Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, entrou em férias com um grilo na cuca. Alcançou 15% das intenções de voto para presidente da República. Sem gastar um só centavo, bastou, para ele, soltar o verbo. Foi ele o maior beneficiado com a queda das intenções de voto na presidenta Dilma Rousseff. Marina Silva herdou menos votos, embora se tenha mantido na segunda posição, em alternância com o tucano Aécio Neves. Dilma ainda mantém uma boa distância de Marina. Esta, engalfinhada na tarefa de construir um partido, beneficia-se da memória do eleitor. Em 2010, conseguiu quase 20 milhões de votos no primeiro turno.
Joaquim e Marina são as duas incógnitas da pesquisa do Datafolha, feita no calor da hora das manifestações de rua. Um movimento cujo lema assim pode ser resumido: contra tudo e contra todos. É mais ou menos, também, a expressão substancial do discurso de Marina e Joaquim.
Pesquisa, como se sabe, retrata o momento em que é feita. E o retrato revelado pode ser fugaz. Isso ocorre principalmente quando, como agora, a velocidade das transformações e a inexistência de um fator determinante formam a moldura do cenário de um movimento surpreendente e, essencialmente, restrito aos centros urbanos, dominado em números por militantes da classe média. De certa forma, tornou-se uma anomalia no processo político-eleitoral. Os resultados da pesquisa sustentam isso.
Os votos saídos de Dilma se esparramaram. Aécio Neves herdou um pouco e mesmo o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) levou algum. Votos em branco, nulos ou em nenhum dos nomes apresentados cresceram. Enfim, os votos não migraram para um adversário mais definido em oposição a Dilma.
Joaquim Barbosa deixa o próprio nome circular, fingindo que não deixa. Mas, após o recesso do Judiciário, a partir de 2 de agosto, terá pouco tempo para decidir. Mesmo sem chances de ser bem-sucedido ele prega a inclusão de candidatura avulsa no processo. O calendário eleitoral é rigoroso para ele e, muito mais, para Marina Silva.
“A exiguidade temporal anda em desfavor da criação dos novos partidos”, alerta o advogado Erick Wilson Pereira, mestre em Direito Constitucional pela PUC-SP e especialista em legislação eleitoral. Em 2012 publicou Manual das Eleições (Ed. Baobá).
“Sem falar nas etapas cartorárias, dificilmente haverá agilidade suficiente para o deferimento do registro de criação do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral em 60 dias. E, se mesmo assim houver boa vontade e prioridade no julgamento desse processo que cria o partido capitaneado por Marina Silva, este terá de ocorrer até o dia 4 de outubro, sob pena de prejudicar a migração dos interessados sem perda do respectivo mandato eletivo”, ele afirma.
Marina Silva e Joaquim Barbosa parecem duas cartas fora do baralho.
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, entrou em férias com um grilo na cuca. Alcançou 15% das intenções de voto para presidente da República. Sem gastar um só centavo, bastou, para ele, soltar o verbo. Foi ele o maior beneficiado com a queda das intenções de voto na presidenta Dilma Rousseff. Marina Silva herdou menos votos, embora se tenha mantido na segunda posição, em alternância com o tucano Aécio Neves. Dilma ainda mantém uma boa distância de Marina. Esta, engalfinhada na tarefa de construir um partido, beneficia-se da memória do eleitor. Em 2010, conseguiu quase 20 milhões de votos no primeiro turno.
Joaquim e Marina são as duas incógnitas da pesquisa do Datafolha, feita no calor da hora das manifestações de rua. Um movimento cujo lema assim pode ser resumido: contra tudo e contra todos. É mais ou menos, também, a expressão substancial do discurso de Marina e Joaquim.
Pesquisa, como se sabe, retrata o momento em que é feita. E o retrato revelado pode ser fugaz. Isso ocorre principalmente quando, como agora, a velocidade das transformações e a inexistência de um fator determinante formam a moldura do cenário de um movimento surpreendente e, essencialmente, restrito aos centros urbanos, dominado em números por militantes da classe média. De certa forma, tornou-se uma anomalia no processo político-eleitoral. Os resultados da pesquisa sustentam isso.
Os votos saídos de Dilma se esparramaram. Aécio Neves herdou um pouco e mesmo o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) levou algum. Votos em branco, nulos ou em nenhum dos nomes apresentados cresceram. Enfim, os votos não migraram para um adversário mais definido em oposição a Dilma.
