Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Animada com os bons resultados conquistados pelo PT nas eleições de domingo, contrariando as previsões negativas das pesquisas e dos "analistas" da grande imprensa, a presidente Dilma Rousseff já está se movimentando para apoiar com força o partido no segundo turno.
O primeiro passo é trazer para a campanha decisiva outro vencedor das eleições municipais, o governador pernambucano Eduardo Campos, presidente do PSB, partido que mais cresceu em número de votos e prefeituras.
É com esse objetivo que está sendo organizado um grande ato de apoio à candidatura de Fernando Haddad em São Paulo, já para a próxima semana, em que a presidente Dilma estará presente no palanque ao lado de Lula e Campos.
O encontro deverá servir também para reaproximar os dois velhos amigos, já que o ex-presidente Lula e Eduardo Campos se afastaram no primeiro turno em razão das disputas entre PT e PSB em várias capitais importantes.
No próprio domingo das eleições, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador mineiro Aécio Neves, provável candidato do PSDB em 2014, tomaram a iniciativa de estabelecer pontes com o PSB. Ambos fizeram muitos elogios ao governador pernambucano, fiel aliado de Dilma e de Lula, mas os resultados das urnas certamente não vão ajudar os tucanos a sair do isolamento.
Um levantamento que circula no Palácio do Planalto, mas ficou perdido nas páginas dos jornais, mostra com números a lenta e constante decadência do maior partido da oposição, inclusive nos seus principais redutos, São Paulo e Minas Gerais.
Enquanto o PT crescia, em número de prefeituras e no total de votos, como o Balaio mostrou ontem, o PSDB perdia 97 prefeituras em relação às eleições anteriores, tendo agora 693 — 30% a menos do que no ano 2000, no segundo governo de FHC.
Em São Paulo, os tucanos caíram de 200 para 173 prefeituras, perdendo cidades importantes como São José dos Campos, Sorocaba e Jundiaí.
Também em Minas Gerais, o PSDB caiu: passou de 158 prefeituras conquistadas em 2008 para 142 agora, e não está na disputa em nenhuma cidade do Estado no segundo turno. O PT, que passou de 110 para 114 prefeituras, disputa o segundo turno em Montes Claros, Contagem e Juiz de Fora.
Com seus aliados do DEM agonizando em praça pública e o PPS reduzido a nanico, vai ser difícil para o PSDB convencer partidos aliados do governo federal a mudar de lado.
Por isso mesmo, Dilma está acertando com o governador baiano Jaques Wagner sua ida a Salvador já neste fim de semana para apoiar Nelson Pelegrino, do PT, que disputa pau a pau o segundo turno com ACM Neto, um dos poucos líderes do DEM sobreviventes da derrocada de domingo.
Dilma sabe que a sucessão de 2014 será deflagrada para valer logo após a apuração das urnas no próximo dia 28, mas não quer esperar até lá. Como dizia a canção, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Pelo jeito, a presidente já está em campo na luta pela sua reeleição e para isso é vital manter unida a base aliada. A principal batalha, sabem todos, será em São Paulo. Por aqui, a disputa entre PT e PSDB anuncia ser mais feroz do que de costume, uma verdadeira guerra.
O primeiro passo é trazer para a campanha decisiva outro vencedor das eleições municipais, o governador pernambucano Eduardo Campos, presidente do PSB, partido que mais cresceu em número de votos e prefeituras.
É com esse objetivo que está sendo organizado um grande ato de apoio à candidatura de Fernando Haddad em São Paulo, já para a próxima semana, em que a presidente Dilma estará presente no palanque ao lado de Lula e Campos.
O encontro deverá servir também para reaproximar os dois velhos amigos, já que o ex-presidente Lula e Eduardo Campos se afastaram no primeiro turno em razão das disputas entre PT e PSB em várias capitais importantes.
No próprio domingo das eleições, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador mineiro Aécio Neves, provável candidato do PSDB em 2014, tomaram a iniciativa de estabelecer pontes com o PSB. Ambos fizeram muitos elogios ao governador pernambucano, fiel aliado de Dilma e de Lula, mas os resultados das urnas certamente não vão ajudar os tucanos a sair do isolamento.
Um levantamento que circula no Palácio do Planalto, mas ficou perdido nas páginas dos jornais, mostra com números a lenta e constante decadência do maior partido da oposição, inclusive nos seus principais redutos, São Paulo e Minas Gerais.
Enquanto o PT crescia, em número de prefeituras e no total de votos, como o Balaio mostrou ontem, o PSDB perdia 97 prefeituras em relação às eleições anteriores, tendo agora 693 — 30% a menos do que no ano 2000, no segundo governo de FHC.
Em São Paulo, os tucanos caíram de 200 para 173 prefeituras, perdendo cidades importantes como São José dos Campos, Sorocaba e Jundiaí.
Também em Minas Gerais, o PSDB caiu: passou de 158 prefeituras conquistadas em 2008 para 142 agora, e não está na disputa em nenhuma cidade do Estado no segundo turno. O PT, que passou de 110 para 114 prefeituras, disputa o segundo turno em Montes Claros, Contagem e Juiz de Fora.
Com seus aliados do DEM agonizando em praça pública e o PPS reduzido a nanico, vai ser difícil para o PSDB convencer partidos aliados do governo federal a mudar de lado.
Por isso mesmo, Dilma está acertando com o governador baiano Jaques Wagner sua ida a Salvador já neste fim de semana para apoiar Nelson Pelegrino, do PT, que disputa pau a pau o segundo turno com ACM Neto, um dos poucos líderes do DEM sobreviventes da derrocada de domingo.
Dilma sabe que a sucessão de 2014 será deflagrada para valer logo após a apuração das urnas no próximo dia 28, mas não quer esperar até lá. Como dizia a canção, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Pelo jeito, a presidente já está em campo na luta pela sua reeleição e para isso é vital manter unida a base aliada. A principal batalha, sabem todos, será em São Paulo. Por aqui, a disputa entre PT e PSDB anuncia ser mais feroz do que de costume, uma verdadeira guerra.
ResponderExcluirA única e possível explicação para tanta apelação é o medo de qualquer investigação sobre os atos tucanos e eventualmente, antes dos tunganos.
Enquanto a velha mídia tenta aproximar PSB e PSDB, Eduardo Campos mostra de que lado está. Enquanto isso, o PMDB ainda não garantiu apoio ao Haddad e, em Salvador, vai apoiar ACM Neto. PSB vice do PT em 2014, seja com Dilma ou com Lula, seria a retomada da Frente Brasil Popular de 1989.
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