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Há fortes boatos de que José Serra anunciará nos próximos dias o abandono do conflagrado ninho tucano e seu ingresso no PPS, chefiado pelo servil Roberto Freire. Totalmente isolado no PSDB e motivo de galhofa de seus antigos bajuladores, ele já não acredita na realização das prévias internas para definir o candidato da sigla. A absoluta maioria da legenda está com Aécio Neves, o cambaleante senador mineiro. “Magoado”, Serra inclusive já estaria procurando um vice para compor sua chapa para as eleições presidenciais de 2014. Até agora, porém, não obteve sucesso.
Josias de Souza, blogueiro da Folha, revelou ontem (31) que “convidado por José Serra a deixar o PSDB para tornar-se seu vice por outra legenda, o senador paranaense Alvaro Dias sinalizou em privado que refugará a oferta”. Já o colunista Felipe Patury, da revista Época, informa hoje que o dissidente tucano sondou a senadora ruralista Kátia Abreu (PSD-TO) para ocupar o posto. “Contou-lhe que tenta arregimentar tempo de TV e gostaria que o PSD endossasse o seu nome ao Planalto. Kátia desconversou. Disse que está em campanha para renovar o mandato no Senado e à frente da Confederação Nacional da Agricultura”.
Os próximos dias serão decisivos para o futuro da oposição tucana. Pela lei em vigor, o prazo para definir sobre a troca de legenda termina em 5 de outubro. A cada lance de Serra, a cúpula tucana também se movimenta. No caso de Alvaro Dias, ele foi procurado pelo próprio Aécio Neves. O esforço foi para pacificar as relações entre o senador e o governador do Paraná, Beto Richa. Os dois vivem se bicando com os piores adjetivos. Pelo jeito, Alvaro Dias topou a trégua. Ele só tem coragem para apoiar os golpistas do Paraguai e para criticar Evo Morales. No seu quintal, ele é bem pragmático.
“Se deixasse a legenda atual, Alvaro teria duas opções: ou iria para o PPS, partido que se dispõe a lançar Serra ao Planalto, ou migraria para o PV. Concluiu, segundo apurou o repórter, que por mais que o PSDB lhe pareça uma prisão, a cela tucana é mais ampla do que as demais”, relata Josias de Souza. No caso de Kátia Abreu, o PSD intensificou as conversas para apoiar a reeleição de Dilma - sabe-se lá a que preço. Mesmo com as duas desistências, José Serra parece disposto a deixar a sigla para enfrentar a briga sucessória. Ele não está disposto a ficar na condição de coadjuvante no PSDB.
Segundo relatos da mídia, FHC ainda tenta demovê-lo da decisão e caciques tucanos autorizaram um risível movimento do “Fica Serra”. Ninguém morre de amores pelo ex-governador, mas todos temem os estragos que ele causará à candidatura de Aécio Neves, principalmente em São Paulo. Como candidato pelo PPS, Serra dividiria o eleitorado tucano. O risco é de nenhum dos dois conseguir empolgar e, caso haja segundo turno, eles serem obrigados a apoiar Marina Silva. Seria o fim do PSDB, o partido dos neoliberais tupiniquins. Os tucanos iriam para o inferno junto com os demos!
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A coisa está feia!
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