Toda a polêmica criada nos últimos dias sobre a vinda de médicos cubanos para suprir as carências de assistência à saúde das populações mais pobres do país - ainda temos 701 municípios sem nenhum médico residente - agitou as redes sociais neste final de semana e serviu para revelar como podem ser desumanos e hipócritas os que colocam seus interesses pessoais, profissionais, partidários ou ideológicos acima das necessidades básicas de sobrevivência dos brasileiros que não têm acesso ao SUS, muito menos aos planos de saúde.
É como se fossem dois países chamados Brasil: um, daqueles que têm todos os direitos garantidos e não abre mão dos seus privilégios assegurados pelo Estado desde Cabral (o Pedro Álvares), dispondo de alguns dos melhores hospitais do mundo; outro, o dos que se virem por conta própria com benzedeiras, rezas e curandeiros. Para deixar bem claro: é desumana a campanha não contra a vinda dos médicos cubanos, que chegaram ao Brasil felizes da vida, mas contra os pacientes pobres brasileiros sem assistência.
A ofensiva contra o Mais Médicos criado para trazer profissionais do exterior e instalá-los nas regiões onde os brasileiros se recusam a trabalhar, começou logo após o programa ser lançado pelo governo federal por medida provisória em julho, e ganhou mais força com a chegada dos primeiros profissionais cubanos na semana passada.
Boa parte da classe médica brasileira e suas entidades representativas, numa violenta demonstração de xenofobia e corporativismo, foram às ruas para fazer protestos com narizes de palhaço e ocuparam espaços generosos na mídia para declarar guerra ao governo, mas não apresentaram nenhuma proposta alternativa parar minorar o sofrimento de milhões de brasileiros abandonados à sua própria sorte nas regiões mais remotas do país e nas periferias das grandes cidades.
Em seus argumentos hipócritas (não confundir com o juramento a Hipócrates), mostraram-se preocupados com a formação dos médicos estrangeiros e sua capacidade de atender com qualidade à população, como se o trabalho deles fosse uma maravilha de dedicação e competência em todos os hospitais e postos de saúde públicos.
Preocuparam-se até com os salários de R$ 10 mil pagos aos médicos cubanos, acertados num convênio do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), porque uma parte será repassada ao governo cubano, que os formou, ficando uma parcela de 25% a 40% para os profissionais. Chegaram a classificar esta medida, semelhante à estabelecida pela Opas com outros 58 países, como "trabalho escravo".
"Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo", rebateu o médico cubano Nélson Rodriguez, um dos primeiros 206 profissionais daquele país que desembarcaram sábado no Brasil.
Além da Opas, o programa Mais Médicos recebeu a aprovação da Organização Mundial de Saúde e, segundo as pesquisas mais recentes, é apoiado por 54% da população brasileira(contra 47% no final de junho). Entre quem apontou o PT como seu partido de preferência, este número sobe para 62%. Já entre os que preferem o PSDB, a maioria (49%) respondeu que é contra a importação de médicos, números que podem explicar o Fla-Flu nas redes sociais que é dominado por baixarias de todo tipo.
De outro lado, sete entre nove cartas sobre a polêmica publicadas nesta segunda-feira no "Painel do Leitor" da Folha dão seu apoio à importação de médicos estrangeiros e fazem duras críticas aos médicos brasileiros. Melhor é deixar o povo falar o que pensa.
Alguns exemplos:
Jalson de Araújo Abreu (São Paulo, SP): "O exame Revalida, ao qual médicos formados no exterior estão sujeitos, deveria ser aplicado nos formandos brasileiros. Esperamos que não confirme o resultado do exame do Cremesp, que reprovou 80% dos avaliados".
Alcides Morotti Junior (São Roque, SP): Os médicos cubanos que disseram que são médicos por vocação, e não por dinheiro, estão seguindo o juramento de Hipócrates. Já os brasileiros - pelo menos a grande maioria -, não."
