sábado, 13 de outubro de 2012

Jornal da Tarde está morrendo?

Por Altamiro Borges

Crescem os boatos de que o Jornal da Tarde – o filho bastardo da famiglia Mesquita, que também edita o Estadão – está com os seus dias contados. Segundo o sítio Meio&Mensagem, “o futuro do Jornal da Tarde está indefinido e se discute, inclusive, se pode encerrar as suas operações ainda neste semestre. Já não é possível efetuar assinaturas do diário por meio do site do jornal e o atendimento de vendas do departamento de call center informa aos interessados que a circulação deve ser interrompida, mas sem data específica”.

Faz tempo que o jornalão está em declínio. Segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC), a tiragem média do JT em agosto foi de apenas 37,7 mil exemplares. A crise decorre de vários fatores, com destaque para a explosão da internet – que atrai os leitores e afunda os veículos impressos no mundo todo –, para a perda de credibilidade da mídia partidarizada e para a péssima gestão da famiglia Mesquita. No livro “Nascidos para perder”, o jornalista Mylton Severiano relata a situação de endividamento do Grupo Estado e as burradas da sua administração.

Segundo Rodrigo Manzano, do Meio&Mensagem, a empresa rejeita o fim do JT, mas os indícios são cada dia mais fortes. “O Grupo Estado afirma que a informação do departamento de assinatura foi um ‘mal entendido’ e nega ‘categoricamente’ o fim das operações do Jornal da Tarde, mas reconhece que existem estudos para o título, que ainda tem situação indefinida. Recentemente, o grupo anunciou que o JT passaria por uma reformulação editorial e gráfica, o que poderia envolver o fim da edição dominical do diário”.

Fundado em 1966, o Jornal da Tarde foi um marco do jornalismo brasileiro. Concebido por Mino Carta, hoje editor da CartaCapital, o diário adotou um projeto gráfico audacioso e investiu em reportagens mais aprofundadas. Com o tempo, ele foi perdendo conteúdo e sendo escanteado pela própria famiglia Mesquita, inclusive em decorrência das brigas familiares pelo poder no grupo empresarial – conforme revela o livro de Mylton Severiano. Agora, o JT corre o sério risco de morrer!

3 comentários:

  1. Mais uma cria do Mino que se perde por incompetência.

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  2. Se a mídia impressa for para o buraco será bom para a democracia, uma vez que a maioria dos jornais e revistas não passam de panfletos da direita demotucana.

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  3. antonio barbosa filho14 de outubro de 2012 às 10:34

    Incompetëncia mesmo. A classe media cresce mas os jornais reacionarios nao conseguem conquista-la. Se os Mesquitas entrassem no seculo 21, quem sabe...

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