Mídia tucana morre de medo de Lula

Por Altamiro Borges

Na semana passada, após um curto período de férias, o ex-presidente Lula retomou sua agenda política. Foi o que bastou para a mídia tucana ficar ouriçada. Um simples encontro do líder petista com o novo prefeito da capital paulista gerou reações hidrófobas. A Folha serrista foi a mais agressiva. “Lula encontra Haddad e dá diretrizes a seus secretários”, foi o título da matéria de 17 de janeiro. O Globo e o Estadão também trataram o prefeito como marionete, sem autonomia e personalidade. Um baita desrespeito!

Alguns “calunistas”, mais realistas do que o rei, foram mais longe nas intrigas e futricas. Eliane Cantanhêde, sempre ela, escreveu no dia seguinte que “chega a ser patética a foto de Lula no gabinete do prefeito de São Paulo, sentado entre Fernando Haddad e a vice Nádia Campeão, dando ordens, mostrando quem é o chefe. Pobre Haddad... Reduzido a pau-mandado, Haddad não vai poder reclamar quando os secretários despacharem diretamente com Lula”, esbravejou a patética Cantanhêde, a da “massa cheirosa” do PSDB.

A mídia tucana não esconde o seu medo com o retorno de Lula à cena política. Ela adora dar destaque às platitudes neoliberais de FHC, mas tem ojeriza quando o petista ocupa seu papel de incontestável liderança popular. O seu temor agora é que o ex-presidente, tão caluniado pela direita nativa, volte a percorrer o país nas “caravanas da cidadania. A direita hegemoniza a mídia comercial, mas teme o poder de comunicação e o carisma de Lula. Por isso, ela quer “travar o líder petista”, como recomenda Cantanhêde.