Luiz Carlos Roque da Silva (São Paulo, SP): "É incrível a atitude da maioria dos doutores contra o Mais Médicos: eles não vão para as regiões carentes e não deixam ninguém ir. Agora, vendo que a população apoia o programa, concentram-se nos cubanos. Estes já estão no Haiti, na África, no norte do Brasil. Os nossos, não. O mesmo se dá com os Médicos sem Fronteiras que arriscam a vida na Síria.".
Carlos Roberto Penna Dias dos Santos (Rio de Janeiro, RJ): "Gostaria de condenar a campanha que a máfia de branco está fazendo contra o programa Mais Médicos. A histeria destas entidades médicas lembra o macarthismo. Tenho certeza de que a maioria da população apoia a vinda dos médicos estrangeiros e repudio a posição nazifascista de algumas entidades".
Edgard Gobbi (Campinas, SP): "Um jornalista flagrou uma médica da Prefeitura de São Bernardo do Campo batendo o ponto e indo atender pacientes no seu consultório. Será que ela aprendeu com aquela médica de Ferraz de Vasconcelos quer marcava ponto com dedos de silicone com a impressão digital de outros médicos? E alguém duvida que a prática é comum no Brasil?"
Entre as duas cartas críticas, uma foi enviada pelo médico Fernando Piason França, de São Paulo, SP. Só pode ser deboche:
"Há uma determinação para que médicos não circulem pelas ruas de jalecos por questão de higiene. Os cubanos desembarcaram no aeroporto assim trajados. Nem começaram a já cometeram a primeira infração. Mau começo".
Se todas as infrações cometidas diariamente por médicos brasileiros se limitassem a isso, estaríamos bem servidos. Aliás, se eu for atropelado daqui a meia hora na esquina de casa e aparecer alguém de jaleco branco, não vou querer saber de onde vem, não vou lhe pedir o currículo. Basta que ele salve a minha vida.
Não se trata de discutir o regime cubano nem a legislação trabalhista vigente naquele país. Não é problema meu. Neste ponto, estou absolutamente de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando ele diz:
"Quem tem crítica pode fazer sugestões para aprimorar. Agora, não venham ameaçar a saúde da população que não tem médicos".
É este o ponto. O resto é querer se aproveitar de uma solução de emergência, por todas as razões necessária, para criticar o governo, seja o do Brasil ou o de Cuba ou o de qualquer outro país que nos possa ajudar a enfrentar este gravíssimo problema da população ainda desassistida de saúde pública -, entre outros motivos, porque a maior parte dos nossos médicos não parece preocupada com isso.
É como se fossem dois países chamados Brasil: um, daqueles que têm todos os direitos garantidos e não abre mão dos seus privilégios assegurados pelo Estado desde Cabral (o Pedro Álvares), dispondo de alguns dos melhores hospitais do mundo; outro, o dos que se virem por conta própria com benzedeiras, rezas e curandeiros. Para deixar bem claro: é desumana a campanha não contra a vinda dos médicos cubanos, que chegaram ao Brasil felizes da vida, mas contra os pacientes pobres brasileiros sem assistência.
A ofensiva contra o Mais Médicos criado para trazer profissionais do exterior e instalá-los nas regiões onde os brasileiros se recusam a trabalhar, começou logo após o programa ser lançado pelo governo federal por medida provisória em julho, e ganhou mais força com a chegada dos primeiros profissionais cubanos na semana passada.
Boa parte da classe médica brasileira e suas entidades representativas, numa violenta demonstração de xenofobia e corporativismo, foram às ruas para fazer protestos com narizes de palhaço e ocuparam espaços generosos na mídia para declarar guerra ao governo, mas não apresentaram nenhuma proposta alternativa parar minorar o sofrimento de milhões de brasileiros abandonados à sua própria sorte nas regiões mais remotas do país e nas periferias das grandes cidades.
Em seus argumentos hipócritas (não confundir com o juramento a Hipócrates), mostraram-se preocupados com a formação dos médicos estrangeiros e sua capacidade de atender com qualidade à população, como se o trabalho deles fosse uma maravilha de dedicação e competência em todos os hospitais e postos de saúde públicos.
