Por Deborah Moreira, no sítio Vermelho:
O Dia Nacional de Lutas mobilizou milhares de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país com atos descentralizados em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Nesta quinta-feira (11), na capital paulista, as centrais reunidas mobilizaram diversas categorias que se unificaram em um grande ato na Avenida Paulista.
Dentre as reivindicações das centrais estão: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o fim do Fator Previdenciário; a valorização dos servidores públicos; a reforma agrária e apoio ao pequeno agricultor; a saúde; a educação; o transporte público de qualidade; a liberdade de manifestação e expressão; moradia digna para todos.
Em São Paulo, o Dia começou já de madrugada com mobilizações nas portas das fábricas. Trabalhadores metalúrgicos, da construção civil, comerciários, dos Correios, motoboys, professores e servidores públicos realizaram atos em diversos pontos do estado. Segundo informações do Sid Metalúrgicos de São Paulo, pelo menos 100 mil trabalhadores da categoria realizaram atos em 37 pontos diferentes.
A partir do meio dia, os trabalhadores se reuniram na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo – Masp, onde os dirigentes sindicais se revezaram nos discursos em uma grande carro de som.
Para Nivaldo Santana, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esse é um momento histórico na luta dos trabalhadores. “O mais simbólico é a união das centrais sindicais, da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento Sem Terra (MST), e outras entidades em defesa da democracia e dos diretos dos trabalhadores. É uma vitória do movimento social organizado consciente, com pautas definidas e luta reconhecida”, declarou Nivaldo, lembrando que o ato ocorreu dentro da expectativa dos organizadores.
Além das mudanças políticas necessárias, o dirigente ressaltou a importância de fazer pressão sobre o governo para que as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas, incorporando também as demandas que vem das ruas.
As centrais e movimentos sociais unificados prometem realizar novas manifestações, inclusive uma greve geral, caso o governo não atenda efetivamente as reivindicações.
“Se fizermos um ato agora e voltarmos para casa achando que o governo vai atender, não vai adiantar. Nós não devemos sair das ruas, não somente os trabalhadores organizados, mas também toda a sociedade brasileira”, declarou Adi dos Santos Lima, presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), que mobilizou 18 regiões em todo o estado, como Ribeirão Preto, Vale do Paraíba e as cidades do ABC Paulista.
Representantes de diversos partidos políticos participaram da manifestação com suas bandeiras. “Essa é a hora de colocar o Brasil para frente nas questões estruturais, como a reforma política democrática e o melhor atendimento da população nas redes de saúde, educação e transporte público. Essas bandeiras fazem parte da luta dos trabalhadores, por isso, permanece sendo uma pauta muito atual”, frisou Jamil Murad, presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-SP).
Também marcaram presença no ato, a Marcha Mundial das Mulheres, a União Brasileira de Mulheres (UBM),a Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o Movimento Pelo Direito à Moradia (MDM), a Unegro, entre outras entidades do movimento social.
Gênero
O Movimento de mulheres também esteve presente no ato, lembrando que os pontos de reivindicação definidos pelas centrais devem ser transversais à questão de gênero. “As mulheres trabalhadoras sempre defenderam que a agenda dos movimentos sindical deve ser transversalizada para questão de gênero. Como a redução da jornada, que influi diretamente na redução da dupla jornada que a mulher enfrenta, como também o fim do fator previdenciário, que prejudica mais a trabalhadora que ganha menos”, explicou Raimunda Gomes, Doquinha, secretária Nacional da mulher da CTB.
Ela também lembrou que a defesa dos 10 % do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação e a Saúde impactam diretamente na vida da mulher. “Com mais recursos para a saúde há mais chances de ampliar os programas específicos de saúde para a mulher. Já em relação a educação, mais verba significará um número maior de vagas em creches e escolas”.
Juventude nas ruas
A juventude também marcou presença, representada por movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), a Juventude do PT, o Levante popular da Juventude, a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). “A UEE-SP vai estar nas ruas juntos com a juventude para impulsionar as mudanças que a gente precisa”, declarou Carina Vitral, presidenta da UEE-SP.
Virginia Barros, presidenta da UNE, falou da importância da integração da pauta dos trabalhadores com a pauta da juventude. “É um dia histórico, por que juntos, trabalhadores e estudantes, estão nas ruas para reivindicar mudanças progressistas para o Brasil. Entre as diversas pautas que nos unifica, cito como centrais a defesa do trabalho descente, a defesa da reforma política, que acabe com o financiamento privado de campanha, e a defesa dos 10 % do PIB para a Educação”, destacou Vic, como é conhecida.
Para ela, a mobilização desta quinta-feira demonstra que a juventude e o povo brasileiro estão nas ruas por que querem mudanças. “Nunca saímos das ruas. E vamos seguir neles. É na sala de aula que aprendemos e é nas ruas que os estudantes ensinam”, finalizou a dirigente estudantil.
