domingo, 29 de setembro de 2013

As receitas amargas de Pérsio Arida


Por Antônio Mello, em seu blog:

Este aí da foto é Pérsio Arida, um dos gênios da equipe econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi presidente do Banco Central e do BNDES. Todos eles, hoje em dia, ou são banqueiros ou trabalham pra eles. O que por si só justifica a ojeriza que o povo tomou pelos governos FHC.




Em palestra no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão, no mês de agosto, Arida, que é sócio e membro do conselho do BTG Pactual (banqueiro, uau!), defendeu o seguinte:

- Novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil está crescendo mais do que poderia (ué, mas não criticaram o PIBinho?)

- Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos

- O desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento (está em torno de 5%, logo ele quer que o número de desempregados suba em algumas centenas de milhares)

- PIB não poderia passar de 2 por cento (é a favor do PIBinho!)[Fonte]

Pérsio Arida é contra o crescimento econômico e a favor do aumento de juros e do desemprego. Depois não sabem por que povo não quer a volta deles ao governo.

4 comentários:

  1. É bom lembrar que o figura foi também gênio no governo Sarney. É um dos pais do Plano Cruzado, um engodo sem muita criatividade. Quanto às propostas para a economia, o projeto tucano pode ser resumido em uma única palavra: DESEMPREGO. E, depois de dizer isso, nada mais é necessário, embarca quem não precisa trabalhar.

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  2. Acho que os comentários estão fora de contexto. Eu não estava no evento, mas recentemente li uma entrevista do Pérsio e ele defendeu publicamente juros baixos, ocorre que a inflação está acima da meta e o Brasil não pode se dar ao luxo de ter uma inflação alta num momento que precisa investir em infra estrutura para garantir o desenvolvimento. Aí os juros tem que subir não tem outro remédio!

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  3. As frases destacadas acima não condizem com a entrevista dada por ele no Estadão...
    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-brasil-precisa-de-menos-intervencionismo,1053326,0.htm

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  4. Eis todo o contexto... E não palavras jogadas isoladamente, já que dã ensejo a interpretações equivocadas.

    Segundo Arida, o país não tem possibilidades de aquecer sua economia de forma saudável porque o mercado de trabalho não tem estrutura para atender o avanço econômico e porque fatores como a superindexação do salário mínimo e a política fiscal expansionista pressionam a inflação para cima.

    "Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos", disse. Arida avalia que o desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento para permitir uma inflação estável, enquanto o avanço anual do PIB não poderia passar de 2 por cento.

    Outro fator que pesa sobre a inflação e a desvalorização cambial, que ainda tem um "longo caminho a percorrer", uma vez que as taxas de juros nos Estados Unidos devem subir, mas a trajetória de fato ainda não começou. "As taxas nos EUA devem chegar a 3 ou 3,5 por cento, mas isso ainda vai ocorrer, e as taxas de juros fazem overshooting (exageram) sempre." Segundo o sócio do BTG, a preocupação do governo em relação às eleições presidenciais favorece a trajetória contracionista do Banco Central. "A maior preocupação do governo é com a inflação, e pelo motivo errado, que é a eleição no ano que vem", disse.

    Arida defendeu que o cenário ideal seria uma política econômica que permitisse ao Banco Central reduzir os juros, com redução de gastos do governo e de impostos e mais investimentos.


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