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Nesta semana, o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, se irritou três vezes com dois jornalistas durante entrevistas. Nas três oportunidades, o tucano acusou os repórteres de serem ligados ao PT e ao candidato petista à prefeitura, Fernando Haddad.
Os episódios desta semana foram três dos muitos momentos da campanha eleitoral em que Serra não respondeu perguntas e hostilizou jornalistas que cumpriam seu ofício. Abaixo, relembre os casos que ocorreram ao longo da eleição:
1) Serra chama repórter de “sem vergonha”
O tucano chamou um repórter da Rede Brasil Atual, veículo ligado ao movimento sindical, de “sem vergonha”, no dia 28 de setembro. Abaixo, a transcrição do diálogo:
Serra: Vamos aumentar em dezenas de milhares o número de alunos em parceria com o governador do estado, Geraldo Alckmin. É uma chance para crianças de famílias mais humildes subirem na vida. Isso me veio agora à cabeça lembrando de minha infância e juventude aqui.
Jornalista: A ideia veio agora à cabeça ou é seu projeto de governo?
Serra: De onde você é?
Jornalista: Não interessa. O senhor vai responder à minha pergunta ou não?
Serra: Eu quero saber de onde.
Jornalista: Da Rede Brasil Atual.
Serra ignorou a pergunta. O jornalista voltou a abordá-lo quando o tucano estava indo embora.
Jornalista: Por que você só responde perguntas favoráveis?
Serra ignorou a pergunta. O jornalista voltou a abordá-lo quando o tucano estava indo embora.
Jornalista: Por que você só responde perguntas favoráveis?
Serra: Não, eu não respondo pergunta de sem vergonha.
2) Serra não responde pergunta do Portal Aprendiz
O portal Aprendiz perguntou a todos os candidatos no primeiro turno as suas propostas para o Plano Municipal de Educação. Serra foi o único a não responder. Posteriormente, a assessoria do candidato enviou novas respostas por e-mail. Abaixo, o relato do portal publicado no dia 3 de outubro.
Serra: Você é de onde?
2) Serra não responde pergunta do Portal Aprendiz
O portal Aprendiz perguntou a todos os candidatos no primeiro turno as suas propostas para o Plano Municipal de Educação. Serra foi o único a não responder. Posteriormente, a assessoria do candidato enviou novas respostas por e-mail. Abaixo, o relato do portal publicado no dia 3 de outubro.
Serra: Você é de onde?
Jornalista: Portal Aprendiz.
Serra: Quem é o portal Aprendiz?
[Jornalista repete pergunta sobre o plano]
Serra: Tem um, eu vou olhar, vou olhar.
3) Serra não responde TV dos Trabalhadores
O tucano não quis responder uma pergunta sobre o uso do “mensalão” em sua campanha feita por uma jornalista da TVT no dia 11 de outubro (aqui, o vídeo). Abaixo, o diálogo entre os dois:
Jornalista: O assunto do mensalão vai ser bastante explorado pelo senhor no segundo turno?
3) Serra não responde TV dos Trabalhadores
O tucano não quis responder uma pergunta sobre o uso do “mensalão” em sua campanha feita por uma jornalista da TVT no dia 11 de outubro (aqui, o vídeo). Abaixo, o diálogo entre os dois:
Jornalista: O assunto do mensalão vai ser bastante explorado pelo senhor no segundo turno?
Serra: Perdão, o que é a TVT?
Jornalista: O assunto do mensalão vai ser bastante explorado pelo senhor no segundo turno?
Serra: O que é TVT? Que é TVT?
Jornalista: TV dos Trabalhadores
Serra: De onde?
Jornalista: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Serra: Tá bom.
Em seguida, Serra virou de costas para a repórter e encerrou a entrevista.
4) Serra diz que jornalista é assessora de Haddad
Serra não quis responder pergunta sobre o tom agressivo que adotou em sua campanha eleitoral em 15 de outubro. No dia em que levou o “mensalão” ao horário eleitoral, ele foi questionado por uma repórter do portal UOL se isso era uma estratégia por estar atrás nas pesquisas de intenção de voto.
Jornalista: Esse tom mais agressivo que o senhor coloca no primeiro programa é por que o senhor está dez pontos abaixo nas pesquisas?
Serra: Vai lá para o Haddad, é a pauta dele, você não precisa trabalhar para ele. Ele já tem bastante assessores, não precisa ter umas assessoras a mais para ele. Vai lá direto.
5) No dia seguinte, Serra voltou a hostilizar a mesma repórter após uma pergunta sobre o kit anti-homofobia feito quando ele era governador de São Paulo em 2009.
Jornalista: Sobre o kit gay, está faltando esclarecer se o senhor concorda com a distribuição nas escolas desse tipo de material.
