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As manchetes dos dois jornalões paulistas nesta quarta-feira (19) sinalizam uma nova flexão dos barões da mídia, famosos pelo seu histórico golpista. Folha: “Ato em SP tem ataque à prefeitura, saque e vandalismo; PM tarda a agir”. Estadão: “Manifestantes tentam invadir Prefeitura; SP tem noite de caos”. Na prática, eles exigem o retorno dos soldados da tropa de choque às ruas, com suas balas de borracha, bombas de gás e a costumeira truculência. Parecem querer um ou vários cadáveres para exigir algo mais!
Há duas semanas, no início dos protestos liderados pelo Movimento Passe Livre (MPL), a velha imprensa fez o discurso da Velha República. Ela tratou as mobilizações sociais como “caso de polícia” e rotulou os jovens manifestantes de vândalos e terroristas. Na fatídica quinta-feira (13), os editoriais da Folha e do Estadão exigiram sangue da PM. O governador tucano Geraldo Alckmin atendeu às ordens midiáticas e a polícia esbanjou violência, em cenas que relembraram as caçadas nas ruas da época da ditadura militar.
A reação da sociedade foi imediata. A truculência policial serviu de estopim para manifestações de repúdio em todo o país. A mídia e a repressão foram derrotadas. Alckmin foi obrigado a recuar, “liberando o vinagre” e retirando a tropa de choque das ruas. Os protestos cresceram e tornaram-se ainda mais difusos – e confusos. Os jornalões e as tevês, que antes babavam ódio contra os manifestantes, mudaram o tom da cobertura. Viram uma oportunidade de instrumentalizar o movimento e passaram a apoiá-lo.
Agora, porém, os barões da mídia – sempre tão versáteis nas suas manobras táticas – fazem nova flexão. Exigem a volta da repressão. Tentam vender a imagem de que o país caminha para o “caos” e que a “PM tarda a agir”. Responsabilizam Haddad e Dilma pela situação e voltam a acionar Geraldo Alckmin. Cabe às forças políticas mais consequentes a mesma agilidade tática para evitar que um movimento legítimo vire massa de manobra dos golpistas. O momento exige respostas rápidas – principalmente do prefeito Fernando Haddad – e muita lucidez dos setores que não querem uma volta ao passado tenebroso!
se esperar por manobra rápida do Haddad tamo ferrado, ele parece meio lento e não está entendo a dimensão da coisa, alguém tem que avisar o cara!
ResponderExcluirMuito importante esta constatação: a mídia passou a apoiar e estimular o movimento (limitando-se a criticar a minoria "vândala" e as bandeiras de partidos), ao mesmo tempo em que omite as reivindicações dos manifestantes (divulgando apenas aquelas que interessam a direita). É necessário alertar a população para não ser manipulada pela mídia e intensificar as lutas pela Democratização dos Meios de Comunicação no Brasil!!!
ResponderExcluirBoas lutas!
Pedro, estudante de História-UFSM
INOCENTES ÚTEIS?
ResponderExcluirO Movimento Passe Livre (MPL) é um movimento social brasileiro que defende a adoção da tarifa zero para transporte coletivo. O Movimento foi fundado em uma plenária no Fórum Social Mundial em 2005, em Porto Alegre (RS), e seus princípios na época eram independência, apartidarismo, horizontalidade e decisões por consenso.
No início de 2011 aumentos nos preços das passagens do transporte coletivo provocaram imensas manifestações em todo o Brasil, principalmente em São Paulo, onde a luta contra o aumento reuniu semanalmente, durante 3 meses, cerca de 2 mil estudantes nas ruas do Centro. Algum dos leitores lembra-se disso?
Certamente não, pois essas manifestações não tiveram respaldo nos meios de comunicação, que ignoraram os protestos, deixando de noticiar os acontecimentos, fato que deixou o Movimento sem rumo. Ressalte-se que em 2011 a cidade de São Paulo era governada por Gilberto Kassab, na ocasião alinhado com o governo do Estado, há anos comandado pelo PSDB. Agora que a cidade está sendo recém-dirigida por Fernando Haddad, do PT, a cobertura da imprensa está sendo intensa, o que contribui para a superexposição do Movimento. Será mera coincidência pelo fato do atual governante ser integrante de um partido que não é o queridinho dos grandes meios de comunicação?
A articulação nacional do Movimento é feita através de GTNs (Grupos de Trabalho Nacional), onde o Movimento organiza ações conjuntas, impressos nacionais (como o jornal nacional) e o Encontro Nacional do Movimento Passe Livre (ENMPL). No último ENMPL foi decidido como indicativo a criação de GTs de comunicação, organização e apoio jurídico. Logicamente, tudo isso custa dinheiro, e ainda não está clara a fonte de financiamento do Movimento que, presume-se, venha de partidos políticos, ou pessoas a eles ligadas.
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Na noite de ontem, às 19h21hs, um grupo pichou as paredes da Prefeitura, quebrou vidraças e rasgou as bandeiras do Estado e da cidade. Boa parte era de Black Blocks, punks com roupas pretas e rostos cobertos por máscaras e lenços. Tentaram também atear fogo na bandeira de São Paulo (fonte: jornal O Estado de São Paulo).