Joaquim Barbosa deixa o próprio nome circular, fingindo que não deixa. Mas, após o recesso do Judiciário, a partir de 2 de agosto, terá pouco tempo para decidir. Mesmo sem chances de ser bem-sucedido ele prega a inclusão de candidatura avulsa no processo. O calendário eleitoral é rigoroso para ele e, muito mais, para Marina Silva.
“A exiguidade temporal anda em desfavor da criação dos novos partidos”, alerta o advogado Erick Wilson Pereira, mestre em Direito Constitucional pela PUC-SP e especialista em legislação eleitoral. Em 2012 publicou Manual das Eleições (Ed. Baobá).
“Sem falar nas etapas cartorárias, dificilmente haverá agilidade suficiente para o deferimento do registro de criação do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral em 60 dias. E, se mesmo assim houver boa vontade e prioridade no julgamento desse processo que cria o partido capitaneado por Marina Silva, este terá de ocorrer até o dia 4 de outubro, sob pena de prejudicar a migração dos interessados sem perda do respectivo mandato eletivo”, ele afirma.
Marina Silva e Joaquim Barbosa parecem duas cartas fora do baralho.
A ponte do tucano Alckmin caiu...e matou 4
ResponderExcluirNa segunda (1º), caiu um dos pilares de sustentação de concreto da ponte que está sendo construída sobre o rio Piracicaba , em Piracicaba (São Paulo) que faz parte do anel viário da cidade . Dez funcionários da obra e um guindaste caíram no rio, 4 morreram e um continua desaparecido.
Este foi o segundo acidente na obra desde maio, quando dois funcionários ficaram feridos e pendurados a 15 metros do chão após o rompimento de um cabo de sustentação.
A imprensa noticiou o caso em letras miúdas, sem dar destaque que, a obra é governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) . A Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp),não deu nenhuma declaração sobre o acidente. Bombeiros e a Policia Militar que trabalham no local do acidente afirmam que receberam ordens de São Paulo para não dar entrevistas sobre o acidente.
A obra faz parte do contrato de concessão da Rodovias do Tietê e está orçada em R$ 79 milhões.A empresa responsável pelas obras para construção do anel viário de Piracicaba - a Construtura Tardelli - já recebeu 40 autuações e quatro embargos desde setembro do ano passado.
De acordo com o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no estado de São Paulo (SP), Luiz Antonio Medeiros, que passou essa informação em coletiva a imprensa, as multas foram aplicadas entre setembro e o final de junho
Um erro na análise do solo onde está sendo construída a ponte do anel viário de Piracicaba foi apontado como a possível causa do acidente, segundo o laudo preliminar divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba
Ainda de acordo com informações do MPT, em setembro de 2012 foi aberto inquérito contra a construtora responsável pela obra, a Construtora Tardelli, que chegou a ser embargada devido ao risco de soterramento e uso impróprio de andaimes, na ocasião
"O fato não é uma fatalidade. Tudo indica que houve falha na engenharia da empresa, o que é de extrema gravidade. Nossa preocupação agora é apurar quem são os responsáveis pelo acidente. Eles devem pagar e responder criminalmente. Enquanto isso, queremos garantir apoio aos familiares, inclusive, o amparo financeiro", afirma o superintendente Luiz Antonio Medeiros.
Durante a vistoria, Medeiros citou a possibilidade do pedido de um processo que impeça a concessionária Rodovias do Tietê, responsável pelas obras, de continuar o trabalho. "Podemos sugerir, por meio do Ministério, que uma nova licitação seja aberta com foco na contratação de outra empresa para a realização das obras. A tragédia poderia ser ainda maior, caso a pilastra aguentasse até o final do trabalho e despencasse, após liberada, com diversos carros", afirma.
A mesma concessionária responde por obra semelhante na rodovia Régis Bittencourt, que passará por rigorosa vistoria. "Uma empresa que recebe 40 autuações em apenas uma obra deve passar por inspeção. Ainda mais quando é responsável pela construção de pontes em diversos pontos do Brasil. Todos os canteiros serão fiscalizados, mas o trabalho na rodovia Régis Bittencourt terá foco maior por ser muito semelhante ao de Piracicaba".
Enquanto isso, o prefeito de Piracicaba Gabriel Ferrato (PSDB) e o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), não tocam no assunto. A imprensa, aliada dos dois políticos, ajuda no silêncio. Nunca citam os nome dos dois.
A Dilma eu sei quem é!!! E essa tal Marina Silva quem é mesmo???
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