Editorial do sítio Vermelho:
Os imperialistas estadunidenses deram na última terça-feira (3) um passo decisivo na preparação do terreno para desencadear mais uma guerra de agressão contra uma nação independente e soberana, um povo laborioso e pacífico.
O chefete da Casa Branca, Barack Obama, recebeu o apoio do presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner. Este, que age mais como um senhor da guerra do que como autoridade do Poder Legislativo daquela que se autoproclama a mais genuína das democracias, anunciou que entra em campanha para fazer aprovar a decisão presidencial de atacar a Síria.
Outro porta-voz do belicismo no Legislativo estadunidense, Eric Cantor, líder da bancada republicana, também anunciou sua posição e seu voto favoráveis à guerra de agressão.
A matéria deve entrar em votação na próxima segunda-feira (9). Dentro da lógica unilateral que preside às decisões de Washington – a mesma sob governo democrata ou republicano – basta que o Congresso dos Estados Unidos decida, para que os mísseis do Pentágono sejam despejados sobre um país. Afinal, como disse o presidente Barack Obama, a questão síria afeta os interesses nacionais dos Estados Unidos. Logo, as instituições domésticas são autossuficientes para levar o mundo à beira da catástrofe, não importando se isto se fará ao arrepio do Direito Internacional, violando a Carta das Nações Unidas e atropelando o Conselho de Segurança da ONU.
Patético em seus esforços para, malgrado o belicismo de sua política, continuar vendendo a imagem de pacifista, o ocupante da Casa Branca tenta explicar que o ataque à Síria não será como a guerra ao Iraque ou ao Afeganistão e que não invadirá Damasco com tropas de ocupação. Compreende-se o malabarismo mental do presidente dos Estados Unidos, porquanto foi eleito brandindo críticas às guerras de Bush e agraciado com o Prêmio Nobel da Paz por ter defendido essas posições críticas e ter prometido, já no exercício do cargo presidencial, levar a paz ao Oriente Médio.
Não se pode prever que tipo de ataque o Pentágono desferirá contra a Síria sob as ordens de Obama e com o beneplácito do Congresso. Mas guerra é guerra, senhores, com ocupação terrestre ou não. Um ataque estadunidense à Síria, quaisquer que sejam a forma, as armas utilizadas, os alvos escolhidos e o tempo de duração é uma agressão imperialista, um atentado a um país e um povo, uma violação das regras de convivência entre nações soberanas e uma ameaça à paz regional e mundial. Como tal, a ameaça de guerra de Obama à Síria precisa ser condenada com a maior veemência e toda a mobilização de massas e de forças políticas deve ser feita para impedir que se concretize.
O cenário político não é favorável aos agressores. Os Estados Unidos não desfrutam do consenso internacional. A Rússia e a China, países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, já explicitaram que não darão sinal verde para Obama atacar. A decisão do Parlamento do Reino Unido de proibir que o governo faça a guerra contra a Síria tira temporariamente da cena da guerra o principal aliado de Washington nas aventuras imperialistas. Países de peso crescente no cenário internacional, como o Brasil, tomaram posição enérgica contra a guerra. Países anti-imperialistas, como a Venezuela, encabeçam na América Latina um posicionamento em favor da paz e da soberania da Síria. Na região do Oriente Médio, para além da atitude traiçoeira da Liga Árabe, a serviço das petromonarquias aliadas ao imperialismo, é preciso levar em conta a firme posição do Irã, do Líbano, do Hezbolá, das forças da esquerda palestina, todas dispostas a se somar à resistência à agressão. Nesta terça-feira, surpreendentemente, o Egito emitiu declaração rechaçando o ataque à Síria.
E, sobretudo, há a considerar a posição serena e firme da Síria, a autoridade política do governo, a unidade das forças que o apoiam e a capacidade de reação e resistência do país. Os imperialistas estadunidenses e seus lacaios na região, os sionistas israelenses, não podem imaginar que uma agressão não será respondida.