* Colaborou Joanne Mota
O Dia Nacional de Lutas mobilizou milhares de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país com atos descentralizados em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Nesta quinta-feira (11), na capital paulista, as centrais reunidas mobilizaram diversas categorias que se unificaram em um grande ato na Avenida Paulista.
Dentre as reivindicações das centrais estão: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o fim do Fator Previdenciário; a valorização dos servidores públicos; a reforma agrária e apoio ao pequeno agricultor; a saúde; a educação; o transporte público de qualidade; a liberdade de manifestação e expressão; moradia digna para todos.
Em São Paulo, o Dia começou já de madrugada com mobilizações nas portas das fábricas. Trabalhadores metalúrgicos, da construção civil, comerciários, dos Correios, motoboys, professores e servidores públicos realizaram atos em diversos pontos do estado. Segundo informações do Sid Metalúrgicos de São Paulo, pelo menos 100 mil trabalhadores da categoria realizaram atos em 37 pontos diferentes.
A partir do meio dia, os trabalhadores se reuniram na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo – Masp, onde os dirigentes sindicais se revezaram nos discursos em uma grande carro de som.
Para Nivaldo Santana, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esse é um momento histórico na luta dos trabalhadores. “O mais simbólico é a união das centrais sindicais, da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento Sem Terra (MST), e outras entidades em defesa da democracia e dos diretos dos trabalhadores. É uma vitória do movimento social organizado consciente, com pautas definidas e luta reconhecida”, declarou Nivaldo, lembrando que o ato ocorreu dentro da expectativa dos organizadores.
Além das mudanças políticas necessárias, o dirigente ressaltou a importância de fazer pressão sobre o governo para que as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas, incorporando também as demandas que vem das ruas.
As centrais e movimentos sociais unificados prometem realizar novas manifestações, inclusive uma greve geral, caso o governo não atenda efetivamente as reivindicações.
“Se fizermos um ato agora e voltarmos para casa achando que o governo vai atender, não vai adiantar. Nós não devemos sair das ruas, não somente os trabalhadores organizados, mas também toda a sociedade brasileira”, declarou Adi dos Santos Lima, presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), que mobilizou 18 regiões em todo o estado, como Ribeirão Preto, Vale do Paraíba e as cidades do ABC Paulista.
Representantes de diversos partidos políticos participaram da manifestação com suas bandeiras. “Essa é a hora de colocar o Brasil para frente nas questões estruturais, como a reforma política democrática e o melhor atendimento da população nas redes de saúde, educação e transporte público. Essas bandeiras fazem parte da luta dos trabalhadores, por isso, permanece sendo uma pauta muito atual”, frisou Jamil Murad, presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-SP).
Também marcaram presença no ato, a Marcha Mundial das Mulheres, a União Brasileira de Mulheres (UBM),a Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o Movimento Pelo Direito à Moradia (MDM), a Unegro, entre outras entidades do movimento social.
Gênero
O Movimento de mulheres também esteve presente no ato, lembrando que os pontos de reivindicação definidos pelas centrais devem ser transversais à questão de gênero. “As mulheres trabalhadoras sempre defenderam que a agenda dos movimentos sindical deve ser transversalizada para questão de gênero. Como a redução da jornada, que influi diretamente na redução da dupla jornada que a mulher enfrenta, como também o fim do fator previdenciário, que prejudica mais a trabalhadora que ganha menos”, explicou Raimunda Gomes, Doquinha, secretária Nacional da mulher da CTB.
Ela também lembrou que a defesa dos 10 % do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação e a Saúde impactam diretamente na vida da mulher. “Com mais recursos para a saúde há mais chances de ampliar os programas específicos de saúde para a mulher. Já em relação a educação, mais verba significará um número maior de vagas em creches e escolas”.
Juventude nas ruas
A juventude também marcou presença, representada por movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), a Juventude do PT, o Levante popular da Juventude, a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). “A UEE-SP vai estar nas ruas juntos com a juventude para impulsionar as mudanças que a gente precisa”, declarou Carina Vitral, presidenta da UEE-SP.
Virginia Barros, presidenta da UNE, falou da importância da integração da pauta dos trabalhadores com a pauta da juventude. “É um dia histórico, por que juntos, trabalhadores e estudantes, estão nas ruas para reivindicar mudanças progressistas para o Brasil. Entre as diversas pautas que nos unifica, cito como centrais a defesa do trabalho descente, a defesa da reforma política, que acabe com o financiamento privado de campanha, e a defesa dos 10 % do PIB para a Educação”, destacou Vic, como é conhecida.
Para ela, a mobilização desta quinta-feira demonstra que a juventude e o povo brasileiro estão nas ruas por que querem mudanças. “Nunca saímos das ruas. E vamos seguir neles. É na sala de aula que aprendemos e é nas ruas que os estudantes ensinam”, finalizou a dirigente estudantil.
* Colaborou Joanne Mota
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