Serra: Eu acho que não está faltando esclarecer nada. Você leu?
Jornalista: Eu li.
Serra: Se você leu, acho que está tudo clarinho.
Jornalista: Mas o senhor concorda com a distribuição do material?
Serra: Que material?
Jornalista: De orientação sexual nas escolas…
Jornalista: Foi feito em 2009, no meu governo, o resto é brincadeira.
Ao final da entrevista, Serra voltou a se dirigir à repórter:
Serra: Vai lá com o Haddad e trabalha com ele, é mais eficiente.
Serra insinua que jornalista mente e vota em Haddad.
6) Serra se irritou na manhã de 16 de outubro em entrevista à rádio CBN após ser questionado sobre o apoio que recebe do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus.
A pergunta foi feita pelo jornalista Kennedy Alencar. Ele falou da semelhança entre um material feito pelo governo de São Paulo em 2009, quando Serra era governador, e o kit anti-homofobia que seria distribuído pelo Ministério da Educação durante a gestão de Haddad.
O jornalista falou que Serra teria apoio da “direita intolerante, como o pastor Silas Malafaia, que diz que a homossexualidade é doença e não orientação”. Ao final, Alencar perguntou: “é uma contradição por uma conveniência eleitoral ou o senhor se tornou um político conservador e mudou de ideia?”
Serra não respondeu a pergunta e repetiu diversas vezes: “você leu a cartilha do estado?”. Depois, disse “de duas uma: se você viu está mentindo. Se você não leu, eu até aceito, porque o que está falando é mentira.” Serra ainda insinuou que o jornalista votasse em Fernando Haddad. “Mais modéstia, você está na CBN, não pode fazer campanha eleitoral aqui na CBN”, disse o candidato. “Eu sei que você tem um candidato. Modere. Você que é um jornalista tem que ser mais comportado.”
Em seguida, Serra virou de costas para a repórter e encerrou a entrevista.
4) Serra diz que jornalista é assessora de Haddad
Serra não quis responder pergunta sobre o tom agressivo que adotou em sua campanha eleitoral em 15 de outubro. No dia em que levou o “mensalão” ao horário eleitoral, ele foi questionado por uma repórter do portal UOL se isso era uma estratégia por estar atrás nas pesquisas de intenção de voto.
Jornalista: Esse tom mais agressivo que o senhor coloca no primeiro programa é por que o senhor está dez pontos abaixo nas pesquisas?
Serra: Vai lá para o Haddad, é a pauta dele, você não precisa trabalhar para ele. Ele já tem bastante assessores, não precisa ter umas assessoras a mais para ele. Vai lá direto.
5) No dia seguinte, Serra voltou a hostilizar a mesma repórter após uma pergunta sobre o kit anti-homofobia feito quando ele era governador de São Paulo em 2009.
Jornalista: Sobre o kit gay, está faltando esclarecer se o senhor concorda com a distribuição nas escolas desse tipo de material.
Serra: Eu acho que não está faltando esclarecer nada. Você leu?
Jornalista: Eu li.
Serra: Se você leu, acho que está tudo clarinho.
Jornalista: Mas o senhor concorda com a distribuição do material?
Serra: Que material?
Jornalista: De orientação sexual nas escolas…
Jornalista: Foi feito em 2009, no meu governo, o resto é brincadeira.
Ao final da entrevista, Serra voltou a se dirigir à repórter:
Serra: Vai lá com o Haddad e trabalha com ele, é mais eficiente.
Serra insinua que jornalista mente e vota em Haddad.
6) Serra se irritou na manhã de 16 de outubro em entrevista à rádio CBN após ser questionado sobre o apoio que recebe do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus.
A pergunta foi feita pelo jornalista Kennedy Alencar. Ele falou da semelhança entre um material feito pelo governo de São Paulo em 2009, quando Serra era governador, e o kit anti-homofobia que seria distribuído pelo Ministério da Educação durante a gestão de Haddad.
O jornalista falou que Serra teria apoio da “direita intolerante, como o pastor Silas Malafaia, que diz que a homossexualidade é doença e não orientação”. Ao final, Alencar perguntou: “é uma contradição por uma conveniência eleitoral ou o senhor se tornou um político conservador e mudou de ideia?”
Serra não respondeu a pergunta e repetiu diversas vezes: “você leu a cartilha do estado?”. Depois, disse “de duas uma: se você viu está mentindo. Se você não leu, eu até aceito, porque o que está falando é mentira.” Serra ainda insinuou que o jornalista votasse em Fernando Haddad. “Mais modéstia, você está na CBN, não pode fazer campanha eleitoral aqui na CBN”, disse o candidato. “Eu sei que você tem um candidato. Modere. Você que é um jornalista tem que ser mais comportado.”
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