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A reunião de quarta-feira entre o ex-ministro da Comunicação Social do governo Lula Franklin Martins e a presidente Dilma Rousseff gerou alvoroço dissimulado entre os grandes meios de comunicação – que, oficialmente, quase ignoraram o fato político -, mas, na blogosfera, surgiram especulações e apostas “otimistas” sobre o significado daquela reunião.
O encontro ocorreu no Planalto na manhã de quarta-feira, 30. O “Blog do Planalto”, que diariamente informa a agenda de Dilma, mencionou de passagem seu encontro com Franklin. Porém, limitou-se a informar que o ex-comentarista da Rede Globo e da Band seria recebido.
Vários blogs e sites simpáticos ao governo teceram apostas em mudança de postura da presidente em relação ao projeto de regulação da mídia eletrônica deixado pelo ex-ministro ao fim do governo anterior, a dita “lei da mídia”. Veículos como a Folha de São Paulo também lembraram esse fato.
O Blog da Cidadania, porém, obteve informações sobre o encontro que, à primeira vista, parecerão um balde de água fria a quem apostou em que estaria em curso mudança de visão da presidente no que diz respeito à regulação da mídia – qual seja, a de que o único controle que ela quer é o “controle remoto”.
Mas o fato é que Dilma não chamou Franklin com vistas a encampar o que, até aqui, vinha rejeitando. Ela nem teria como, de repente, desdizer o que vinha dizendo sobre o assunto. Até porque, o projeto do ex-ministro não tem as propriedades “miraculosas” nas quais muitos acreditam.
Para quem não sabe, o projeto de Franklin é muito diferente do projeto da presidente argentina, Cristina Kirchner. Não mexeria com o império de uma Globo, por exemplo, obrigando-a ao “desinvestimento” (venda de parte de seu império) que a “Ley de Medios” pretende impor à Globo argentina, o Grupo Clarín.
E muito menos o projeto que Lula esperava que fosse adotado pelo governo Dilma contém qualquer iniciativa no sentido de cercear a imprensa escrita e partidarizada (O Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja e congêneres).
Então por que Dilma chamou Franklin? É aí que o “balde de água fria” começa a ficar morno. Apesar de não haver intenção de encampar o projeto do ex-ministro, ela o chamou para obter uma análise de conjuntura.
O que seria isso? Vejamos.
A análise que Dilma quis de Franklin foi sobre o que pode estar ocorrendo na mídia devido aos ataques múltiplos que ela vem desfechando contra o seu governo. A presidente vem se surpreendendo porque, no início de seu mandato, chegou a acreditar que a guerra entre seu antecessor e os impérios de comunicação decorriam de mera “picuinha”.
Esse foi o sentido da presença da presidente na festa de 90 anos do jornal Folha de São Paulo pouco depois de assumir o cargo, em 2011. Dilma tentou estabelecer uma nova relação não respondendo a ataques ao seu governo e, em troca, vinha sendo poupada de ataques pessoais.
Contudo, nos últimos meses os ataques indiretos a ela, via críticas contundentes ao seu governo, viraram pessoais.
No fim do ano passado, por exemplo, a presidente foi à televisão anunciar redução do custo da energia elétrica. Desde então, o noticiário da dita “grande imprensa” tratou de tentar desmenti-la e passar ao público a versão de que ela estaria tentando iludir 200 milhões de brasileiros.
Mais recentemente, diante de pronunciamento em cadeia de rádio e televisão em que a presidente defendeu seu governo das críticas quanto à redução do custo da energia elétrica, a mídia passou a acusá-la pessoalmente. Os ataques midiáticos foram tão pessoais que o PSDB representou contra Dilma no MPF usando o que esses veículos publicaram.
Nesse ponto, foi quebrado o pacto velado de não-agressão.
Voltando a Franklin. Ele é a antítese da atual ministra da Secom, Helena Chagas, uma opção de Dilma pela coexistência pacifica e até pela pacificação das relações entre o governo e a mídia, enquanto que o antecessor de Helena no cargo foi opção de Lula para enfrentar a guerra aberta entre seu governo e a mídia em meados da década passada.
Franklin, antes de tudo, é estrategista para momentos de confronto. Além de ir ao Planalto para oferecer uma análise sobre os próximos movimentos prováveis da mídia contra o governo, também foi oferecer sugestões sobre estratégias de comunicação para enfrentar uma guerra política que, a partir de agora, entra em nova fase.
O “balde de água fria”, portanto, torna-se um “balde de água quente”, pois a presidente finalmente entendeu que não havia picuinha alguma entre Lula e a mídia. Finalmente ela entendeu que ele foi empurrado para essa guerra. E a razão para a inevitabilidade dessa guerra o ex-presidente deu em seu discurso recente em Cuba.
A elite que a mídia representa e encarna não se contrapôs ao governo Lula e não se contrapõe ao governo Dilma porque os considera feios, bobos e chatos, mas porque as políticas dos governos petistas, a partir de 2003, promoveram o que é mais intolerável para a elite brasileira: distribuição de renda.
Dilma descobre agora, após dois anos no poder, que não existe possibilidade de coexistência pacífica entre um governo popular que trabalha para tornar o Brasil um país mais justo e um oligopólio de comunicação cuja função é, justamente, a de impedir que os ricos fiquem menos ricos defendendo políticas cujos efeitos são tornar os pobres mais pobres.
