Por Altamiro Borges
Medidas emergenciais, mas paliativas
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) divulgou recentemente a edição de 2012 do relatório sobre o "O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo". Os dados são chocantes e confirmam
que o capitalismo é um sistema desumano e genocida. Mostram que um em cada
oito habitantes do planeta passa fome no mundo. São 870 milhões de
pessoas nesta situação deprimente – ou seja,
12,5% dos habitantes da terra sobrevivem em condições de subnutrição.
Em algumas regiões, o quadro de miséria é ainda pior e só
tem se agravado. Na África subsaariana, a desnutrição cresce desde 1990: saltou
de 170 milhões para 234 milhões, afetando hoje a vida de 23% da sua população.
No norte da África e no Oriente Médio, a fome passou a ameaçar 41 milhões de
pessoas contra 22 milhões no início dos anos 1990. As duas regiões juntas – África
e Oriente Médio - somam 275 milhões de subnutridos em 2012 – 83 milhões a mais
que em 1990.
Diante deste trágico cenário, o diretor-geral da FAO, o
brasileiro José Graziano da Silva, ainda aposta em medidas emergenciais para
minorar o sofrimento de milhões de pessoas. Em artigo publicado no jornal Valor, ele defende que “ainda é possível
atingir a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir à
metade a proporção da população com fome até 2015”. Para isso, ele defende a
adoção de políticas públicas mais ativas de combate à miséria e a ampliação dos
esforços para superar a desaceleração da economia capitalista.
Ele lembra que na América Latina e na Ásia, duas regiões em
que os Estados nacionais dão maior prioridade aos programas sociais, a situação
obteve tímidas melhorias nos últimos anos. “Nos dois casos, a fome recuou,
respectivamente, de 57 milhões para 42 milhões de pessoas, de 13,6% para 7,7%
da população regional; e de 739 milhões para 563 milhões, 23,7% para 13,9% da
população regional. Somadas, as duas regiões reduziram em mais de 190 milhões o
número de subnutridos entre 1990 e 2012”.
É evidente que as políticas emergenciais, como o programa
Bolsa Família no Brasil, têm papel importante na atualidade. Como dizia
Betinho, quem tem fome tem pressa! Mas não dá para se iludir. Elas são
insuficientes para enfrentar a barbárie imposta pelo sistema capitalista – que concentra
cada vez mais as riquezas e multiplica a miséria pelo mundo. A cada
crise do sistema capitalista, como a vivenciada atualmente, os ricos ficam mais
ricos e os pobres, mais miseráveis. O capitalismo não serve à humanidade!
Será que os FDP que se deparam com uma cena desta não sentem a consciência doer? Será que não entendem o esforço do governo Lula/Dilma para minimizar essa situação que perdura em razão do capitalismo selvagem? Será que mesmo assim ainda querem o retorno do neoliberalismo? Será que o falso comunista, Roberto Freire, tem razão para odiar Lula? Se continuarmos raciocinando no tema enveredaremos por questionamentos infindáveis.
ResponderExcluirSou obrigado a dizer a Anônimo que os FDP que veem uma cena dessas não sentem nada. De acordo com o presidente de uma "seita" chamada Movimento Endireita Brasil ou qualquer coisa do tipo, ligada ao Instituto Millenium, ultradireitistas, os pobres passam fome porque não trabalham... Esperar o quê de gente desse tipo?
ResponderExcluirE observem as datas. A partir de 1990 a situação se agravou ainda mais.Justamente com o advento em escala global da nova fase do capitalismo, o chamado neo-liberarismo ou capitalismo sem mascara,o reinado absoluto do deus mercado.Com o fim da gerra fria e o "fim da história". Ou ainda a nova renascença segundo um ex-presidente brasileiro,sociologo e conhecido charlatão.Não da lucro alimentar essas pessoas.Simples assim.Melhor investir em armas(e para isso a Africa é grande mercado),drogas ou empresas privatizadas.
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