Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:
O Fórum pela Paz na Colômbia trouxe centenas de militantes de toda a América Latina a Porto Alegre no último final de semana. De sexta a domingo, quinze encontros debateram alternativas para a Colômbia que façam cessar o conflito armado entre governo e FARC e que combinem a almejada paz com justiça social e democracia, elementos que, segundo os participantes, estão há décadas ausentes daquele país, onde grupos paramilitares controlam a política e mantêm níveis absurdos de desigualdade social.
O encontro fez de Porto Alegre, por três dias, um espaço internacional de diálogo e de reflexão. Centenas estiveram aqui por inteiro, outros tantos milhares voltaram os olhos para a capital gaúcha. As negociações entre governo e FARC, transcorrendo neste momento em Havana, Cuba, receberam de Porto Alegre uma resposta de brasileiros, argentinos, uruguaios, venezuelanos, colombianos e de outros tantos ativistas de outros países: a Colômbia precisa mudar, por ela e pelo futuro da América Latina.
Tudo isso, os qualificados debates, as respostas apresentadas e as novas perguntas, a intensa chegada de latino-americanos de todos os cantos a Porto Alegre, tudo isso foi ignorado pelo setor dominante da mídia e por boa parte da mídia alternativa. Dentre veículos brasileiros, apenas Jornalismo B e Sul 21 fizeram coberturas do Fórum. No resto, um triste silêncio, às vezes interessado mesmo em silenciar, outras vezes apenas um silêncio de afastamento editorial em relação à disputa política estrutural travada hoje na América Latina, da qual a questão colombiana é um ponto fundamental.
A velha mídia oligárquica defende seus pares na Colômbia. Seu silêncio sobre o encontro, idealizado pela organização de oposição Marcha Patriótica, é sintomático da defesa do neoliberalismo como tática de enfrentamento ao progressismo que se espalhou pela América Latina. A paz de Álvaro Uribe, Juan Manoel Santos e dos paramilitares, a paz do silêncio, dos cemitérios, não é a mesma paz que desejam os movimentos sociais, paz com justiça social. A paz dos cemitérios sempre foi a preferida da mídia colonizada.
Leia abaixo a cobertura completa do Jornalismo B no Fórum pela Paz na Colômbia:
Fórum pela Paz na Colômbia – Mesa “Justiça Social” pergunta: que paz queremos?
Fórum pela Paz na Colômbia – Mesa “Democracia” aponta capitalismo e paramilitarismo como empecilhos para a paz
Fórum pela Paz na Colômbia – Abertura oficial traz movimentos sociais de toda América Latina
Fórum pela Paz na Colômbia – debate sobre Educação defende ensino popular
Fórum pela Paz na Colômbia – Mesa “Juventude pela Paz” propõe Rede Estudantil pela Paz na Colômbia
Fórum pela Paz na Colômbia – mesa sobre Direitos Humanos pede paz com justiça
Fórum pela Paz na Colômbia – Tarde de sábado tem participação de Piedad Córdoba e guerrilheiros
Fórum pela Paz na Colômbia – Vídeos de algumas falas
E a cobertura do Sul 21:
Em busca de paz duradoura, Porto Alegre sedia debates sobre a Colômbia
Desde Havana, membros das FARC pedem por acordo de paz na Colômbia
Na despedida, Fórum reclama cooperação para cessar-fogo na Colômbia
O encontro fez de Porto Alegre, por três dias, um espaço internacional de diálogo e de reflexão. Centenas estiveram aqui por inteiro, outros tantos milhares voltaram os olhos para a capital gaúcha. As negociações entre governo e FARC, transcorrendo neste momento em Havana, Cuba, receberam de Porto Alegre uma resposta de brasileiros, argentinos, uruguaios, venezuelanos, colombianos e de outros tantos ativistas de outros países: a Colômbia precisa mudar, por ela e pelo futuro da América Latina.
Tudo isso, os qualificados debates, as respostas apresentadas e as novas perguntas, a intensa chegada de latino-americanos de todos os cantos a Porto Alegre, tudo isso foi ignorado pelo setor dominante da mídia e por boa parte da mídia alternativa. Dentre veículos brasileiros, apenas Jornalismo B e Sul 21 fizeram coberturas do Fórum. No resto, um triste silêncio, às vezes interessado mesmo em silenciar, outras vezes apenas um silêncio de afastamento editorial em relação à disputa política estrutural travada hoje na América Latina, da qual a questão colombiana é um ponto fundamental.
A velha mídia oligárquica defende seus pares na Colômbia. Seu silêncio sobre o encontro, idealizado pela organização de oposição Marcha Patriótica, é sintomático da defesa do neoliberalismo como tática de enfrentamento ao progressismo que se espalhou pela América Latina. A paz de Álvaro Uribe, Juan Manoel Santos e dos paramilitares, a paz do silêncio, dos cemitérios, não é a mesma paz que desejam os movimentos sociais, paz com justiça social. A paz dos cemitérios sempre foi a preferida da mídia colonizada.
Leia abaixo a cobertura completa do Jornalismo B no Fórum pela Paz na Colômbia:
Fórum pela Paz na Colômbia – Mesa “Justiça Social” pergunta: que paz queremos?
Fórum pela Paz na Colômbia – Mesa “Democracia” aponta capitalismo e paramilitarismo como empecilhos para a paz
Fórum pela Paz na Colômbia – Abertura oficial traz movimentos sociais de toda América Latina
Fórum pela Paz na Colômbia – debate sobre Educação defende ensino popular
Fórum pela Paz na Colômbia – Mesa “Juventude pela Paz” propõe Rede Estudantil pela Paz na Colômbia
Fórum pela Paz na Colômbia – mesa sobre Direitos Humanos pede paz com justiça
Fórum pela Paz na Colômbia – Tarde de sábado tem participação de Piedad Córdoba e guerrilheiros
Fórum pela Paz na Colômbia – Vídeos de algumas falas
E a cobertura do Sul 21:
Em busca de paz duradoura, Porto Alegre sedia debates sobre a Colômbia
Desde Havana, membros das FARC pedem por acordo de paz na Colômbia
Na despedida, Fórum reclama cooperação para cessar-fogo na Colômbia
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