A iniciativa da presidente de chamar Franklin, portanto, se não encerra a notícia ideal (decisão pela regulação da mídia), ao menos encerra uma boa notícia. A presidente da República finalmente percebeu quais são as regras do jogo e que o cargo que ocupa não é meramente gerencial, sendo, isso sim, eminentemente político. Antes tarde do que nunca.
Sei não!!! Será que a Dilma é tão burra assim???!!! Até o reino animal sempre soube que a mérdia ODEIA o PT e os petistas!!!
ResponderExcluirUm dos objetivos da glogolpe é desacreditar a política e os políticos.
ResponderExcluirEntão para isso vale tudo.
Será? É estranho que ela, uma criatura política, tenha demorado tanto tempo para se dar conta do óbvio olulante. Me permita duvidar de sua análise.
ResponderExcluirAté que enfim!Estava mais do que na hora de cair a ficha. Pelo que fiquei sabendo a mídia está arrepiada diante da possibilidade da volta do Franklin Martins ao Secom. Estamos no segundo tempo, está na hora de entrarem os titulares em campo.
ResponderExcluirJá ando desconfiado que a Dilma não tem é coragem de fazer a discussão da democratização da comunicação e enfrentar o PIG que enfrenta o governo todo dia.
ResponderExcluirVale a pena ler no "NOVO JORNAL " :Aécio Neves : " PROTOCOLO DE INTENÇÕES " criou " CARTEL DAS EMPREITEIRAS " . ACORDA BRASIL !!!!!! LEVANTA BRASIL !!!!!!!
ResponderExcluirConcordo que a Dilma estava 'boiando' nessa história, agora vai ter que prestar mais atenção e ouvir a galera dando os toques, diretamente, sem os intermediários puxa sacos. De minha parte, a Globo é poderosa por que ninguém peita de verdade, tipo faz a Cristina que, tudo bem, tem um estofo intelectual alto. Tem mais é que fechar a Globo, Dilma, acabar com aquela porcaria inútil, a Globo não serve pra nada, desagrega o planeta querida presidenta, se liga.
ResponderExcluirNão acredito que a Presidenta Dilma não tenha percebido isso ainda! Nem precisaria chamar o Franklin Martins para isso, de tão óbvio que é. Ambos foram vítimas do golpismo da grande imprensa. Pelo visto, nem o Miro sabe o motivo da reunião...
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ResponderExcluirAOS INDIGNADOS
O procurador Gurgel - que tem lado, ideologia, interesses e predileções , que coincidem com o tucanismo da imprensa nativa, levanta a bola no exato momento (o caso Renan é antigo) em que o senado discute a eleição do seu presidente, e os trogloditas midiáticos, com a sede de retirante nordestino, dessem a lenha.
O julgamento do mensalão também ocorreu no exato momento das eleições municipais, com o auxílio luxuoso do mesmíssimo procurador e com todo bombardeio e massacre midiático jamais visto na história política deste país.
Só pra refrescar a memória do pessoal que anda entusiasmado com essa iniciativa (petição contra Renan): há algum tempo atrás, a vítima midiática foi Sarney, lembram? Era cacete todo dia, de manhã, à tarde, à noite e de madrugada, em tudo que era imprensa, falada escrita e televisiva.
Pois bem! Um dos editores do Estadão, em palestra na FIESP, soltou a língua: "aquilo tudo era pra promover o rompimento da aliança do PT com o PMDB" (com essa aliança e a popularidade de Lula, a vista não consegue enxergar um tucano na presidência). As discussões e brigas dentro do PT (e com o PMDB) por causa de Sarney, promoveram pelo menos uma baixa no partido, que vem a ser o irmão de D. Evaristo, Flávio Arns, hoje no PSDB paranaense.
Alguém aí, que assina essa petição, ficou indignado com a montanha de dinheiro que Serra e sua família botaram no bolso com as privatizações? (Tá tudo no livro de Amaury Júnior, com todos os documentos). Chegou, por acaso, na internet uma petição para impedir a segunda candidatura de FHC, que comprou o congresso a 200 mil (com fita gravada e tudo - nitroglicerina pura!) para alterar a constituição e garantir sua reeleição com os votos gerados pelo plano real?
As braçadas vigorosas do governdor tucano Marconi Perilo nas aguas turvas da Cachoeira, desapareceram na gaveta tendenciosa do mesmíssimo procurador e mergulharam no silêncio conivente da mesmíssima mídia.
Por que será, meu Deus, que nunca existe um escândalo com uma figura importante do PSDB? Será que os indignados subscritores não percebem que quem produz o escândalo (a sensibilização, a indignação das pessoas) não é a gravidade do fato, mas os bombardeios diários, insistentes, prolongados, da própria mídia?
Minhas sinceras desculpas aos entusiasmados subscritores da petição, mas a nossa consciência político-informativa jamais vai permitir entrar nessa onda gerada pelo motor tucano-midiático, que está sempre girando para um lado.
Abraço forte pra todo mundo!
Sebastião Costa
Na rádio ITATIAIA - BHZ/MG já foi dito, comentado por um advogado convidado em programa de grande audiencia, que a imprensa provou ser o PRIMEIRO PODER - pareceu-me alusão obvia às condenações SEM PROVAS do Mentirão, vulgo Mensalão.
ResponderExcluirMas é isto. A #MidiaBandida tudo pode. Certos estao Chavez e Kirchner, que criaram condições e emissoras de radio e tv abertas para ensinar ao povo Cidadania e Democracia, ocupando espaço antes dedicado apenas ao "entretenimento" alienante e de gosto duvidoso que campeia e grassa nas emissoras 'comerciais'...