Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Caro jovem interessado em jornalismo:
Você deve ter ouvido vaticínios terríveis sobre o futuro do jornalismo. E isso pode estar fazendo você desistir de ser jornalista.
Pois eu digo. Pense duas vezes.
O jornalismo não está acabando. Ele está, na verdade, passando por uma formidável transformação – para melhor.
O que vai chegando ao fim é a era do jornalismo em que o jornalista é um mero apêndice para os donos das corporações.
Alguns chamam isso de jornalismo corporativo.
Nele, o jornalismo é pago para defender as ideias dos donos e não para ajudar o mundo a se tornar melhor.
Você pode ganhar um salário bom, mas a frustração é enorme. Você rapidamente aprende que os interesses dos donos são prioritários.
Na era da internet, com a democratização da informação, o caráter nocivo das grandes empresas de jornalismo ficou estampado.
Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Os grandes jornais americanos, por exemplo, deram apoio a Bush na criminosa invasão do Iraque.
Na Inglaterra, a sociedade se deu conta de que os jornais faziam barbaridades não para defender o interesse público, mas para vender mais e ampliar seus lucros.
Os ingleses acordaram depois que veio à luz a informação de que um tabloide de Murdoch invadira a caixa postal de uma garota sequestrada – e assassinada — em busca de furos.
A internet, ao atropelar a mídia tradicional, está destruindo este tipo de jornalismo, e não o jornalismo em si.
É um jornalismo em que, para fazer carreira, você tem que ser papista e obedecer cegamente ao papa, o dono.
Papista, para que você saiba, foi uma expressão usada por um jornalista chamado Evandro para ser contratado como diretor do Globo por Roberto Marinho.
“Sou papista”, avisou ele. Deu certo.
Vai surgir um jornalismo muito mais próximo dos sonhos dos jovens que sonham mudar o mundo.
O crescimento das empresas de jornalismo, nas últimas décadas, tornou-as maiores – e piores. Razões econômicas e financeiras se impuseram sobre as razões editoriais.
É isso que muda agora.
O jornalismo digital é mais puro. Não o feito pelas empresas tradicionais, que carregam para ele seus vícios.
Mas o que nasce na própria internet.
Os jornalistas, na mídia digital, retomam a voz que tiveram um dia e que foram perdendo à medida que os negócios passaram a ser prioritários para as companhias jornalísticas.
E a remuneração, e a carreira?
A internet vai encontrando novos caminhos para isso, longe das corporações que se desintegram.
Um deles é o crowdfunding, em que uma comunidade banca um site ou um jornalista por entender que é bom que o conteúdo produzido é relevante.
Um dos melhores jornalistas do mundo nestes dias – o americano Glenn Greenwald, que aliás milita na internet – faz crowdfunding.
É um caso entre vários.
No jornalismo digital, o jornalista vai poder fazer diferença. Não vai ter que escrever o que o papa quer.
A velha carreira vai chegando ao fim. Mas ela foi ficando cada vez pior, e é difícil lamentar seu término inglório.
É frustrante o papel de papista a não ser que você seja um cínico interessado apenas em acumular moedas e se agarrar a um prestígio precário.
A nova era devolve o jornalista ao papel de protagonista.
Por isso, deve ser saudada entusiasmadamente.
Você deve ter ouvido vaticínios terríveis sobre o futuro do jornalismo. E isso pode estar fazendo você desistir de ser jornalista.
Pois eu digo. Pense duas vezes.
O jornalismo não está acabando. Ele está, na verdade, passando por uma formidável transformação – para melhor.
O que vai chegando ao fim é a era do jornalismo em que o jornalista é um mero apêndice para os donos das corporações.
Alguns chamam isso de jornalismo corporativo.
Nele, o jornalismo é pago para defender as ideias dos donos e não para ajudar o mundo a se tornar melhor.
Você pode ganhar um salário bom, mas a frustração é enorme. Você rapidamente aprende que os interesses dos donos são prioritários.
Na era da internet, com a democratização da informação, o caráter nocivo das grandes empresas de jornalismo ficou estampado.
Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Os grandes jornais americanos, por exemplo, deram apoio a Bush na criminosa invasão do Iraque.
Na Inglaterra, a sociedade se deu conta de que os jornais faziam barbaridades não para defender o interesse público, mas para vender mais e ampliar seus lucros.
Os ingleses acordaram depois que veio à luz a informação de que um tabloide de Murdoch invadira a caixa postal de uma garota sequestrada – e assassinada — em busca de furos.
A internet, ao atropelar a mídia tradicional, está destruindo este tipo de jornalismo, e não o jornalismo em si.
É um jornalismo em que, para fazer carreira, você tem que ser papista e obedecer cegamente ao papa, o dono.
Papista, para que você saiba, foi uma expressão usada por um jornalista chamado Evandro para ser contratado como diretor do Globo por Roberto Marinho.
“Sou papista”, avisou ele. Deu certo.
