Por Altamiro Borges
De janeiro a abril deste ano, 8,92 milhões de brasileiros saíram da lista de inadimplentes da Serasa Experian, empresa que monitora a evolução dos pagamentos de empréstimos e financiamentos. Na comparação com o mesmo período de 2012, houve uma melhora de 6,4% neste cadastro. Além da queda da inadimplência, também caiu o contingente de pessoas que entraram para esta lista macabra. Este balanço positivo, porém, não foi manchete dos jornalões e nem mereceu comentários na tevê dos tais "analistas de mercado" - nome fictício dos porta-vozes dos agiotas financeiros.
No final do ano passado, a mídia rentista fez o maior escândalo com o aumento da inadimplência no país. O Brasil parecia próximo do calote das dívidas, com a quebradeira de bancos e empresas. Alguns urubólogos afirmaram que o país se aproximava da situação de caos financeiro dos EUA e da Europa. O objetivo desta campanha terrorista era bombardear a política econômica do governo Dilma de redução das taxas de juros e de aumento do crédito. Agora, na sua seletividade, a mídia dos banqueiros esconde a queda do número de inadimplentes. Por motivos políticos e econômicos, ela só dá destaque ao que lhe interessa.
Como disse em meu pequeno blog, essa é a síndrome de Ricúpero invertida: o que é bom a gente esconde, o que é ruim a gente fatura. Assim atua a mídia brasileira, fazendo o papel de oposição conservadora.
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