Preocuparam-se até com os salários de R$ 10 mil pagos aos médicos cubanos, acertados num convênio do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), porque uma parte será repassada ao governo cubano, que os formou, ficando uma parcela de 25% a 40% para os profissionais. Chegaram a classificar esta medida, semelhante à estabelecida pela Opas com outros 58 países, como "trabalho escravo".
"Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo", rebateu o médico cubano Nélson Rodriguez, um dos primeiros 206 profissionais daquele país que desembarcaram sábado no Brasil.
Além da Opas, o programa Mais Médicos recebeu a aprovação da Organização Mundial de Saúde e, segundo as pesquisas mais recentes, é apoiado por 54% da população brasileira(contra 47% no final de junho). Entre quem apontou o PT como seu partido de preferência, este número sobe para 62%. Já entre os que preferem o PSDB, a maioria (49%) respondeu que é contra a importação de médicos, números que podem explicar o Fla-Flu nas redes sociais que é dominado por baixarias de todo tipo.
De outro lado, sete entre nove cartas sobre a polêmica publicadas nesta segunda-feira no "Painel do Leitor" da Folha dão seu apoio à importação de médicos estrangeiros e fazem duras críticas aos médicos brasileiros. Melhor é deixar o povo falar o que pensa.
Alguns exemplos:
Jalson de Araújo Abreu (São Paulo, SP): "O exame Revalida, ao qual médicos formados no exterior estão sujeitos, deveria ser aplicado nos formandos brasileiros. Esperamos que não confirme o resultado do exame do Cremesp, que reprovou 80% dos avaliados".
Alcides Morotti Junior (São Roque, SP): Os médicos cubanos que disseram que são médicos por vocação, e não por dinheiro, estão seguindo o juramento de Hipócrates. Já os brasileiros - pelo menos a grande maioria -, não."
Luiz Carlos Roque da Silva (São Paulo, SP): "É incrível a atitude da maioria dos doutores contra o Mais Médicos: eles não vão para as regiões carentes e não deixam ninguém ir. Agora, vendo que a população apoia o programa, concentram-se nos cubanos. Estes já estão no Haiti, na África, no norte do Brasil. Os nossos, não. O mesmo se dá com os Médicos sem Fronteiras que arriscam a vida na Síria.".
Carlos Roberto Penna Dias dos Santos (Rio de Janeiro, RJ): "Gostaria de condenar a campanha que a máfia de branco está fazendo contra o programa Mais Médicos. A histeria destas entidades médicas lembra o macarthismo. Tenho certeza de que a maioria da população apoia a vinda dos médicos estrangeiros e repudio a posição nazifascista de algumas entidades".
Edgard Gobbi (Campinas, SP): "Um jornalista flagrou uma médica da Prefeitura de São Bernardo do Campo batendo o ponto e indo atender pacientes no seu consultório. Será que ela aprendeu com aquela médica de Ferraz de Vasconcelos quer marcava ponto com dedos de silicone com a impressão digital de outros médicos? E alguém duvida que a prática é comum no Brasil?"
Entre as duas cartas críticas, uma foi enviada pelo médico Fernando Piason França, de São Paulo, SP. Só pode ser deboche:
"Há uma determinação para que médicos não circulem pelas ruas de jalecos por questão de higiene. Os cubanos desembarcaram no aeroporto assim trajados. Nem começaram a já cometeram a primeira infração. Mau começo".
Se todas as infrações cometidas diariamente por médicos brasileiros se limitassem a isso, estaríamos bem servidos. Aliás, se eu for atropelado daqui a meia hora na esquina de casa e aparecer alguém de jaleco branco, não vou querer saber de onde vem, não vou lhe pedir o currículo. Basta que ele salve a minha vida.
Não se trata de discutir o regime cubano nem a legislação trabalhista vigente naquele país. Não é problema meu. Neste ponto, estou absolutamente de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando ele diz:
"Quem tem crítica pode fazer sugestões para aprimorar. Agora, não venham ameaçar a saúde da população que não tem médicos".
