Por Altamiro Borges
No dia do voto decisivo do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), o Datafolha – empresa da famiglia Frias, a mesma que edita a Folha serrista – divulgou uma pesquisa com o nítido objetivo de interferir no resultado do julgamento do chamado “mensalão”. Após o intenso bombardeio midiático, a sondagem mostrou o óbvio: 55% dos entrevistados seriam contra os embargos infringentes e 79% pediram a imediata prisão dos “mensaleiros”. Já que está tão interessado em sondar a opinião púbica – que a mídia confunde com a opinião publicada –, o instituto também poderia realizar uma pesquisa sobre o recente escândalo do “trensalão” tucano.
Antes da sondagem, porém, a imprensa deveria cumprir seu papel e produzir mais reportagens investigativas sobre o milionário esquema de propinas entre o governo tucano de São Paulo e as poderosas multinacionais do setor de transportes, como a Siemens e a Alstom. O assunto explosivo simplesmente sumiu dos noticiários dos jornalões e das emissoras de rádio e tevê nas últimas semanas. No caso das revistonas, a asquerosa Veja até hoje nem sequer tratou do escândalo. A mesma mídia, tão seletiva e parcial em suas denúncias, também deveria aumentar o tom das críticas à postura pouco transparente e bastante suspeita do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Quando a revista IstoÉ produziu a primeira matéria sobre o propinoduto tucano – logo apelidado pelos irreverentes internautas de “trensalão” –, o governo paulista negou as acusações e a mídia amiga fez um pacto mafioso de silêncio absoluto. Como o tema agitou as redes sociais e as ruas, com vários protestos exigindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), parte da imprensa foi forçada a tratar do assunto e o governador garantiu que investigaria as denúncias. Até hoje, porém, nada foi feito. O próprio editorial da Folha desta quinta-feira (19) constata, meio a contragosto, que Geraldo Alckmin está enrolando a sociedade.
“Se Alckmin estivesse mesmo disposto a esclarecer o escândalo milionário que atinge sucessivas administrações tucanas, poderia ter adotado medidas mais concretas que as palavras favoráveis a ‘toda a transparência’ e ‘suas consequências’... Sobram razões para que o caso seja investigado nas variadas frentes disponíveis. Geraldo Alckmin e sua base de apoio, apesar das palavras, mostram entendimento divergente. A Assembleia Legislativa de São Paulo, amplamente dominada pelo PSDB e seus aliados, poderia ter instaurado Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os transportes. Como seria de esperar – e de lamentar –, contudo, ela não o fez, e nada sugere que virá a fazê-lo”.
Nesta semana foram iniciados os trabalhos de três CPIs na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Nenhuma delas toca no assunto. Elas irão apurar as causas da violência contra a mulher, o desaparecimento de pessoas e a regularidade dos serviços prestados pelas empresas de energia elétrica. A oposição ao governo tucano, composta por PT, PCdoB e um deputado do PDT, até tentou coletar as assinaturas para criar uma comissão de inquérito sobre o “trensalão” – conseguiu 27 das 32 necessárias. O PSDB sabotou descaradamente o pedido de abertura da CPI. A mídia amiga evitou dar manchete para mais este golpe na Alesp. Cadê o Datafolha para pressionar os tucanos?
No dia do voto decisivo do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), o Datafolha – empresa da famiglia Frias, a mesma que edita a Folha serrista – divulgou uma pesquisa com o nítido objetivo de interferir no resultado do julgamento do chamado “mensalão”. Após o intenso bombardeio midiático, a sondagem mostrou o óbvio: 55% dos entrevistados seriam contra os embargos infringentes e 79% pediram a imediata prisão dos “mensaleiros”. Já que está tão interessado em sondar a opinião púbica – que a mídia confunde com a opinião publicada –, o instituto também poderia realizar uma pesquisa sobre o recente escândalo do “trensalão” tucano.
Antes da sondagem, porém, a imprensa deveria cumprir seu papel e produzir mais reportagens investigativas sobre o milionário esquema de propinas entre o governo tucano de São Paulo e as poderosas multinacionais do setor de transportes, como a Siemens e a Alstom. O assunto explosivo simplesmente sumiu dos noticiários dos jornalões e das emissoras de rádio e tevê nas últimas semanas. No caso das revistonas, a asquerosa Veja até hoje nem sequer tratou do escândalo. A mesma mídia, tão seletiva e parcial em suas denúncias, também deveria aumentar o tom das críticas à postura pouco transparente e bastante suspeita do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Quando a revista IstoÉ produziu a primeira matéria sobre o propinoduto tucano – logo apelidado pelos irreverentes internautas de “trensalão” –, o governo paulista negou as acusações e a mídia amiga fez um pacto mafioso de silêncio absoluto. Como o tema agitou as redes sociais e as ruas, com vários protestos exigindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), parte da imprensa foi forçada a tratar do assunto e o governador garantiu que investigaria as denúncias. Até hoje, porém, nada foi feito. O próprio editorial da Folha desta quinta-feira (19) constata, meio a contragosto, que Geraldo Alckmin está enrolando a sociedade.
“Se Alckmin estivesse mesmo disposto a esclarecer o escândalo milionário que atinge sucessivas administrações tucanas, poderia ter adotado medidas mais concretas que as palavras favoráveis a ‘toda a transparência’ e ‘suas consequências’... Sobram razões para que o caso seja investigado nas variadas frentes disponíveis. Geraldo Alckmin e sua base de apoio, apesar das palavras, mostram entendimento divergente. A Assembleia Legislativa de São Paulo, amplamente dominada pelo PSDB e seus aliados, poderia ter instaurado Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os transportes. Como seria de esperar – e de lamentar –, contudo, ela não o fez, e nada sugere que virá a fazê-lo”.
Nesta semana foram iniciados os trabalhos de três CPIs na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Nenhuma delas toca no assunto. Elas irão apurar as causas da violência contra a mulher, o desaparecimento de pessoas e a regularidade dos serviços prestados pelas empresas de energia elétrica. A oposição ao governo tucano, composta por PT, PCdoB e um deputado do PDT, até tentou coletar as assinaturas para criar uma comissão de inquérito sobre o “trensalão” – conseguiu 27 das 32 necessárias. O PSDB sabotou descaradamente o pedido de abertura da CPI. A mídia amiga evitou dar manchete para mais este golpe na Alesp. Cadê o Datafolha para pressionar os tucanos?
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Devo não nego pago quando puder.
ResponderExcluirDevo, nego e não pago enquanto puder.
Que se apure tudo, mesmo que se sofra na carne.
Não se apure nada enquanto existir risco da carne sofrer.
Patrimonialistas donos do estado.
A guilhotina permite identificar quadrilhas formadas pelos servos do rei, que sempre buscaram vantagens pessoais, perante os demais, nas ordens mais severas do amo. A identificação é fácil identificação, basta ouvir: “o estado sou eu”.
Ora, o que se faz no Brasil não é política é POLITICAGEM!!! Quem criminaliza a política são os próprios "políticos"!!!
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