segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O "choque de indigestão" de Aécio Neves

Por Altamiro Borges

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) publicou hoje um informe publicitário em vários jornais - inclusive na Folha de S.Paulo - desmascarando o badalado "choque de gestão" de Aécio Neves. Segundo a entidade, as finanças do estado estão quebradas e os governos do PSDB maquiam as contas para enganar os mais ingênuos. O tal "choque de gestão" mais parece um "choque de indigestão" e serve apenas como propaganda eleitoreira do cambaleante candidato do PSDB. 

"Em Minas Gerais, o alardeado ajuste de contas e déficit zero, como resultado do 'choque de gestão', política implementada por Aécio Neves e continuada pelo atual governador, Antonio Anastasia, não passa de falácia. O que é divulgado na mídia e nos discursos oficiais não corresponde à realidade da população mineira, que sofre com o descaso do governo e a carência de serviços públicos de qualidade", denúncia o informe. 

Segundo a entidade, o propagandeado superávit de R$ 2,7 bilhões em 2012 foi resultado do maior endividamento do estado. Ele só foi alcançado por que o governo tomou novos empréstimos no valor de R$ 3,8 bilhões. "Na verdade, esse superávit é superficial, porque não foi conseguido pelo aumento da receita própria e, sim, pelo aumento do endividamento do Estado, por meio de operações de crédito". Minas continua sendo o segundo Estado mais endividado do país em relação à Receita Corrente Líquida.

"O governo de Minas escolheu um dos piores caminhos para atingir o equilíbrio financeiro. Fechar as contas a custo de empréstimo não é a melhor saída, porque gera um passivo que terá que ser quitado no futuro, comprometendo o orçamento e as políticas sociais do Estado. Se o objetivo é equilibrar as contas, a alternativa mais sensata é investir na fiscalização e aumentar a receita própria, e não aumentar a dívida do Estado com a aquisição de novos empréstimos", conclui o informe do Sindifisco-MG.

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