É este o ponto. O resto é querer se aproveitar de uma solução de emergência, por todas as razões necessária, para criticar o governo, seja o do Brasil ou o de Cuba ou o de qualquer outro país que nos possa ajudar a enfrentar este gravíssimo problema da população ainda desassistida de saúde pública -, entre outros motivos, porque a maior parte dos nossos médicos não parece preocupada com isso.
ResponderExcluir"Os Médicos Brasileiros deixarão claro que são contra o trabalho escravo e passarão a pagar mais que R$ 4.000,00 a empregadas domésticas."
Comentário proferido Marcos Carvalho
em http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/08/25/dr-crm-a-escravidao-no-pig-edu-vs-tacanhede/#comment-1236281
26 de agosto de 2013 às 20:57
LÁ VEM O MATUTO 'BANANIENSE' PROCEDENTE DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DO SUS!
Bem lembrado, prezado Marcos Carvalho,
... E mais de R$5.000,00 as secretárias, recepcionistas, auxiliares de instrumentação cirúrgica!...
Felicidades ao amigo!
E muita saúde para todos nós também! Para todos! Sem discriminação e/ou distinção de raça, sexo, condição socioeconômica, ideologia, enfim!...
BRASIL (QUASE-)NAÇÃO [depende de nós enquanto ações e reações!]
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
ResponderExcluirFilhos de presidente de sindicato do RS se formaram em Cuba
Em Porto Alegre
26/08/201319h18
Líder de uma entidade que tem se oposto à "importação" de médicos sem revalidação do diploma no Brasil, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, tem dois filhos, também médicos, formados em Cuba. Paulo Clemente de Argollo Mendes e Marco Antônio de Argollo Mendes cursaram medicina no Instituto Superior de Ciências Médicas de Camagüey entre 1997 e 2004 e estão registrados no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers).
A família não comenta o assunto em entrevistas, mas Argollo Mendes, o pai, em resposta a uma consulta da reportagem, emitiu nota na qual destaca que não há qualquer incoerência entre o discurso que faz e a formação dos filhos. "O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, faz questão de se pronunciar e reiterar que a sua posição pessoal e a do Simers são exatamente as mesmas das entidades médicas nacionais", diz o texto. "Seus filhos revalidaram o diploma no Brasil, tal como preconizam todas as entidades médicas".
Quando os irmãos Mendes foram estudar em Camagüey, um acordo entre Brasil e Cuba previa o registro automático dos diplomas de quem se formasse em universidade de um dos dois países. Quando voltaram, o pacto não vigorava mais. Havia sido extinto em 1999. Os dois médicos pediram a revalidação à Universidade Federal do Ceará (UFC) quando a instituição abriu edital para os interessados, em setembro de 2005.
A universidade informou nesta segunda-feira (26) que, diante da exigência que fez, de alguns complementos curriculares, os irmãos cursaram as disciplinas que faltavam na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e encaminharam o novo histórico escolar em agosto de 2008. Em setembro daquele ano tiveram seus diplomas validados no Brasil.
FONTE: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2013/08/26/filhos-de-presidente-de-sindicato-do-rs-se-formaram-em-cuba.htm
Médicos cubanos desembarcam sob aplausos no aeroporto do Recife
ResponderExcluir24/8/2013 19:46
Por Redação, com ACSs - de Recife e Brasília
A médica espanhola Sônia Gonzales, 38 anos, chega ao Brasil para trabalhar no Distrito Sanitário Especial Indígena Alto do Rio Negro, no Amazonas
O primeiro grupo de médicos cubanos que chega ao Brasil trabalhar pelo Programa Mais Médicosdesembarcou às 13h55 no no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife. Depois, em Brasília, às 18h. Na capital federal, eles chegaram no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e foram recebidos pelo secretário especial da Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves, pois vão atuar nas áreas indígenas. O restante do grupo chega neste domingo em Fortaleza, às 13h20, no Recife, às 16h, e em Salvador, às 18h, segundo o ministério.