Vai surgir um jornalismo muito mais próximo dos sonhos dos jovens que sonham mudar o mundo.
O crescimento das empresas de jornalismo, nas últimas décadas, tornou-as maiores – e piores. Razões econômicas e financeiras se impuseram sobre as razões editoriais.
É isso que muda agora.
O jornalismo digital é mais puro. Não o feito pelas empresas tradicionais, que carregam para ele seus vícios.
Mas o que nasce na própria internet.
Os jornalistas, na mídia digital, retomam a voz que tiveram um dia e que foram perdendo à medida que os negócios passaram a ser prioritários para as companhias jornalísticas.
E a remuneração, e a carreira?
A internet vai encontrando novos caminhos para isso, longe das corporações que se desintegram.
Um deles é o crowdfunding, em que uma comunidade banca um site ou um jornalista por entender que é bom que o conteúdo produzido é relevante.
Um dos melhores jornalistas do mundo nestes dias – o americano Glenn Greenwald, que aliás milita na internet – faz crowdfunding.
É um caso entre vários.
No jornalismo digital, o jornalista vai poder fazer diferença. Não vai ter que escrever o que o papa quer.
A velha carreira vai chegando ao fim. Mas ela foi ficando cada vez pior, e é difícil lamentar seu término inglório.
É frustrante o papel de papista a não ser que você seja um cínico interessado apenas em acumular moedas e se agarrar a um prestígio precário.
A nova era devolve o jornalista ao papel de protagonista.
Por isso, deve ser saudada entusiasmadamente.
Porque Dilma quer derrotar o PT nas próximas eleições? Um artigo de José Joaquim.
ResponderExcluirAcho que agora ninguém mais tem dúvidas. Ficou claro que Dilma, Paulo Bernardo e sua “entourage” da chamada base aliada, querem que o PT seja fragorosamente derrotado nas próximas eleições.
E eles fizeram isso na boa: dando ministérios em penca para uma chusma de ladrões e entupindo a mídia adversária e golpista com bilhões e bilhões por ano. E sem mídia aliada, sem política de comunicação social, ninguém pode esperar ter apoio popular. Só com a Voz do Brasil e 10 segundos de TV por semana dos enfadonhos discursos de nossa presidenta, o que nos resta é só esperar que a derrota pelo menos venha no campo da democracia, sem golpe militar e sem a proibição dos partidos políticos.
A questão é: por que ela faz isso? Porque Dilma quer que o PT perca as eleições e se desgaste cada vez mais? Porque ela não vai na reunião do Partido ? Porque ela quer mostrar que não é o PT? A resposta imediata é: para beneficiar Marina e Aécio. Ou será que Dilma e seu grupo tem algum outro candidato, mais de sua confiança, para nos impor à ultima hora como “salvador da democracia”? Ou ela preferiria que não houvesse eleições e que uma insurreição popular acabasse com seu governo e com o PT, principalmente? Mas por que alguém com o passado dela, faria isso? E em troca do quê?
“Síndrome de Estocolmo” ? Terá ela sofrido de Obama, alguma ameaça pessoal à sua vida ou de seus familiares, como Lula sofreu de George Bush? Ou simplesmente é uma questão política e ela sempre foi assim, preferindo continuar no governo com a direita, inclusive a extrema, e criminalizar o PT?
Afinal o PT, não Lula nem ela, eram ( eu disse eram ) o principal perigo para os interesses do império no Brasil, ao unificar a maior parte das forças de esquerda.
O PT é ( ou era?) o perigo para o império. Não Dilma. Nem Lula. Esses são mortais, são cooptáveis, são convencíveis, pessoas físicas. Que tem interesses, medos e ambições pessoais.
O PT é que precisa ( ou precisava ) ser destruído, por fora e por dentro pelo império através de seus muitos e bem pagos agentes.
Tenho 7 anos de vivência com o jornalismo, seja em cadeiras de universidades públicas ou mesmo no batente de assessorias, redações e, atualmente, editoras. Sou nova nisso, eu sei. Mas durante todos esses anos vivi frustrada com o que há do jornalismo por ai. Cresci profissionalmente com as pessoas me lembrando, mesmo que na surdina, que não existe essa história de função social do jornalismo. Para mim, essa realidade de jornalismo corporativo é que é a desconexa com os fundamentos da ação social, com a contribuição dos indivíduos à sociedade. É por isso que não só nós, mas os demais campos de atuação (médico, por exemplo) tratam suas atividades com desmazelo e indiferença, pois para todos o profissional representa apenas um contrato, não um papel a desempenhar a fim de beneficiar a todos. Espero que essa nova era venha acompanhada de uma conscientização curricular a cerca do jornalismo, com pessoas que se "incluam na sociedade" não que "conquistem vaga", "concorram por cargos".
ResponderExcluirFunção social da empresa.
ResponderExcluirFunção social da profissão.
Ética profissional.
Sociedade feliz