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Black Block é o nome dado a uma estratégia internacional de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de negro se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalismo, conferências de representacionistas, entre outras ocasiões, utilizando a propaganda pela ação para questionar o sistema vigente.
As roupas e máscaras negras que dão nome à estratégia são usadas para dificultar ou mesmo impedir qualquer tipo de identificação pelas autoridades, e também com a finalidade de parecer uma única massa imensa, promovendo solidariedade entre seus participantes e criando uma clara presença revolucionária.
Os Black Blocks se diferenciam de outros grupos anti-capitalistas por rotineiramente se utilizarem da destruição da propriedade para trazer atenção para sua oposição contra corporações multinacionais. Um exemplo desta atividade foi, no exterior, a destruição das fachadas de lojas e escritórios como McDonald's, Starbucks, Fidelity Investments, entre outros. Ontem, em São Paulo, além do prédio da prefeitura e de um caminhão-link da TV Record, os alvos foram estabelecimentos na tradicional Rua Direita, onde lojas do Magazine Luiza, da Claro e de todos os demais comércios locais, além de agências bancárias, foram totalmente depredados e saqueados.
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Pois é... parece que o MPL-Movimento Passe Livre ‘perdeu a mão’ das manifestações, ao menos na cidade de São Paulo, onde deu espaço aos vândalos do Black Bocks. Cabe agora aos seus representantes darem as explicações para esse fato, e reassumirem o comando das passeatas que, enquanto forem pacíficas, serão de extrema utilidade para a nossa democracia. Devem deixar de ser ‘inocentes úteis’ para fins escusos.
Enquanto isso, Zero Hora e Diário Catarinense (ambos da Rede Globo) aproveitam dos protestos para atacar Dilma:
ResponderExcluir"popularidade do governo Dilma cai para 55%" está na capa em destaque do site de ambos jornais.
A ler a primeira vista, parece que caiu 55%, mas na verdade caiu 8% (de 63% para 55%)
Jornal "comemora" extrapolando dados e informação como sempre.
ResponderExcluir"NUMDISSE?!" As mãos [sórdidas e] "invisíveis" da DIREITONA [eterna] OPOSIÇÃO AO BRASIL desesperadas pelo desfecho do MENTIRÃO, acenam para o golpe, tentando - covarde e irresponsavelmente - macular a imagem do país no exterior, apostando no fracasso da Copa do Mundo, imaginando que o PIBinho tem que ser forjado "a qualquer custo"!... Patifes e capadócios golpistas/terroristas de meia tigela!...
AVISO AOS GOLPISTAS: a Síria não é aqui! Nem tampouco o Egito! Nem o Iraque!...Aqui ainda é a República de 'Nois' Bananas!...
UMA IMAGEM:
PARA OS DE BOA-FÉ E QUE, AINDA, ENXERGAM ALGUM TRAÇO DE ESPONTANEIDADE E CIVISMO nesses *"manifestamentes protestantementes protestos(!)", lembrando o saudoso Odorico Paraguaçu - bom político - e militante (sic) - aquele!...
A IMAGEM FASCISTA: Torcedores desesperados com confusão são ajudados por policiais em Fortaleza
http://copadomundo.uol.com.br/album/2013/06/19/protestos-em-fortaleza-antes-de-brasil-x-mexico.htm?abrefoto=60
República de 'Nois' Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
Por um triz
ResponderExcluirFalta uma infelicidade qualquer para que algum desses atos públicos nas capitais se transforme em tragédia. Alguém tropeça, puxando outros consigo, durante uma correria. Um bate-boca leva ao pugilato e a trocas de facadas ou garrafadas. Um bandido infiltrado, civil ou militar, aproveita qualquer tumulto para dar um tiro na direção da turba. Um tijolo despenca do décimo andar de um prédio. Uma bomba explode no lugar errado.
E assim, de repente, surge o primeiro cadáver dos protestos.
O simples fato de tudo estar tão sujeito ao acaso e à boa-vontade das gentes já é sintoma de perigosa fragilidade. Se considerarmos o caos probabilístico gerado por um fenômeno em que dezenas de milhares de pessoas se espremem pelas ruas da metrópole, concluímos que os anjos das passeatas vêm trabalhando como nunca. É quase absurdo que não tenha ocorrido alguma ocorrência fatal, especialmente porque as chances se multiplicam na repetição diária dos atos.
Talvez eu esteja apenas sendo pessimista, mas na base de toda medida preventiva existe uma dose de fatalismo. Depois de acontecer o pior, será inútil discutir se houve uma coincidência idiota ou a ação de malfeitores oportunistas. Não podemos menosprezar a possibilidade de que alguém esteja ansioso para que a violência fuja ao controle da imensa maioria pacifista. É necessário, portanto, que os organizadores dos protestos passem a trabalhar com esse risco de forma responsável.
http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com.br/
Cadê a Telesur brasileira, para que o golpe não seja televisionado?
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