terça-feira, 30 de outubro de 2012

O enigma Eduardo Campos (PSB)

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Esse modesto post se inspira em conversas que o ansioso blogueiro mantém ao longo de anos com um sábio pernambucano, Fernando Lyra.

As besteiras aqui proferidas são do ansioso blogueiro.

O que houver de inteligente é dele.

O Tempo é um cálculo mais importante para o político do que para o advogado ou o Usain Bolt.

A política brasileira vive hoje uma clara troca de gerações.

O Cerra, por exemplo, é o último político do regime autoritário – e se recusa a ir embora, a tomar o ônibus.

O Lula não conta.

É um fenômeno fora da curva e além das analises rasteiras do PiG.

Até domingo, a “nova geração” tinha duas estrelas: Eduardo Campos e Aécio.

Surgiu outra: Fernando Haddad.

Mas, Haddad está fora do campeonato federal até 2016.

Aécio perdeu o Tempo.

O Tempo dele foi 2010.

Rompia com o Cerra, rachava o PSDB e se impunha como Governador do segundo maior colégio eleitoral do país.

Perdeu o Tempo.

Agora, é um obscuro Senador e o PSDB só ganhou a eleição na GloboNews.

E tem o encosto do Cerra, que se sentiu revigorado com a derrota e “vai seguir em frente”.

As possibilidades de Aécio e do PSDB numa campanha presidencial são remotas.

Aí, entra o Eduardo Campos.

Clique aqui para ler “Eduardo é Dilma.”

Ele dá de 10 a 0 no Aécio.

Como administrador, como líder político, como jeito.

É mais Tancredo que o neto.

E faz uma carreira pelo centro, com leve, suave inclinação para a esquerda.

Pendularmente, entre o centro e a centro-esquerda.

O Tempo de Eduardo é 2014.

Em 2018 … quem sabe?

Fora do Governo de Pernambuco, com o Haddad e outros postes no caminho…

Mas, Eduardo não vai sair candidato a Presidente só com o PSB.

Não tem tempo de tevê, bala, nem penetração nacional.

Ele só sairia presidente se o Aécio trouxesse o PSDB, e aceitasse ser vice.

Aí, seria um estrago sério à Dilma.

Vinham o PTB, o PR, o PDT, os DEMOs, ainda mais agora que a Cristiana Globo descobriu que o ACM, a vanguarda do atraso – II, é um inovador!

Mas, o Aécio tem que tomar o PSDB e aceitar ser vice.

E fazer São Paulo curvar-se a Minas e, mais ainda, a Pernambuco.

Senão, o Eduardo não sai.

E, aí, se sair, e se a coisa ficar complicada, o Lula, agora mais forte ainda – ele só perdeu na GloboNews –, pede licença à Dilma e concorre contra o Eduardo.

Porque ele já prometeu que um tucano não volta ao Palácio do Planalto – nem como vice.

Se o Aécio não trouxer o PSDB e não quiser ser vice, aí o Eduardo fica onde está.

Leal e fiel à Dilma, como tem sido o PSB, desde que o Lula foi candidato em 1989 e o presidente do partido era Miguel Arraes.

Pernambuco tem o direito de aspirar à Presidência?

Claro!

(Lula é um híbrido.)

É uma questão de Tempo.

2014?

Parece difícil.

3 comentários:

  1. Não esqueçamos a recente “tomada democrática” do Governo no Paraguai. Lembremos também que o Á(l)varo Dias foi rapidamente àquele país, representando o PSDB, reconhecer e atestar a “legitimidade” do golpista lá empossado. Daí, perguntemos (ou a si pergunte o Eduardo Campos): por quanto tempo duraria o “Presidente Eduardo Campos” até que o PSDB juntamente com o PIG e o STF lhe “impichimasse”? Alguém ousa dizer que isso seria impossível? Se estiver em sã consciência quem duvidará? Que o Eduardo Campos abra bem os olhos e os ouvidos para os sinais de alerta: andar com o PSDB é caminhar entre serpentes e escorpiões; é dormir com o inimigo; é servir de alimento para lobos…

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  2. ... Na leitura do matuto 'bananiense, "[se] Eduardo Campos for candidato a presidente em 2014 em conluio com o Aécio 'Never' e o restante do [famigerado e fatídico] consórcio PSDB/DEMo, o político promissor, neto do histórico Miguel Arraes, perderia a colossal oportunidade de representar uma, digamos, terceira via e, talvez pior, rasgaria a sua biografia - e macularia a do avô, o grande e coerente Miguel Arraes!...

    República de ‘Nois’ Bananas
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

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  3. ... Na leitura do matuto 'bananiense, "[se] Eduardo Campos for candidato a presidente em 2014 em conluio com o Aécio 'Never' e o restante do [famigerado e fatídico] consórcio PSDB/DEMo, o político promissor, neto do histórico Miguel Arraes, perderia a colossal oportunidade de representar uma, digamos, terceira via e, talvez pior, rasgaria a sua biografia - e macularia a do avô, o grande e coerente Miguel Arraes!...

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