Sondagens de opinião pública nos Estados Unidos, na França, no Reino Unido e outros países mostram uma clara maioria contrária ao ataque. Na reunião do G20 que se instala nesta quinta-feira (5) na antiga Leningrado, Rússia, o ambiente é de isolamento dos imperialistas norte-americanos, no que se refere á questão síria. Isto tem uma razão de ser. Nenhuma evidência foi exibida em apoio às histriônicas acusações de John Kerry, o secretário de Estado de Barack Obama, de que as forças do presidente Bashar al-Assad são as responsáveis pelo ataque com armas químicas perpetrado em 21 de agosto último na Síria. Ao contrário, a Rússia apresentou evidências no sentido oposto perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, demonstrando que foram os bandos armados da oposição os que utilizaram o gás sarin contra civis.
Em meio a essa intensa preparação de mais uma guerra de agressão imperialista, chama a atenção a posição afanosa e frenética do social-democrata François Hollande, presidente da República Francesa, em favor da guerra, tal como já tinha sido na guerra contra a Líbia, posição que, indubitavelmente, influencia a orientação de partidos sociais-democratas mundo afora, sempre tíbios e desmobilizados quando se trata de convocar manifestações de solidariedade ao povo sírio, mas pressurosos na crítica ao “ditador Assad”. É mais uma demonstração de que a social-democracia, traidora dos interesses dos trabalhadores e dos povos, é uma corrente política e ideológica a serviço do imperialismo.
Nos próximos dias, em diversas cidades brasileiras, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e comitês de solidariedade ao povo sírio, que incluem dezenas de partidos políticos, movimentos e organizações populares, realizam manifestações para protestar contra a decisão do imperialismo estadunidense de cometer mais um crime de lesa-humanidade. Todo o apoio a essas manifestações, em defesa da paz e da soberania do povo sírio.
Os imperialistas estadunidenses deram na última terça-feira (3) um passo decisivo na preparação do terreno para desencadear mais uma guerra de agressão contra uma nação independente e soberana, um povo laborioso e pacífico.
O chefete da Casa Branca, Barack Obama, recebeu o apoio do presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner. Este, que age mais como um senhor da guerra do que como autoridade do Poder Legislativo daquela que se autoproclama a mais genuína das democracias, anunciou que entra em campanha para fazer aprovar a decisão presidencial de atacar a Síria.
Outro porta-voz do belicismo no Legislativo estadunidense, Eric Cantor, líder da bancada republicana, também anunciou sua posição e seu voto favoráveis à guerra de agressão.
A matéria deve entrar em votação na próxima segunda-feira (9). Dentro da lógica unilateral que preside às decisões de Washington – a mesma sob governo democrata ou republicano – basta que o Congresso dos Estados Unidos decida, para que os mísseis do Pentágono sejam despejados sobre um país. Afinal, como disse o presidente Barack Obama, a questão síria afeta os interesses nacionais dos Estados Unidos. Logo, as instituições domésticas são autossuficientes para levar o mundo à beira da catástrofe, não importando se isto se fará ao arrepio do Direito Internacional, violando a Carta das Nações Unidas e atropelando o Conselho de Segurança da ONU.
Patético em seus esforços para, malgrado o belicismo de sua política, continuar vendendo a imagem de pacifista, o ocupante da Casa Branca tenta explicar que o ataque à Síria não será como a guerra ao Iraque ou ao Afeganistão e que não invadirá Damasco com tropas de ocupação. Compreende-se o malabarismo mental do presidente dos Estados Unidos, porquanto foi eleito brandindo críticas às guerras de Bush e agraciado com o Prêmio Nobel da Paz por ter defendido essas posições críticas e ter prometido, já no exercício do cargo presidencial, levar a paz ao Oriente Médio.
Não se pode prever que tipo de ataque o Pentágono desferirá contra a Síria sob as ordens de Obama e com o beneplácito do Congresso. Mas guerra é guerra, senhores, com ocupação terrestre ou não. Um ataque estadunidense à Síria, quaisquer que sejam a forma, as armas utilizadas, os alvos escolhidos e o tempo de duração é uma agressão imperialista, um atentado a um país e um povo, uma violação das regras de convivência entre nações soberanas e uma ameaça à paz regional e mundial. Como tal, a ameaça de guerra de Obama à Síria precisa ser condenada com a maior veemência e toda a mobilização de massas e de forças políticas deve ser feita para impedir que se concretize.
