Por se tratar da visita do secretário de Estado da superpotência imperialista, já seria um bom e suficiente motivo para que as forças progressistas brasileiras voltassem as costas ao Sr. John Kerry. Manifestantes compareceram à frente do Itamaraty e expressaram simbolicamente a ojeriza do povo brasileiro ao imperialismo estadunidense.
Mas nos enchemos de ainda maiores e significativas razões para manifestar inconformidade com a presença do auxiliar de Obama para assuntos de política externa, quando tomamos conhecimento das suas declarações de que os Estados Unidos não vão parar com o sistema de espionagem a cidadãos no país e no exterior. O arrogante preposto pronunciou o despautério durante entrevista coletiva, no Palácio Itamaraty, a sede da nossa chancelaria, depois que ouviu a cobrança explícita do ministro brasileiro das relações Exteriores, Antonio Patriota.
Com desfaçatez, John Kerry confessou que o esquema de espionagem faz parte do sistema de segurança nacional norte-americano, confirmando o que o mundo inteiro intuía e as forças progressistas estão calejadas de saber. Que sob o disfarce de democracia, proteção dos direitos humanos e das liberdades em casa e no mundo, o imperialismo estadunidense abriga um estado policialesco e terrorista.
Fez bem o Brasil em cobrar informações dos Estados Unidos sobre a espionagem de dados de cidadãos nos meios de comunicação, conforme denunciou Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços à Agência de Segurança Nacional (NSA). Mas, isto é pouco. A nossa diplomacia deve deixar de ser tímida quando se trata dos poderosos, lavrar o seu enérgico protesto, exigir desculpas formais e acionar juridicamente, nos marcos do Direito Internacional, o governo que age como pária vendendo a imagem de paladino da justiça.
Não podem ser classificadas senão como cinismo as declarações de Kerry de que é pouco ou nenhum o impacto que as denúncias de espionagem tiveram nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos. “Peço ao povo brasileiro que se concentre nas realidades importantes entre os nossos países, que compartilham valores democráticos, e no empenho em favor da diversidade. Essas relações podem ter um impacto global positivo, se continuarmos trabalhando em parceria”, afirmou o secretário, passando por cima do fleumático chanceler brasileiro.
Ao invés de se dirigir ao nosso povo nesses termos insolentes, os Estados Unidos devem um formal pedido de desculpas ao Brasil. Não devemos tolerar a invasão de privacidade das nossas instituições e dos nossos cidadãos, nem nos cabe pagar o preço da segurança nacional estadunidense. E o Brasil deve, para manter a sua dignidade e soberania, exigir que os Estados Unidos ponham fim à abusiva prática de espionagem.
Não desconhecemos as realidades objetivas e o significado de desenvolver relações normais entre o Brasil e os Estados Unidos em todos os níveis, o que pressupõe a igualdade plena, nenhuma subordinação e respeito total à nossa soberania. Já ficou para trás a diplomacia do beija-mão e dos pés descalços. Pertence a um passado cada vez mais distante o alinhamento automático e o pan-americanismo sob a égide do imperialismo estadunidense.
John Kerry e seu chefe Barack Obama ainda não assimilaram esta nova realidade. Por isso, o secretário de Estado, em desastradas declarações recentes, referiu-se à América Latina como o seu “quintal”. O imperialismo norte-americano será sempre rechaçado pelos povos soberanos e rebeldes, convencidos de que a época atual é a do anti-imperialismo e de que contra as armas do terrorismo e da espionagem estes povos oporão a sua unidade e luta.
Mas nos enchemos de ainda maiores e significativas razões para manifestar inconformidade com a presença do auxiliar de Obama para assuntos de política externa, quando tomamos conhecimento das suas declarações de que os Estados Unidos não vão parar com o sistema de espionagem a cidadãos no país e no exterior. O arrogante preposto pronunciou o despautério durante entrevista coletiva, no Palácio Itamaraty, a sede da nossa chancelaria, depois que ouviu a cobrança explícita do ministro brasileiro das relações Exteriores, Antonio Patriota.
Com desfaçatez, John Kerry confessou que o esquema de espionagem faz parte do sistema de segurança nacional norte-americano, confirmando o que o mundo inteiro intuía e as forças progressistas estão calejadas de saber. Que sob o disfarce de democracia, proteção dos direitos humanos e das liberdades em casa e no mundo, o imperialismo estadunidense abriga um estado policialesco e terrorista.
Fez bem o Brasil em cobrar informações dos Estados Unidos sobre a espionagem de dados de cidadãos nos meios de comunicação, conforme denunciou Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços à Agência de Segurança Nacional (NSA). Mas, isto é pouco. A nossa diplomacia deve deixar de ser tímida quando se trata dos poderosos, lavrar o seu enérgico protesto, exigir desculpas formais e acionar juridicamente, nos marcos do Direito Internacional, o governo que age como pária vendendo a imagem de paladino da justiça.
Não podem ser classificadas senão como cinismo as declarações de Kerry de que é pouco ou nenhum o impacto que as denúncias de espionagem tiveram nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos. “Peço ao povo brasileiro que se concentre nas realidades importantes entre os nossos países, que compartilham valores democráticos, e no empenho em favor da diversidade. Essas relações podem ter um impacto global positivo, se continuarmos trabalhando em parceria”, afirmou o secretário, passando por cima do fleumático chanceler brasileiro.
Ao invés de se dirigir ao nosso povo nesses termos insolentes, os Estados Unidos devem um formal pedido de desculpas ao Brasil. Não devemos tolerar a invasão de privacidade das nossas instituições e dos nossos cidadãos, nem nos cabe pagar o preço da segurança nacional estadunidense. E o Brasil deve, para manter a sua dignidade e soberania, exigir que os Estados Unidos ponham fim à abusiva prática de espionagem.
Não desconhecemos as realidades objetivas e o significado de desenvolver relações normais entre o Brasil e os Estados Unidos em todos os níveis, o que pressupõe a igualdade plena, nenhuma subordinação e respeito total à nossa soberania. Já ficou para trás a diplomacia do beija-mão e dos pés descalços. Pertence a um passado cada vez mais distante o alinhamento automático e o pan-americanismo sob a égide do imperialismo estadunidense.
John Kerry e seu chefe Barack Obama ainda não assimilaram esta nova realidade. Por isso, o secretário de Estado, em desastradas declarações recentes, referiu-se à América Latina como o seu “quintal”. O imperialismo norte-americano será sempre rechaçado pelos povos soberanos e rebeldes, convencidos de que a época atual é a do anti-imperialismo e de que contra as armas do terrorismo e da espionagem estes povos oporão a sua unidade e luta.
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