Ao todo, 644 médicos, incluindo os 400 cubanos, com diploma estrangeiro chegam ao Brasil neste fim de semana. Na sexta-feira, começaram a chegar os médicos inscritos individualmente em oito capitais. Neste sábado, no Recife, eles foram recebidos com aplausos por um grupo de funcionários do Ministério da Saúde que os recepcionou cantando a marchinha carnavalesca “Ó Abre Alas”, de Chiquinha Gonzaga. A letra dizia “Ó Abre Alas, que os cubanos vão passar”. Eles agradeceram a acolhida do povo brasileiro.
ResponderExcluirOs profissionais cubanos fazem parte do acordo entre o ministério com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para trazer, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos. Eles vão atuar nas cidades que não atraírem profissionais inscritos individualmente no Mais Médicos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebateu as críticas das entidades médicas que questionam a formação médica dos profissionais cubanos.
– Neste sábado e domingo chegam 400 médicos cubanos muito experientes e 86% deles têm mais de 16 anos de experiência em missões internacionais. Chegam para os 701 municípios que nenhum médico brasileiro ou estrangeiro escolheu individualmente. O ministério vai acompanhar a qualidade dos médicos cubanos. Por isso que nós exigimos que sejam médicos experientes, todos eles têm especialização em medicina da família e outros programas de pós-graduação – disse Padilha.
Sobre as críticas de que os médicos cubanos vão receber menos (entre R$ 2,5 e R$ 4 mil) do que os outros médicos do programa, que vão ganhar R$ 10 mil, o ministro destacou que não é possível fazer comparação por serem realidade diferentes.
– Os médicos cubanos têm uma carreira e vínculo permanente com Cuba, o fato de virem em uma missão internacional faz com que os salários deles aumente, é um bônus no salário além da remuneração que vão ter aqui, diferentemente de outros médicos estrangeiros que vêm para cá (Brasil) e não têm emprego no país de origem. Esses médicos terão moradia e alimentação garantidas pelos municípios que assumiram o compromisso de participar do programa. O Ministério da Saúde vai acompanhar de perto as condições de vida desses profissionais para que tenham tranquilidade para atuar e atender bem a nossa população – declarou o ministro.
De acordo com o Ministério da Saúde, serão repassados R$ 10 mil por médico cubano à Opas, que fará o pagamento ao governo cubano. Em acordos como esse, Cuba fica com uma parte da verba. Na segunda-feira, tantos os médicos inscritos individualmente (brasileiros e estrangeiros), quanto os 400 cubanos contratados via acordo, começam a participar do curso de preparação, com aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa. Após a aprovação nesta etapa, eles irão para os municípios. Os médicos formados no país iniciam o atendimento a população no dia 2 de setembro. Já os com diploma estrangeiro começam a trabalhar no dia 16 de setembro.
Vocação
Assim que desembarcaram no Recife, os médicos cubanos disseram que vieram (ao Brasil) “por solidariedade, e não por dinheiro”.
– Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo – afirmou o médico de família Nélson Rodríguez, de 45 anos.
Rodriguez disse que a atuação dos profissionais no Brasil seguirá as ações executados em países como Haiti e Venezuela, onde já trabalhou.
– O sistema de saúde no Brasil é mais desenvolvido que nesses outros países que visitamos, então poderemos fazer um trabalho até melhor na saúde básica – afirmou.
À imprensa, outros médicos que deram entrevistas concordaram com o colega. Todos eles falaram “portunhol” – afirmaram que tiveram contato com o português quando trabalharam na África ou por terem amigos que já trabalharam no continente.
A médica Natacha Sánchez, de 44 anos, que trabalhou em missões médicas na Nicarágua e na África, disse que os cubanos estão preparados para o trabalho em locais com “condições críticas” e querem trabalhar em conjunto com os médicos brasileiros. Ela desconhece as críticas feitas pelo Conselho Federal de Medicina ao programa Mais Médicos.
Vestindo jaleco, com bandeiras do Brasil e de Cuba, os médicos cubanos cumpriram os procedimentos de imigração e alfândega, depois seguiram em vans para alojamentos das Forças Armadas na capital pernambucana.
