Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, estão
previstos atos de protestos em vários cantos do Brasil. Entre outras bandeiras,
as entidades feministas e os movimentos sindicais e populares exigirão medidas
mais efetivas de combate à violência, avanços nas políticas de igualdade de gênero
e maior poder político para as mulheres. Em São Paulo, a manifestação unitária
terá uma caminhada pelo centro da capital. Em outras cidades também ocorrerão
passeatas, atos e debates para marcar esta importante data de luta.
Outra bandeira é a do direito ao aborto. “Para garantir a
saúde integral das mulheres e a autonomia sobre seus corpos, as entidades que organizam
o ato reivindicam que o aborto seja legalizado e incorporado ao SUS, como
medida de redução da mortalidade das mulheres, principalmente das negras e pobres,
as que mais se submetem a métodos inseguros de aborto”. Elas também denunciarão
o uso midiático do corpo das mulheres como objeto de consumo, exigindo a
democratização dos meios de comunicação no país.
A União Brasileira de Mulheres (UBM) também pretende dar realce à participação política. “O principal problema que aflige as mulheres é o
da violência. É inadmissível que 40% das mulheres em algum momento da vida já
tenham sofrido ou estejam sofrendo violência de alguma natureza. Temos a lei
Maria da Penha, uma conquista dos movimentos. Mas para ela sair do papel é preciso
mais mobilização, mais pressão do movimento feminista. E aí entra a questão do
poder político”, explica Mariana Venturini, dirigente da UBM.
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