Por Altamiro Borges
A decisão do MPE representa um duro golpe à luta estudantil
e confirma as suspeitas de que o órgão é controlado e serve aos intentos
repressivos dos tucanos paulistas. A ocupação da USP foi um protesto contra a
presença da PM no campus. Ela ocorreu três dias após a polícia deter três
alunos da Faculdade de Geografia num estacionamento da universidade. A desocupação,
feita pela Tropa de Choque da PM, teve requintes de truculência e selvageria –
conforme atestam vários vídeos postados na internet.
O Ministério Público de São Paulo encaminhou ao poder judiciário um pedido de condenação de 72 estudantes da Universidade de São Paulo. Entre os crimes, consta a acusação de formação de quadrilha.
Para a União da Juventude Socialista as manifestações que ocorreram na USP são totalmente legítimas, pois, a inserção da policia militar no campus da universidade, embora tenha o argumento da segurança como sua justificativa, na verdade tem servido para reprimir o movimento estudantil e a luta sindical, diversos servidores enfrentam processos por exercerem o livre direito de associação sindical e social.
O MP de São Paulo abre um precedente perigoso contra a democracia brasileira, ou não foram assim os processos da ditadura militar contra toda a luta sindical e estudantil? Um dos maiores exemplos foi o movimento grevista do ABC ou a expulsão de dezenas de estudantes, seguido de torturas e mortes.
A mesma justiça que quer condenar os estudantes da USP por ocupar a reitoria é a mesma justiça que não condenou a Rede Globo de televisão por ocupar e cercar um terreno do Estado durante 11 anos (veja denúncia de ocupação ilegal de terreno público pela Rede Globo), ou que promoveu o massacre do Pinheirinho.
É por este motivo que a União da Juventude Socialista tem a certeza que a denuncia do Ministério Público de São Paulo não passa de mais uma tentativa de calar o movimento estudantil. Solidarizamos-nos com todos os 72 estudantes indiciados pelo MP e estaremos lado a lado na defesa da liberdade de expressão e de manifestação, assegurada pela constituição cidadã de 1988.
São Paulo, 06 de fevereiro de 2013.
O Ministério Público Estadual encaminhou ontem (5) o pedido de
condenação de 72 pessoas – a maioria estudantes – que participaram da ocupação
da reitoria da Universidade de São Paulo em novembro de 2011. Os jovens, que se
rebelaram contra a postura fascistóide do reitor da USP, foram denunciados por
cinco crimes: formação de quadrilha, posse de explosivos, dano ao patrimônio público,
desobediência e crime ambiental por pichação. Somados, os crimes podem render
penas de até sete anos de prisão.
Reproduzo abaixo nota divulgada hoje pela União da Juventude
Socialista (UJS) contra a acusação do MPE e em apoio aos perseguidos:
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O Ministério Público de São Paulo encaminhou ao poder judiciário um pedido de condenação de 72 estudantes da Universidade de São Paulo. Entre os crimes, consta a acusação de formação de quadrilha.
Para a União da Juventude Socialista as manifestações que ocorreram na USP são totalmente legítimas, pois, a inserção da policia militar no campus da universidade, embora tenha o argumento da segurança como sua justificativa, na verdade tem servido para reprimir o movimento estudantil e a luta sindical, diversos servidores enfrentam processos por exercerem o livre direito de associação sindical e social.
O MP de São Paulo abre um precedente perigoso contra a democracia brasileira, ou não foram assim os processos da ditadura militar contra toda a luta sindical e estudantil? Um dos maiores exemplos foi o movimento grevista do ABC ou a expulsão de dezenas de estudantes, seguido de torturas e mortes.
A mesma justiça que quer condenar os estudantes da USP por ocupar a reitoria é a mesma justiça que não condenou a Rede Globo de televisão por ocupar e cercar um terreno do Estado durante 11 anos (veja denúncia de ocupação ilegal de terreno público pela Rede Globo), ou que promoveu o massacre do Pinheirinho.
É por este motivo que a União da Juventude Socialista tem a certeza que a denuncia do Ministério Público de São Paulo não passa de mais uma tentativa de calar o movimento estudantil. Solidarizamos-nos com todos os 72 estudantes indiciados pelo MP e estaremos lado a lado na defesa da liberdade de expressão e de manifestação, assegurada pela constituição cidadã de 1988.
São Paulo, 06 de fevereiro de 2013.
Governinho facista esse de sp, tá doido.
ResponderExcluirTem que ser muito míope mesmo para defender essa ocupação.
ResponderExcluirPrimeiro: MP é independente, não tem nada a ver com o governo de SP.
Segundo: as "vítimas" depredaram patrimônio público, impediram o funcionamento de um órgão vital da sociedade, e descumpriram ordem judicial.
Terceiro: é piada comparar esse período que vivemos com ditadura. Instituições existem para ser respeitadas, vivemos no Estado democrático de direito.
A maioria dessas "vítimas" são marmanjos que se sustentam do movimento estudantil, enquanto o povo de SP financia a universidade pública.
Agora pensarão duas vezes.