Por Altamiro Borges
A montadora estadunidense General Motors anunciou ontem a demissão de 596 operários da sua unidade em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Os metalúrgicos dispensados estavam com o contrato de trabalho suspenso (lay-off), recebendo salários, desde agosto de 2012. A GM justificou o corte alegando dificuldades econômicas e a transferência de parte da produção para outras cidades. Com a sua ação criminosa, a multinacional encerra o processo de negociação com o sindicato da categoria.
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à Conlutas, criticou a decisão. “O fato é que não existe motivo para demissões. Os trabalhadores que estão na fábrica têm feito excesso de hora extra, o que confirma que a produção está em alta. Além disso, a GM continua importando veículos da Coreia, Argentina e México. Se esses carros fossem produzidos aqui, o cenário seria bem diferente”. A entidade até apresentou alternativas para a manutenção dos empregos, mas a multinacional foi inflexível.
De fato, a desculpa apresentada pela GM não se sustenta. A exemplo de outras multinacionais do setor, a General Motors aufere altos lucros no país. Parte deles é remetido para a matriz nos EUA, que atravessa grave crise. Como aponta Joel Silveira Leite, especialista no estudo do setor automotivo, o “lucro Brasil” das montadoras é absurdo e elas não têm do que reclamar. O preço dos veículos no país é bem superior ao dos mesmos modelos vendidos em outras nações – em alguns casos, ele é quase do dobro.
Mesmo assim, as multinacionais fazem terrorismo para obter maiores vantagens do governo. Nos últimos anos, várias medidas foram editadas para reduzir o IPI das montadoras e garantir subsídios federais. Estes favores não resultaram na queda do preço dos veículos – tanto que o próprio Senado convocou audiência pública para “esclarecer as razões dos altos preços dos veículos automotores no país e discutir medidas para a solução do problema”. Eles também não garantiram a manutenção do emprego dos 596 operários de São José dos Campos. Um verdadeiro crime!
A montadora estadunidense General Motors anunciou ontem a demissão de 596 operários da sua unidade em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Os metalúrgicos dispensados estavam com o contrato de trabalho suspenso (lay-off), recebendo salários, desde agosto de 2012. A GM justificou o corte alegando dificuldades econômicas e a transferência de parte da produção para outras cidades. Com a sua ação criminosa, a multinacional encerra o processo de negociação com o sindicato da categoria.
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à Conlutas, criticou a decisão. “O fato é que não existe motivo para demissões. Os trabalhadores que estão na fábrica têm feito excesso de hora extra, o que confirma que a produção está em alta. Além disso, a GM continua importando veículos da Coreia, Argentina e México. Se esses carros fossem produzidos aqui, o cenário seria bem diferente”. A entidade até apresentou alternativas para a manutenção dos empregos, mas a multinacional foi inflexível.
De fato, a desculpa apresentada pela GM não se sustenta. A exemplo de outras multinacionais do setor, a General Motors aufere altos lucros no país. Parte deles é remetido para a matriz nos EUA, que atravessa grave crise. Como aponta Joel Silveira Leite, especialista no estudo do setor automotivo, o “lucro Brasil” das montadoras é absurdo e elas não têm do que reclamar. O preço dos veículos no país é bem superior ao dos mesmos modelos vendidos em outras nações – em alguns casos, ele é quase do dobro.
Mesmo assim, as multinacionais fazem terrorismo para obter maiores vantagens do governo. Nos últimos anos, várias medidas foram editadas para reduzir o IPI das montadoras e garantir subsídios federais. Estes favores não resultaram na queda do preço dos veículos – tanto que o próprio Senado convocou audiência pública para “esclarecer as razões dos altos preços dos veículos automotores no país e discutir medidas para a solução do problema”. Eles também não garantiram a manutenção do emprego dos 596 operários de São José dos Campos. Um verdadeiro crime!
Que o Governo brasileiro pare de fazer o jogo das multinacionais bandoleiras. Ao Congresso Nacional urge tomar providencias que possibilitem proteger os direitos do trabalhador brasileiro!
ResponderExcluirMas não dizem que carro é insustentável, que é um meio de transporte elitizado, que as montadoras exploram os trabalhadores, que o setor automotivo é responsável por uma séria de mazelas sociais e ambientais?
ResponderExcluirNada melhor do que fechar a GM e as outras tambem...
Deveriam estar contentes.
deixaram ela trazer um monte de modelos de fora.................
ResponderExcluiré nisso que dá não termos uma fábrica de veículos nacional.
emerson57