FONTE: http://correiodobrasil.com.br/noticias/brasil/medicos-cubanos-desembarcam-sob-aplausos-no-aeroporto-do-recife/638560/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20130825
Arrasou, Kotscho! A perversidade desses médicos brasileiros mercenários vai sendo desmascarada. Todo nosso apoi aos médicos estrangeiros que vierem ajudar os brasileiros sofridos dos rincões deste país! Sejam bem-vindos, doutores!
ResponderExcluirAqueles que são contra o programa do governo de trazer os médicos estrangeiros devem pensar que para o pobre, basta um bom pajé para curar os pobres do Brasil.
ResponderExcluirQue venham os cubanos, eles mostrarão para os nossos médicos que ainda existe solidariedade neste planeta; deve ser difícil para eles entender isso, principalmente vindo de um país comunista.
ResponderExcluirPROCESSO POR CALÚNIA E DIFAMAÇÃO JÁ! E O MENSALÃO DA CONSTITUINTE, SEGUNDO MIGUEL REALE JÚNIOR! ENTENDA
*O “jurista” Miguel Reale Junior e “o professor” da Universidade Federal de São Carlos, o tal Marco Antônio Villa, afirmaram que “os médicos estrangeiros são ‘meio-médicos’, e que é intolerável o exercício da ‘meia-medicina’ no Brasil!...” Além de capciosa e criminosamente incitarem a desconfiança e o temor na população brasileira...
Quando desmoralizado pelo jornalista Raimundo Pereira [revista ‘Retrato do Brasil’] ao ser indagado sobre a roubalheira do consórcio(!) PSDB/Alston/Siemens, “o jurista a serviço da direitona” gemeu: “Sim, eu confirmo que houve um mensalão na época da Constituinte! Eu tive a honra de conviver com o Ulysses Guimarães, e para acomodar a vitória do presidencialismo sobre o parlamentarismo, houve compra da consciência, do voto dos parlamentares! Qual foi a moeda? Concessão de emissoras de rádio e de televisão para os constituintes!...”
*programa ‘Roda Vida’, TV Cultura, edição de26/08/13
EM TEMPO FÚNEBRE(!): “o inclemente jurista” Reale Júnior – inclemente em se tratando da condenação dos réus do mensalão (o do PT!) – asseverou, com toda a serenidade, que “é tradição do Brasil dar asilo político, portanto esse instituto deve ser concedido ao senador corrupto boliviano!”...
“Pode ‘to be’?!”...
Que “elite” é essa, sô?!...
E que país é esse?! “É o ‘brazil’ radicalmente mudado (sic) por um menino paupérrimo – e muito humilde (idem sic) – chamado Joaquim!” Coitado do Ruy Barbosa!...
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
O que está acontecendo é uma mistura feia de xenofobia e ignorância. È fácil vilipendiar alguém que está longe e quando propositadamente se ignora a dimensão humana.
ResponderExcluir.
Por outro lado, é algo proposital. Seja a vinda dos médicos ou qualquer outra coisa que o governo faça, sempre SEMPRE criticada como uma forma de atingir o PT.
.
Sers humanos não são equilibrados, nem razoáveis. Tenho um conhecido que diariamente me envia emails atacando o PT e clamando pela volta dos milicos. - Pode?
Quem tem preconceito contra os médicos cubanos é o Ministro Padilha que os acha incompetentes para passar na prova do Revalida ,que é validação do Diploma de médicos formados no exterior realizada pelo Ministério da Educação.Passando na prova o médico tem direito a registro no CRM de trabalhar em qualquer lugar do território nacional.Inclusive pelo programa Mais Médicos.Basta fazer isso que qualquer alegação de incompetência cai no vazio.
ResponderExcluirA máfia de branco no Brasil,
ResponderExcluirAprende com o pobre nos ditos
Hospitais universitários.Depois
de formados vão tratar dos ricos.
Esses são os nossos médicos.kkk
Isso é a ditadura do dinheiro.
Quando vejo um desses nas ruas viro a cara.
se...um dia precisar.....vou de curandeiro. É muito melhor.