sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A crise existencial do PSDB

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Por Altamiro Borges

Num primeiro momento, ainda sob o impacto do tombo, o PSDB tentou negar que foi derrotado nas eleições municipais de outubro. O mentor FHC, o cambaleante Aécio Neves e o anódino Alberto Goldman publicaram artigos nos jornalões garantindo que o partido saíra mais forte do pleito. Agora, porém, os tucanos já admitem o revés eleitoral e até propõem novos rumos para a desgastada legenda. “O PSDB paulista quer levar a sigla para o divã”, informa hoje (16) a Folha. 

Segundo a matéria, dois documentos enviados à cúpula do PSDB nos últimos dez dias defendem a revisão do programa e mudanças nas estratégias eleitorais do partido. Um deles foi elaborado por José Henrique Reis Lobo, ex-presidente da sigla, fiel aliado de José Serra e “confidente” de FHC. O outro foi escrito pela Juventude do PSDB de São Paulo. Os dois pregam uma reflexão autocrítica dos tucanos “sobre as derrotas eleitorais sofridas nas eleições nacionais de 2010 e nas municipais de 2012” – informa o jornal tucano.

O texto de Reis Lobo é mais duro. Ele sugere, inclusive, a realização de um congresso nacional da sigla para “promover ampla reflexão sobre o resultado das últimas eleições e melhor entender os resultados adversos... Essas coisas passam, talvez, por uma autocrítica. E não adianta querer promover isso debatendo apenas em um circulo restrito de líderes do partido. Tem que ouvir todo mundo que vive o PSDB ou tem uma ligação ideológica e emocional com ele”. Segundo a Folha, o documento foi discutido previamente com FHC.

Já o texto juvenil insinua que o partido está sem rumo. “O PSDB nasceu contestando uma velha prática: disputa de poder pelo poder, pragmatismo, campanhas eleitorais frágeis e vazias. 24 anos depois, cabe a reflexão: estamos fazendo o que condenávamos?". Critica a falta de democracia interna – “uma estrutura arcaica dá margem a atitudes autoritárias” – e prega a renovação dos dirigentes. “Isto não quer dizer que devemos jogar o Serra, o Alckmin e o FHC fora”, diz Paulo Mathias, presidente da Juventude do PSDB.

Como se observa, a crise existencial está instalada no conflagrado ninho tucano!

Um comentário:

  1. Miro, rever programas, que programas?
    o mais correto, seria rever as privatarias, revendo as patifarias, talvez encare o PT, mais chances.

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