segunda-feira, 22 de julho de 2013

O partidarismo da Folha

Por José Dirceu, em seu blog:

Na reportagem de manchete que fez ontem sobre os ganhos indevidos de R$ 2 bilhões de 2006 a 2012 por parte das concessionárias de rodovias paulistas, a Folha de S.Paulo fez questão de frisar que, na época da alteração que permitiu essa contabilidade, o governador era Claudio Lembo (PSD).

Até aí, tudo normal. O problema é que o tratamento é o oposto do verificado na denúncia de cartel no Metrô de São Paulo, quando o jornal escondeu que o nome de todos os governadores tucanos responsáveis pelas obras. Nesse caso, parece que não havia gestores responsáveis. Puro partidarismo.

Aliás, a reportagem sobre o gravíssimo escândalo no metrô sumiu até mesmo do próprio jornal, reforçando o partidarismo da Folha. Mas o assunto não está morto, como deseja a imprensa de direita. A revista IstoÉ fez reportagem de capa sobre o cartel e trouxe detalhes importantes sobre o caso.

Por que a Folha não identifica nas reportagens sobre o Metrô quem governava e quem eram os secretários responsáveis? A transparência exige que isso seja dito, bem como quem dirigia o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado. De que partidos eram, quem os indicou e qual foi o comportamento do PSDB na Assembleia Legislativa? E qual é a posição de deputados tucanos como Carlos Sampaio e Alberto Goldman, sempre posando de éticos?

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