O cenário político não é favorável aos agressores. Os Estados Unidos não desfrutam do consenso internacional. A Rússia e a China, países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, já explicitaram que não darão sinal verde para Obama atacar. A decisão do Parlamento do Reino Unido de proibir que o governo faça a guerra contra a Síria tira temporariamente da cena da guerra o principal aliado de Washington nas aventuras imperialistas. Países de peso crescente no cenário internacional, como o Brasil, tomaram posição enérgica contra a guerra. Países anti-imperialistas, como a Venezuela, encabeçam na América Latina um posicionamento em favor da paz e da soberania da Síria. Na região do Oriente Médio, para além da atitude traiçoeira da Liga Árabe, a serviço das petromonarquias aliadas ao imperialismo, é preciso levar em conta a firme posição do Irã, do Líbano, do Hezbolá, das forças da esquerda palestina, todas dispostas a se somar à resistência à agressão. Nesta terça-feira, surpreendentemente, o Egito emitiu declaração rechaçando o ataque à Síria.
E, sobretudo, há a considerar a posição serena e firme da Síria, a autoridade política do governo, a unidade das forças que o apoiam e a capacidade de reação e resistência do país. Os imperialistas estadunidenses e seus lacaios na região, os sionistas israelenses, não podem imaginar que uma agressão não será respondida.
Sondagens de opinião pública nos Estados Unidos, na França, no Reino Unido e outros países mostram uma clara maioria contrária ao ataque. Na reunião do G20 que se instala nesta quinta-feira (5) na antiga Leningrado, Rússia, o ambiente é de isolamento dos imperialistas norte-americanos, no que se refere á questão síria. Isto tem uma razão de ser. Nenhuma evidência foi exibida em apoio às histriônicas acusações de John Kerry, o secretário de Estado de Barack Obama, de que as forças do presidente Bashar al-Assad são as responsáveis pelo ataque com armas químicas perpetrado em 21 de agosto último na Síria. Ao contrário, a Rússia apresentou evidências no sentido oposto perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, demonstrando que foram os bandos armados da oposição os que utilizaram o gás sarin contra civis.
Em meio a essa intensa preparação de mais uma guerra de agressão imperialista, chama a atenção a posição afanosa e frenética do social-democrata François Hollande, presidente da República Francesa, em favor da guerra, tal como já tinha sido na guerra contra a Líbia, posição que, indubitavelmente, influencia a orientação de partidos sociais-democratas mundo afora, sempre tíbios e desmobilizados quando se trata de convocar manifestações de solidariedade ao povo sírio, mas pressurosos na crítica ao “ditador Assad”. É mais uma demonstração de que a social-democracia, traidora dos interesses dos trabalhadores e dos povos, é uma corrente política e ideológica a serviço do imperialismo.
Nos próximos dias, em diversas cidades brasileiras, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e comitês de solidariedade ao povo sírio, que incluem dezenas de partidos políticos, movimentos e organizações populares, realizam manifestações para protestar contra a decisão do imperialismo estadunidense de cometer mais um crime de lesa-humanidade. Todo o apoio a essas manifestações, em defesa da paz e da soberania do povo sírio.
Na era da informação o mundo já respira diferente, deixou a muito de se alimentar com a informação direcionada pelo interesse do carrasco. Estes ares se multiplicam momento a momento.
ResponderExcluirO mundo está interagindo: pergunta, responde, esclarece.
Mentiras já não funcionam.
O tempo gasto na especulação do uso de armas químicas, foi com a mesma intenção usada no Iraque. E daí? O que resultou? Uma mentira, um presidente enforcado, uma sociedade em frangalhos com a responsabilidade de se refazer.
A ação imediata e impensada foi o incidente com Morales, não durou um dia para que se conhecesse a verdade e os comprometidos com ela, até mesmo os de cima do muro.
A ação de formação de opinião precisa de algum tempo e se no mínimo for duvidosa, inverterá intenções, modificará discursos, derrubará mascaras.
O cinismo, a demagogia e o mercenarismo das guerras de rapinagem praticadas pelo governo estadunidense amealham como troféus inumeráveis lápides com nomes de latinos, árabes, curdos,africanos, asiáticos...São as garras de uma águia perversa que se sacia apenas dos territórios ocupados e das riquezas surrupiadas, deixando cadáveres à céu aberto. Mobilização sim, contra essa medusa drônica.
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